Um desejo de 2 meses

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Passei dias chorando sem chão com a notícia do enferma de meu pai, Diane me ajudou a ter forças para ir falar com ele, eu internamente estava destruída e cansada, amo meu pai mas ainda não consigo perdoar o que ele fez.

Seu aspecto magro me embrulhou o estômago, a vontade de chorar só aumentava apenas vendo ele naquela situação. Quando eu e Diane chegamos em casa, apenas consegui tirar meus sapatos e cair chorando na cama, de fato estava desolada só conseguia chorar, a morena até tentava me consolar fazendo algumas coisas que eu gostava como pedir pizza porém sem sucesso.

A cada dia que passava eu falava com meu pai, apenas dias após o incidente com as minhas irmãs, eu contei para Meliodas sobre tudo que havia acontecido, eu e o loiro estavamos mais próximos do que nunca e digamos que aos poucos eu realmente estava me apaixonando por ele, mas meus pensamentos ainda eram confusos, Diane grávida sem o King, a mídia cada vez mais em cima, meu pai doente, meus sentimentos por ele era tudo uma mistura que eu não conseguia distinguir era um momento confuso.

O trabalho voltou ao normal depois de passar alguns dias sem ir, conversei com o Mael e ele entendeu a situação, por mais que ainda estivesse bravo com que aconteceu antes, "por mais que ele que tenha sido babaca", sentei uma das cadeiras do refeitório do hospital, suspirei fundo vendo aquele copo de plástico contendo aquele líquido preto que amo chamado café.

Diane tinha recebido alguns dias de atestado então por isso que estava sozinha, Elaine veio em minha direção com os olhos brilhando e com um sorriso de orelha a orelha, "sinceramente tava morrendo de saudade daquela baixinha loira" com o tempo que eu tava fora acompanhando Diane ela me contou de todas as fofocas que aconteceram naquele local de emergência, ela falou que Mael estava usando uma máscara para esconder que o dente que perdeu durante aquela confusão que teve com Meliodas, não pude evitar de soltar uma risada nasal, "Bem feito", pensei.

Meu ânimo voltou depois dos incríveis 50 minutos de fofocas sobre todas as pessoas do hospital que Elaine falava para mim, senti esperançosa em relação a tudo realmente fofocar faz bem. Óbvio que tudo era uma questão de troca, a loira pequena queria saber se a minha relação com o meliodas era verdadeiro ou não e algumas suposições que estavam rolando pela mídia.

Sorri boba pensando nas mil possibilidades de como contar para a maior fofoqueira de todo o hospital que eu tinha sim um relacionamento com o loiro, no caso mais que um relacionamento, um compromisso, é até estranho falar que somos casados, mas óbvio que eu não ia soltar isso para ela, apenas de brinquei falando que estávamos em um rolinho mas não houve um pedido de namoro em si.

A menor saiu saltitando depois que eu confirmei o que todos estavam supondo de vez.

(. . .)

Suspiro aliviada por mais um dia de trabalho que terminou, já pensando na volta para casa, sem Diane para me dar carona eu provavelmente teria que usar a pior coisa do mundo o transporte público.

Caminho em direção à parada de ônibus que até estava bem movimentada para aquele horário da noite, mas o que mais me chamou atenção foi um homem que parecia um necessitado, ele utilizava restos de pano para usar como um "cobertor" ele estava do lado da parada, eu fiquei comovida com o estado dele que tirei algumas moedinhas do bolso para entregar-lhe, seu sorriso quebrado me amedrontou um pouco mas seguir em frente para ver meu ônibus.

- Obrigada por ajudar o Twigo, bela moça! - O homem no chão me agradeceu após pegar as moedas, apenas balancei a cabeça em sinal positivo e logo vi o letreiro do meu ônibus.

Fecho a porta ao chegar em casa, estranho ao clima doméstico silencioso, arqueio as sobrancelhas, "cadê Diane?" Pergunto mentalmente, sobre a mesa da cozinha tinha um limão cortado ao meio e uma caixa de leite condensado, o barulho de vômito ecoou sobre a casa silenciosa ...

"Achei..."

Subo as escadas já pensando no estrago que a morena deve ter feito na privada, abro  a porta entre aberta e me deparo com Diane sentada no chão ao lado do vaso, ver ela assim me lembrei de quando eu fiquei de ressaca na boate depois da minha pequena aposta.

- Ellie... - Choramingou me chamando, enquanto eu caminhava em direção da mesma - Eu não aguento mais ficar enjoada.

- Você passou o dia assim? - Brinquei amarrando meu cabelo em um coque frouxo e indo amarrar o dela também.

- Sim, tudo o que eu comi saiu para fora! - Falou quase em um suspiro. - O pior de tudo é que eu tenho desejo de comer tudo!!! - Sorri vendo a situação .

- Eu vi o limão com leite condensado que você deixou na cozinha! - Soltei um pequeno sorriso pra ela.

- Tava tão bom...

Seguro os cabelos amarronzado da garota enquanto ela vomitava mais uma vez.

- Desculpa Di...

(...)

Eu e Diane deitamos na cama, a morena ao meu lado gemia enojada após jogar tudo o que comeu para fora.

- Não vem vomitar na minha cama não em! - Exclamou a fazendo emburra.

- Agora saiba que eu vou fazer questão de vomitar aqui! - Me respondeu ríspida fugindo que tava vomitando.

- Para com isso - Rir ao ver a má imitação da morena - Isso é nojento!

- Para Ellie, eu estou tão sozinha! - Choramingou - Você só vive saindo com o seu Boyzinho e eu fico aqui! Sozinha, grávida, sem o meu amado do meu lado...

- Não é culpa minha que você tem um dedo podre para escolher seus namorados... Digo Noivo.

- Por que você tem que me lembrar isso ! - A mesma pegou um travesseiro e colocou contra o rosto. - Eu queria saber como ele está, mas ele prometeu que iria voltar, não quero perder as esperanças...

- Ele vai voltar! - Afirmei - E se ele não voltar, eu caço aquele ruivo até o último buraco da terra, e quebro ele na porrada! - Nem eu acreditei no que tinha acabado de falar naquele momento, Diane riu ouvindo a baboseira que falei.

- Você não mata nem uma mosca Elizabeth - Nós duas rimos deitadas apenas aproveitando o começo da noite - Ellie?

- Oi...

- Tô com desejo.

Casamento Arranjado || Os Sete Pecados Capitais Where stories live. Discover now