capítulo quatorze: último dia

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Um ronco na barriga de Aria a fez acordar

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Um ronco na barriga de Aria a fez acordar. Duas piscadas foram o suficiente para que ela estivesse com os olhos bem abertos. A escuridão engolia o quarto ao seu redor, exceto pelo resquício de luz que tentava atravessar por debaixo da porta. Ela olhou para o lado, o lado direito da cama vazio. Significava que Emma já estava por aí.

Teve uma leve sensação de déjà-vu. Estar dividindo o quarto, a fazia lembrar de sua irmã. Não que Aria considerasse Emma como sua irmã. Longe disso. Mas era reconfortante não estar sozinha.

Levantou-se, sentindo um cheiro familiar de ovos. Barulhos de passos e talheres sendo retirados de armários e gavetas se tornaram mais altos à medida que Aria atravessava pelos corredores do apartamento.

– Emma? – ela chamou.

Jogando a frigideira para dentro da pia, Emma se vira com um sorriso no rosto. Seus cabelos loiros presos em um rabo de cabelo claramente feito às pressas, deixou fios rebeldes se movimentarem como quiserem.

– Fiz o café da manhã – disse, com um orgulho estampado e suas costas retas. Ela estendeu a mão para que Aria se sentasse, como se estivesse a servindo. Limpou a garganta: – São ovos mexidos e pão torrado. Espero que não esteja ruim.

– Tem como isso ficar ruim? – Aria riu, puxando uma cadeira para se sentar.

– Não duvide. Eu não tive chances de cozinhar no orfanato. É legal – Emma disse com um peso estranho em seu estômago. Era meio decepcionante não ter tido uma experiência tão simples antes. Mas no apocalipse, quem teria? – E eu ainda não experimentei. Então, você dará o veredito.

Aria deu um meio sorriso ao olhar para o prato. Emma não desviou as íris castanhas, encarando cada sinal na expressão de Aria que a convenceria de que ela não era uma boa principiante na arte de cozinhar.

Quando a colher saiu limpa da boca de Aria, seus lábios se curvaram um pouquinho para cima.

– E então? – Emma perguntou, firme, enquanto a fuzilava com o olhar.

– É um... ovo mexido.

Foi o suficiente para que o rosto de Emma se iluminasse.

– Isso quer dizer que está bom, certo? O simples é bom – se ajeitou para cortar um pedaço grande. Suspirou fundo e mastigou lentamente, apreciando. – É um bom ovo mexido. Acho que tenho talento. Um dia vou cozinhar tão bem quanto a avó da Bea.

– Acho que isso é um bom objetivo – Aria balançou a cabeça com um sorriso, comendo um pedaço do pão. Relembrou as duas noites anteriores, quando a carne desmanchou em sua boca. Nunca havia comido tão bem na sua vida.

– Foi legal conhecer eles. Faz tanto tempo que estamos juntos, na mesma equipe, e mal conhecemos a história um dos outros – Emma disse, soltando os talheres. – Por exemplo, até ontem não sabia que o Nate tinha dois irmãos mais novos. Adrian também tem um. Não sabemos muito sobre a Grace. E o Adam tem uma família inteira, e os homens são altos que nem ele. E você... só sei que somos iguais.

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⏰ Last updated: Apr 30 ⏰

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