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irra, vocês comentando na fic está me deixando animada pra escrever!
Obrigada por acompanharem e boa leitura.

Sergipe ( Sergio) 

Quando foi anunciado que o ônibus estava chegando, vou para perto dos demais que estavam me olhando há um tempo. Renan era legal, mais legal do que eu esperava para um cara tão popular assim como ele. 

Eu juro que pensei que a gangue do terceirão ia inventar algum trote do tipo pegar nossos tênis e pendurar no meio fio, ou se não  quebrar uns ovos na cabeça e encher de areia de gato. 

Mas não, estavam sendo legais… ele estava sendo legal. 

— Nossa, pra entrar no busão tem que pagar né? Só ando com cartão.— Alagoas fala assim que entra no ônibus e fica presa na catraca.

— Trocador, você aceita pix? — Foi a vez da Bahia perguntar. 

— Eu tenho dinheiro aqui, Mainha sempre diz que é bom andar com uns trocados para caso de emergência. — Falo no meio deles que me olham como se eu tivesse acabado de salvar a Pátria. — Cobre aqui, nove passagens. — Entrego para ele a nota de 50 reais e ele me devolveu 11,30. 

— Vish Mainha! 4,30 uma passagem? Tadoidoé? — Ceará fala em um tom revoltado enquanto passava pela catraca. 

— Abaixou?— Bahia perguntou com um semblante surpreso, acho que ela já pagou até mais caro que isso. 

— Aumentou! — Pernambuco reforçou.

— Ah meus bons, a gente deveria fazer uma manifestação para o governador abaixar a passagem. — Foi a vez do Maranhão opinar e enfim todos passaram na catraca. 

A minha casa era perto da casa da Bahia, então minha intenção era descer quando fosse a parada dela. Fiquei sentado do lado do Matheus lá no fundo enquanto o restante do pessoal se espalhou pelos últimos bancos. Conversamos, cantamos, zoamos uns aos outros e até partilhamos gírias que por incrível que pareça eram idênticas! 
Claro que teve o famoso : o motorista pode correr que o nordeste não tem medo de morrer. 

Foi legal fazer parte de um grupo. 

Alguns começaram a descer do ônibus para pegar uma segunda condução, outros seguiram caminho para o destino final que  deveria ser  a praia até restar apenas eu, Bia,Pedro e Renan. 

Na verdade eu não tinha entendido que esse fuzuê todo que o Ceará fez pra gente ir de ônibus na verdade era uma desculpa para que a baiana e o pernambucano ficassem juntos no final da condução.  

Minha ideia de descer junto com ela porque a gente morava perto , deu tão errado agora. Me senti mal por atrapalhar o esquema. 
Olho no celular e envio uma mensagem para Mainha avisando que eu estava bem e com alguns amigos novos, ela não ia se preocupar. 

Quando Bia se levantou para descer, Pedro foi atrás e dava pra ver que ele cochichava alguma coisa no ouvido dela, o que a fez rir. Eles desceram juntos e eu fiquei sem saber se descia ou não, me levantei para ir atrás, porque eu fiquei morrendo de medo de ficar perdido até que sinto alguém me puxando pela bermuda. 

Renan tinha enroscado o dedo no buraco onde se põe cinto ( e eu nunca usava) e me fez sentar do lado dele no ônibus. 

— Tu não vai atrapalhar o casal né Gipe? 

receita do caos Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang