receita do caos

02

Olá pessoal, mais um capítulo pra vocês! Gostaria de agradecer por todos os comentários no cap 01,
Eu prometo que vou responder todos assim que o meu wattpad parar de dar bug.

Por favor leiam as notas finais, espero que gostem!
Beijos, boa leitura.

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Rio Grande do Norte ( Renan ) 

— Você é muito bonito.

Estávamos sentados do lado de fora da minha casa, o sol estava de rachar como sempre, esse "lado de cá" nessa época do ano faz um calor danado. Tanto eu, quanto Priscila ficávamos ali só tomando um ventinho, sentados no banco e esperando a carona e jogando na moeda pra saber quem ia sentar na janela dessa vez. 

Paraíba estava com a mão sob o rosto segurando a própria cabeça e me encarando, entediada como sempre enquanto eu jogava a moeda pra cima. Era cerca de 7h da manhã de uma quarta feira. 

— Obrigado? — Falo meio contrariado enquanto jogava a moeda pra cima, eu escolhi cara e ela coroa. 

— Não foi um elogio. — Ela repreendeu com a voz séria esperando a moeda aparecer na minha mão. — Você é um adolescente de 16 anos, que diabo de adolescente é bonito? Aposto que vai ficar mal caráter. 

— Hey! — Questiono indignado já tirando a mão de cima da moeda vendo que deu cara. 

— Macho, eu estou falando sério! O caráter de uma pessoa se molda na adolescência. Você já é bonito vai crescer desumilde! 

— Oxe, que se eu crescer mais vou ficar com quase dois metros de altura visse! Pense, um morenão desses alto, gente fina e ainda por cima sortudão. Mal caráter? Vou nada.

Dei uma piscadinha para a paraibana que revirou os olhos, mais uma vez havia ganhado no cara ou coroa e ia sentar no banco da frente.  Todo dia de manhã, papai passava aqui para nos levar para escola. Eu morava com o meu outro pai, o sul morava com o papai. 

Era o momento em que ele tinha de conversar comigo e com o sul. Só que sempre tinha gente no carro, no caso a Catarina e a Priscila que iam atrás da camionete branca. 

O sul tinha um apego com aquela camionete, estava doido para fazer 18 e poder dirigir ela por aí. O papai ia adorar ver o gaúcho indo com ele por aí afora na camionetona braba. 

Eu em contrapartida, ia querer logo uma motoca.  Mas era bem capaz do pai ter um infarto.

— Cadê teu pai eim? A gente vai chegar atrasado já são 7:05 a aula começa 7:30! 

— Não sei. 

— Manda mensagem pro sul. 

— Não precisa, olha ali o carro dele vindo.

Abri um enorme sorriso quando vejo que ele estava com o banco da frente livre.

Era uma coisa de irmãos andar no banco da frente, era como se fosse o  " copiloto" do papai. E como o sul já morava com ele 90% das vezes ele ia na frente e eu tinha que ficar no meio do banco pra conversar com o papai.