cap ²

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"quero me sentir vivo lá fora,
não posso enfrentar meu medo"
- lovely
billie elish

❤️‍🔥☠️

Pov Lilith •

Caminho até chegar no pátio, e me sento, sozinha, não havia ninguém além de mim lá.

Adoro ficar sozinha, sempre adorei, mas...

As vezes queria ter uma amiga sabe? Eu sei que tenho os meninos, mas eles são minha família, eu queria alguma amizade feminina sabe? Alguém para ser superficial e falar sobre o que só as garotas falam, e só nós entendemos.

Sempre fui ótima em afastar as pessoas, sempre fui ótima em odiar as pessoas ao meu redor.

Todo mundo só é tão chato quando se está na escola, superficiais, críticos, maus.
Aprendi da pior forma que as pessoas vão pisar em você como se fosse a porra de uma mosca.

Aprendi duramente que vão machucar suas emoções, entretanto, graças a isso, aprendi que não há como se machucar se for você o dono da ação prejudicial.
Não há como se ferir se você evitar se machucar.
Não há como pisarem você se você pisar neles primeiro.

Me sento no banquinho e observo o céu enquanto minha playlist no aleatório começa a tocar Melanie Martinez.
Pego um cigarro e o acendo, inspiro sentindo aquilo preencher as minhas veias e depois solto.

Sinto alguém se aproximar, sempre fui boa em saber que há alguém se aproximando de mim mesmo a quilômetros de distância, sempre alerta, nunca baixo a guarda...

Porém antes de eu poder me perder na minha prisão pessoal (minha mente) alguém vem até meu ouvido e sopra nele, e eu dou um tapa por reflexo.

- ai seu filho da puta!- digo e quase o queimo com a porra do cigarro.

- caralho lilith- ele repreende.

- caralho digo eu, quer me matar do coração porra?- digo soltando a respiração que nem notei que estava prendendo.

Ele vem até meu lado e se senta, também está fumando, ele está com a gravata meio solta assim como a minha, só que com a blusa toda amassada, diferente da minha que está toda arrumadinha.

Seus olhos pretos me encaram e eu ergo uma sombrancelha.

- que é?- digo botando o cigarro na boca.

- depois fala que eu sou grosso- ele diz revirando os olhos.

- quer que eu fale que nem tuas puta Torrance?- digo soltando uma baforada pro lado de cigarro, e ele solta uma risada amarga.

Ele me encara pondo o cigarro na boca.

- você tem uma boca muito suja garota- ele diz e eu sorrio.

- sempre torrance, sempre- sorrio de lado e dou uma piscadela.

- tá ouvindo o que?- ele pergunta justamente quando "Softcore" começa a tocar.

- não te interessa- digo jogando o cigarro no chão e o amassando, e ele pega um lado do fone e coloca no ouvido.

- boa escolha, realmente admiro seu gosto musical lith- ele diz, e me lembro que já deve ter ouvido algumas das minhas playlists que coloco no banho, ou enquanto me arrumo, ou faço qualquer coisa, estou sempre ouvindo música, não sobrevivo sem.

Talvez porque eu não aguente a realidade e esteja sempre procurando escapes.

- realmente somos todos jovens demais pras merdas do mundo- ele diz apagando seu cigarro, e eu concordo.

- as pessoas são filhas da puta- digo e ele concorda com uma risada amarga.

- eu não sou- ele diz sorrindo de lado e me olhando, e eu faço questão de revirar os olhos exageradamente.

- todo mundo te odeia- digo.

- todo mundo te odeia também surtadinha- ele diz e eu quero sorrir com o apelido, merda, eu realmente reprimi o sorriso o máximo que consigo.

- um brinde aos mais odiados de thunder bay- digo sorrindo.

- até que eu gosto de ser odiada, e você Torrance?- comento olhando o céu da cor do mar.

- não ligo pro que pensam- ele diz.

- antes odiada do que fraca- bufo uma risada e me levanto ouvindo o sinal tocar.

Ajeito a jaqueta e limpo minha roupa.

- você vem?- pergunto ao moreno que me encara com uma expressão indecifrável e respira profundamente.

As vezes gostaria de saber o que se passa naquela sua cabeça.

- infelizmente- ele se levanta e caminhamos para fora do pátio.

❤️‍🔥☠️

• Broken don't fit • (damon torrance fanfiction)Where stories live. Discover now