track two: um encontro não calculado.

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ROCK IN' LOVE
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ROCK IN' LOVEt w o

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Empilho as caixas ao lado da porta, e o cheiro de erva doce acaricia minhas narinas assim que entro em meu quarto. É fim de tarde, e o agito pela avenida entrega a euforia do fim de semana a par das luzes em neon dos letreiros que começam a ganhar vida. Encaro as malas colocadas ao pé da arara e me lembro de que precisava desfazê-las, mas talvez eu deixasse para mais tarde. O calor de estar ali ainda era novo, um pouco confuso, mas ainda sustentava uma dose alta de satisfação. Por estar tão entregue à minha contemplação particular não percebo que estou acompanhada, e é um perfume atrativo que me tira daquela distração momentânea. Jisung se põe ao meu lado, carregando consigo um antisséptico e uma caixinha de curativos, o que leva minha atenção para o ardor desconfortável em meu cotovelo.

— Caramba, obrigada. — seus dedos seguram delicadamente meu braço para que ele pudesse aplicar o remédio.

O ardor é instantâneo, logo conferindo um visual adorável com os curativos de rostinhos sorridentes.

— Vou deixar com você, talvez precise trocar mais tarde — Jisung me entrega a caixinha, agora com sua atenção voltada para meu rosto. — Está melhor?

— Bem melhor, obrigada por isso.

Um sorriso ilustra seus lábios, e até mesmo Sunsunny chegou a ficar mais quente diante da beleza que lhe conferia sem esforço algum.

— Não ligue 'pro Hyunjin, você lembra da época do colégio, ele consegue ser um saco quando quer. — Han ajeita os cabelos para trás, e o pôr do sol o concede um visual de estrela do rock que beirava um colírio depois de tanto tempo presa naquele dormitório. — Caso precise de algo, vou estar no meu quarto, é do lado do seu.

Jisung deixa um rastro de seu perfume como um aviso silencioso que que voltaria, e então estou sozinha, apenas eu e aquele caos de sentimentos e sensações que eu não poderia explicar para mim mesma o que poderia ser, não naquele momento. Cada parte do meu corpo implorava por um banho, mesmo que eu já estivesse limpa, precisava daquilo. Abro uma das malas apenas para pegar uma toalha e roupas limpas e sigo para o banheiro, descartando o pensamento velho de que garotos universitários eram bagunceiros no segundo em que contemplo tudo, tão limpo que cheirava a aconchego. Me desfaço das roupas que uso, deixando-as espalhadas pelo piso antes de estar debaixo do chuveiro. A água cai sobre meu corpo no segundo em que giro o registro, oscilando entre gelada e morna até estar em uma temperatura confortável que acalmasse cada resquício de agitação em meu corpo. Um rock de poucos anos atrás se faz presente, um pouco distante mas ainda perceptível se eu ignorasse o barulho do chuveiro.

ROCK IN' LOVE ♥︎Where stories live. Discover now