track three: quase-flerte e um coração em chamas.

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ROCK IN' LOVE
t h r e e.

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Ainda que fosse noite, o calor reinava nas ruas da cidade. Nada era como a avenida principal de Sunsunny, pincelada em neon pelos letreiros das discotecas junto dos coqueiros que quase alcançavam as estrelas. Noites no verão daquele lugar eram feitas de aventuras pela praia, se condensando em madrugadas pelas areia até a aurora pintar o horizonte em um bom dia desejado por raios de sol ainda embriagados de sono. O rolar das rodas do skate é intenso conforme Hyunjin estrela pelo asfalto ainda sem um lugar definido para estar naquele início de fim de semana. Através das lentes alaranjadas daquele óculos velho, seu olhar perolado assiste as luzes condensarem-se em cores fantásticas junto do rock in' roll fervilhando na casa de show mais próxima, conferindo mais uma noite fantástica entre tantas noites fantásticas que acontecia apenas naquele lugar.

Convites para discotecas não faltavam, karaokê talvez soasse bem aquela hora, mas nada atraia Hyunjin, nada que não fosse ela. Mesmo com tantas garotas no seu pé, nenhuma delas causava o que ela lhe causava — a mistura de sensações mais incompreendida que ele já sentiu durante toda sua vida naquela cidade litorânea. Mesmo que sua pose de bad boy conquistador permanecesse intacta, Mia Bang sempre foi seu ponto fraco. Talvez fossem aqueles olhos, o sorriso ou toda aquela marra, mas existia algo que o derretia por inteiro quando se tratava dela. Desde os tempos de colégio Mia havia conquistado alguma coisa nele que, mesmo depois de tudo, ele ainda não entendia o que era, mas uma coisa era certa: ele adorava tentar. Mesmo depois de outras garotas, aquela específica do ensino médio permanecia intacta em suas reminiscências que insistiam em o assombrar agora que ela era, além daquela irresistível incógnita, sua vizinha.

Mia parecia diferente do ensino médio, ainda que os esboços faciais conversassem alguns traços adolescentes. Mesclada em todo o talento e em toda a rivalidade que construíram, ela continuava linda, imersa na singularidade de suas orbes escuras como o mar na madrugada que o enfeitiçava a mergulhar naquelas águas misteriosas com seu perfume beirando ao etéreo canto de uma sereia. As lembranças ainda eram vivas como um filme de verão de uma das melhores épocas de sua vida, mesmo que recordasse das palavras mais bobas e xingamentos vindos daqueles lábios bonitos que, um dia, se fizeram seus e apenas seus por breves segundos. O encontro não planejado daquela noite rebobinava em sua cabeça tanto quanto o vai e vem do mar, e ele lembrava que as sardas dela brilhavam unicamente nas bochechas coradas ainda que a luz daquela conveniência fosse ruim o bastante para não conceder todo o brilho que ela merecia.

No fim da avenida Hyunjin manobra o skate, o encostando na parede de um bar enquanto procura no bolso de seu jeans o cigarro que havia comprado a minutos atrás. O tom de menta daquela coisa perigosa pressionada em seus lábios seria como um calmante para a chama que se espalhava por suas veias para causar um incêndio, mas não foi, não quando o assunto se tratava dela morando no mesmo apartamento que Han Jisung, o garoto por quem foi apaixonada nos tempos de colégio e por quem Hyunjin não teve uma boa convivência, mesmo que saíssem com o mesmo grupo de amigos e convivessem por bastante tempo. Hwang se perguntava se Mia lembrava de tudo, tudo mesmo, e não apenas de quando ele a irritava por qualquer coisa boba.

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