Capítulo 15 - Ainda Não É Suficiente

132 8 12
                                    


CAPÍTULO 15 - AINDA NÃO É SUFICIENTE


- Você é podre de rico, Theo! Tenha um pouco de vergonha.

- Tudo o que estou dizendo é que sou seu melhor amigo há pelo menos dois anos! Mereço algum tipo de incentivo, você não acha?

Draco gemeu ao ouvir o som de brigas que o tirou de seu sono. Ele apertou os olhos para a luz que inundava seus olhos, apertando-os, esfregando-os com a parte inferior da mão para aliviar a dor de cabeça que ainda tinha. Onde diabos ele estava?

- Ah, meu querido amigo de infância! Você finalmente acordou! - a voz alegre de Theo ressoou pela sala.

- É quase meio-dia, companheiro - veio o sotaque entediado de Blaise.

Draco sentou-se, piscando para as duas figuras sentadas ao lado do sofá a alguns passos dele. Ele examinou a sala bem iluminada em que estava, só então percebendo que era a sua. Ele podia ver as cortinas abertas, inundando a sala com a luz do sol, mudando todo o ambiente do lugar em um instante.

Theo virou-se na cadeira estofada em que estava para encarar o comportamento confuso de Draco; ajoelhando-se contra ele para se apoiar.

- Escute isso, ele não vai me dar passe livre no restaurante dele! - ele apontou acusadoramente para o sonserino sentado bem ao lado dele.

Blaise ignorou a exasperação no tom de Theo, optando por passar manteiga na torrada em sua mão por igual.

- O que ele quer dizer com 'passe livre' é basicamente uma refeição grátis sempre que ele visita.

Theo lançou-lhe um olhar irritado.

- É o mínimo que você pode fazer pelo seu melhor amigo!

- Eu pensei que você fosse o melhor amigo de Draco? - Blaise ergueu uma sobrancelha desafiadoramente.

- Eu sou o melhor amigo de todos!

- Em que universo?

Draco observou eles continuarem a discutir um com o outro, esquecendo completamente que estava no quarto com eles também. Ele olhou para os serviços de brunch sobre a mesa; o cheiro de salsichas, ovos, marmelada e café era forte no quarto. Ele se deitou na cama, puxando as cobertas quando sentiu seus olhos arderem.

Eles estavam fazendo isso de novo. Eles sempre faziam isso sempre que ele tinha um episódio de pânico particularmente grave ou um colapso nervoso incrivelmente embaraçoso. Ele sempre acordava no dia seguinte com os dois em seu quarto, comendo, brigando ou fazendo alguma outra coisa totalmente normal.

- Ei, Draco! Ei! Você entende meu ponto nisso, não é?

- Ele é meu parceiro de negócios, Theo. Não importa como você olhe, ele não tolerará uma prática que daria prejuízo ao restaurante.

Draco fechou os olhos, ignorando os outros dois homens em seu quarto. Ele nunca entendeu por que eles iriam tão longe por ele. Por que eles simplesmente não o deixavam em paz? Havia tantas outras coisas que eles poderiam fazer com seu tempo. Tantas outras coisas que eles poderiam...

Draco gritou, jogando o edredom de seu corpo, quando sentiu algo molhado roçar na sola de seu pé.

- Que porra é essa... - ele piscou para o par de olhos prateados olhando diretamente para ele da beira da cama.

- Miau?

- Ah, vejo que você conheceu Juliet! Ela é muito carinhosa.

Draco olhou para a criatura, meio horrorizado, meio confuso, enquanto a observava se aninhar em seu tornozelo. Ele se encolheu quando sentiu algo confuso na mão que apoiava no colchão. Outro par de olhos prateados idênticos estava olhando para ele.

Falsas Pretensões - TRADUÇÃOWhere stories live. Discover now