• Capítulo 14 •

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Aemond observou Lucerys desaparecer no ar junto a Arrax, ele levou a mão até a barriga é caminhou em direção a praia onde Vhagar estaria o grande dragão milenar rugiu ao vê-lo.

- Sua Vhagar é bem mais calma do que a minha Vhagar - ele escutou a voz da mulher atrás de si - acho que deveríamos trocar

Ele riu soprado, a mulher de vestidos roxos caminhou até ele e depositou a mão gentilmente em seu abdômen, ela sorriu porém sorriu ainda mais bem que Vhagar sempre diz que as coisas nunca saem como planejado e nem sempre deuses podem controlar tudo.

A mulher de cabelos escuros sorriu ofegante deixando o loiro um pouco incerto tanto que deu um passo para trás se afastando do toque da deusa.

- O que há com você hoje? - perguntou levando a própria mão a barriga em uma forma protetiva

- Quer saber agora sobre o bebê ou quer que seja surpresa? - perguntou sorrindo enquanto acariciava o focinho de Vhagar que ronrronava baixinho

- Quero saber agora? - sua resposta foi mais uma pergunta do que de fato uma resposta mas a deusa não ligou muito

Ela olhou para Aemond sorrindo, endireitou a postura colocando as mãos atrás das costas e se aproximou olhando para a barriga lisa do loiro.

- Será gêmeas...

- Gêmeas... - sussurrou olhando para as próprias mãos

- Duas meninas não se de certo a aparência mas a vida costuma ser cruel

Aemond já havia entendido que estar ali não era apenas um alívio de sua morte miserável que certamente teria, mas era um castigo em algum momento Aemond morreria ele sabia disso, esse era seu destino e nada e nem ninguém poderia o livrar dele. Ele só estava protegido momentaneamente nada ali era de fato sustentável, as coisas poderiam desabar no momento em que ele menos esperava.

Syrax se mexeu, passando por Aemond e tocando em um de seus ombros, os olhos escuros da deusa encararam o olho lilás de Aemond, seus olhos transmitiam pura piedade, compaixão e amor.

- Lembre-se Aemond sua vida não está apenas em minhas mãos há mais deuses que estão encarregados sobre você- falou e desapareceu como sempre faz

Aemond olhou para Vhagar, sabia que todos os deuses exceto Syrax o odiavam por ter matado Lucerys e eles tinham razão em odiá-lo ele mesmo se odiava pelo que fez. Olhou Vhagar seu estômago estava se revirando por isso ele voltou para seu quarto não podia correr o risco de vomitar em ares.

[...]
Dois meses após a partida de Lucerys para degraus.

Aemond acordou assustado, passou a mão pela cama havia tido um sonho terrível em que Lucerys morria bem a sua frente e ele podia fazer nada para impedir, a lembrança mesmo que irreal do sangue de Lucerys escorrendo por entre seus dedos era apavorante.

O loiro levou inconscientemente ambas as mãos a barriga, ele se levantou da cama eu corpo se arrepiou quando seus pés entraram em contato com o chão frio. Aemond caminhou até a grande janela e observou lá em baixo os cervos que já haviam começado a se levantar para fazer seu afazeres.

Aemond olhou para o horizonte se lembrando da conversa que teve com Aegon no dia anterior em que transou com Lucerys, ele parecia esquisito.

Após o desjejum Aegon conseguiu distrair Lucerys o suficiente para arrastar Aemond para seu quarto, ali estava ele, bem na sua frente seu irmãozinho. Ele sabia que nem sempre havia sido o melhor irmão mas poxa ele ainda era seu irmão e ele o amava. Se culpava brevemente pelo irmão estar aqui.

Seu plano inicial era contar tudo a Aemond mas desistiu se Syrax não havia contado então não era para ele saber, então ele permaneceria calado sobre esse assunto mas se certificará de que o irmão se recupere e seja feliz ao lado do sobrinho.

Conforted Love - House Of The Dragon Where stories live. Discover now