Capítulo 12 - Aí Está Você

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CAPÍTULO 12: AÍ ESTÁ VOCÊ


- Isso é ruim. Isso é muito ruim.

Blaise suspirou para o herdeiro Nott em pânico que entrou em seu apartamento pelo flu às duas da manhã, porque não conseguia dormir por causa de algo estúpido que dizia ter feito. Ele zombou. Como se isso fosse algo novo.

- Draco vai me matar! Merlin, Blaise. Acho que esse pode ser o meu fim.

Blaise olhou para ele com indiferença enquanto ele permanecia esparramado em sua cama, sem se preocupar em sentar-se para receber seu visitante indesejado. Ele estava cansado pra caralho de todas as noites sem dormir que teve graças a uma ruiva chata, então essa era a última coisa que ele precisava. Ele soltou um longo suspiro, ignorando o discurso retórico do herdeiro Nott. Theo invadindo-o sem avisar não era novidade. Mas já fazia um tempo desde que ele estava tão perturbado. Isso costumava acontecer com mais frequência quando Draco estava em prisão domiciliar.

- Eu não queria contar a Granger que eu sabia sobre... Bem, tudo bem, eu queria contar. Mas era o único jeito! Se eu não tivesse, não teria... eu nunca teria sabido!

Blaise voltou seu olhar para o teto em resignação. Sempre que Theo ficava assim, nenhum raciocínio o tirava dessa situação. Era mais sensato deixá-lo divagar até que finalmente se cansasse. Ele massageou as têmporas. Isso geralmente variava entre alguns minutos a algumas horas. Ele suspirou. Por que ele estava sempre sendo arrastado para os problemas deles?

(Flashback)

Blaise estava no portão principal da mansão Malfoy depois de quase um mês solicitando o direito de visita. Ele suspirou. Foi um processo longo e cansativo, mas graças a alguns contatos e alguns subornos aqui e ali, ele finalmente conseguiu. Um elfo apareceu na hora certa no momento em que eles chegaram. Ele não conseguiu esconder sua surpresa ao ver um longo pano enrolado no corpo da pequena criatura.

- Como é que Lef pode servir?

- Visita domiciliar - a auror feminina respondeu. - Você conhece as regras, elfo. Traga-o de volta aqui em duas horas.

Blaise olhou para a auror que o acompanhou até a mansão. Ela não falou muito, nem se preocupou em se apresentar. Ela rapidamente explicou as regras, pegou a varinha dele e prendeu as restrições mágicas em seu pulso antes de aparatá-los sem aviso prévio. Um olhar para ela e qualquer um poderia dizer que ela preferia estar em qualquer outro lugar, menos aqui. Ela estava olhando para a mansão como se quisesse colocá-la em chamas.

- Lembre-se, você tem duas horas. Esteja aqui até lá, ou então. Não quero ter que procurar por você na fortaleza daquele louco - ela não esperou pela resposta dele, não dizendo mais nada enquanto aparatava fora da área.

O elfo ofereceu sua mão para ajudar Blaise a chegar à mansão. Proteções anti-aparição foram estabelecidas em toda a extensão de suas terras, e apenas os elfos domésticos estavam isentos das regras. Blaise pegou a mãozinha, sentindo um aperto familiar na boca do estômago, antes de ser levado ao saguão da mansão.

Ele soltou um longo suspiro ao ver uma arquitetura familiar. Quantas horas ele passou no Departamento de Execução das Leis da Magia, preenchendo uma quantidade ridícula de papelada, a maior parte de sua necessidade é questionável em relação à natureza de seu pedido, apenas para que ele pudesse chegar aqui? Quantas vezes lhe disseram para esperar pelo veredicto do auror-chefe encarregado do caso, que não tinha nome nem rosto? Ele zombou. Era praticamente uma burocracia.

Falsas Pretensões - TRADUÇÃOWhere stories live. Discover now