• Capítulo 21 •

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Visenya sentiu mãos a agarrar a fazendo ir para a superfície da água, a platinada sentia sua cabeça rodar perante a queda consequentemente grande, seus olhos violetas pousaram no homem forte a sua frente, a testa de Arthur estava levemente ferida.

- Minha princesa está bem? - perguntou cuspindo um pouco de água, Visenya olhou para cima e viu o momento que o dragão de seu tio havia lançado fogo em um dos navios

- Não se preocupe eu estou bem - seus olhos pousaram na carcaça de Caraxes viu os cabelos platinados de seu pai de relance enquanto era consumido pela escuridão da água- Kepa! - gritou se soltando de Arthur e nadando até o velho companheiro de seu pai

Visenya mergulhou vendo o corpo de seu pai Damon ainda preso a cela, seus dedos foram até a fivela o soltando levando o corpo de seu pai para a superfície

- Pai - faliu o chamando - pai por favor acorda eu preciso que acorde - mediante a situação Visenya não teve sequer chance sofrer o luto por seu dragão

A frota de navios se afastava lentamente de si, Visenya agradeceu, agora não estavam em condições de lutar contra uma frota inteira, viu o platinado se aproximar lentamente, puxando o ômega mais velho para si

- Deixe comigo ouvi boatos de que ômegas Targaryens pesam mais do que os outros- falou nadando até o navio em chamas

Visenya subiu na frente, o navio que Tessarion atingiu foi danificado porém nem tanto. A ômega retirou a capa pesada e a estendeu para secar, Arthur subiu logo atrás com o ômega o deitando na madeira.

Visenya olhou em volta, buscando qualquer resquício de Harwin porém não encontrou, provavelmente durante a queda de Caraxes ele caiu mais distante em algum lugar ainda mais perigoso. A platinada observou os navios sumirem no horizonte.

- Acha que ele vai ficar bem? - Perguntou vendo o alfa realizando os primeiros socorros em seu pai - temos que achar uma maneira de voltar e perigoso para meu pai

Arthur permaneceu em silêncio observando atentamente o ômega desacordado, havia sangue muito sangue porém ele não estava machucado o suficiente para aquele sangue todo, o sangue vinha de seu baixo ventre, um ômega Damon Targaryen era um ômega certo?

- Visenya eu tenho duas notícias- a platinada l olhou - a primeira e boa muito boa, seu pai vai ficar bem ela vai acordar porém a segunda não é tão boa assim - falou mostrando ambas as mãos manchadas de sangue para a garota - ele perdeu

Visenya sentiu um misto entre raiva e alívio, alívio por seu pai estar vivo e raiva pelo bebê, pelos dragões e por terem derramado sangue de seu sangue.

- Temos que voltar logo meu pai pode piorar e quando ele acordar minha mãe vai precisar estar aqui e temos que achar meu pai Harwin com vida - falou andando até a borda incinerada do navio

[...]

Daeron pousou diretamente no pátio de Dragon Stone, não tinha tempo pra cerimônias agora, desceu de Tessarion e correu para dentro.

O jovem Velaryon, Joffrey veio ao seu encontro, até aquele momento o garoto forte não havia se permitido chorar ou ter qualquer outra reação, com o estado deplorável de Lucerys e o de sua mãe.

Joffrey correu até o alfa loiro se grudando em si, o jovem Velaryon temia pela vida de seu cunhado e tio e pela vida de sua irmã então ter Daeron significava que ele não precisaria mais ser forte e se seguar.

- Daeron que bom que você chegou meu pai foi para o foço - perguntou após avistar Tessarion que rugia levemente para o guarda

Daeron sentiu sua boca secar e sua garganta se fechar, como daria essa notícia a seu doce dragãozinho, como diria que Damon, Visenya, Harwin e Arthur haviam caído junto aos dois dragões. Como diria que eles poderiam estar mortos e que ele não pode fazer nada.

- Joffrey acho melhor entrarmos lá dentro eu explico melhor - o loiro falou puxando o marido pelos ombros levemente mas foi empurrado bruscamente pelo ômega

- Daeron onde está meus pais e Visenya onde está minha irmã? Porque você pousou aqui e não no fosso? O que houve é melhor me dizer agora antes que eu perca minha paciência- falou recuando alguns passos para longe do alfa que o olhou com pesar

Joffrey sentiu o olhar de pena do marido em si e não gostou nada disso, ele sentiu seu ômega se revirar dentro de si, o arranhando pelo medo do que lhe seria dito aseguir, mas Daeron não abriu a boca e isso deixou o jovem Strong ainda mais furioso, seus punhos se fecharam e seu cheiro ficou azedo o que fez os guardas ali por perto se afastarem um pouco do casal.

- Daeron o que houve! - trancou o maxilar cerrando os dentes - Daeron fale alguma coisa

- Eu não sei... - ele o olhou com os olhos marejados- estávamos vindo para cá mas poucos metros depois do campamento fomos atacados por piratas eles tinham lanças de ferro e aço nos atacam Caraxes e Drogon caíram eu não pude fazer muito por sorte não fui derrubado junto com eles

Joffrey sentiu seu coração parar por míseros segundos mas foi o suficiente para ficar tonto e fazer suas pernas ficarem bombas

- Joffrey! - Daeron correu até o marido o erguendo do chão

Joffrey sentiu seu mundo desabando aos poucos, seu pai estava esperando um filhote e agora poderia estar morto, seu pai Harwin poderia estar morto e sua irmã que só queria ser livre poderia estar morta.

Daeron entrou dentro da imensa fortaleza de pedra com o jovem Velaryon nos braços o levando para seus aposentos, não deixaria que vissem seu pequeno ômega naquele estado. O depositou na cama vendo os olhos castanhos transbordarem em lágrimas, Daeron se sentiu um inútil, não deveria ter voltado deveria ter lutado mesmo que caísse junto ao seu tio e sobrinha.

Porém o medo de morrer falou mais alto, se acovardou e fugiu como um menino assustado, como costumava fazer quando estava em Essos...

[ ... ]

Os gritos de Rhaenyra podiam ser ouvidos a milhares de quilômetros, a dor de perder mais pessoas importantes para si estava deixando a rainha louca, sua menininha Lyssandra havia sido abatida, Aemond havia sido abatido, Damon e Harwin haviam sido abatidos e Visenya também havia sido abatida.

Seus dragões haviam caído e podiam estar mortos e não havia nada que ela pudesse fazer em questão a isso, apenas mandar tropas para o possível resgate e nada mais, não era uma rainha legítima mesmo que tivesse um coroa e um decreto.

Argos seu meio irmão era a muralha de ferro que a impedia de se sentar em seu trono e apenas os deuses sabem o quanto isso a frustrava. Rhaenyra tentou focar nos sentimentos que seus parceiros transmitiam pela marca porém não havia nada além de silêncio e quietude.

- Minha rainha - ouviu a voz de Jacaerys, sempre tão formal e respeitoso - Lucerys recobrou a consciência e exige uma reunião com o conselho ele já sabe sobre Visenya, Harwin e Damon e o morador vindo da casa Romanoff, Arthur Romanoff

Rhaenyra suspirou estava na hora, já era mais do que a horas dos dragões dançarem...

Conforted Love - House Of The Dragon Onde histórias criam vida. Descubra agora