Conforted Love - House Of The Dragon

• Capítulo 25 •

Visenya sentia o frio começar a bater conta sua pela fazendo seu corpo sofrer leves tremidas, o barco ou pelo menos o que lhe restou estava afundando aos poucos e o sangue dos dragões na água estava atraindo predadores famintos e insaciáveis.

Além de Daemon que ainda estava desacordado não havia sinal de Harwin em lugar algum, Arthur estava sentando próximo ao ômega mais velhos, em sua cabeça de alfa prematura ajudaria a manter a temperatura.

- Acha que alguém vai vim? - Visenya sentiu a voz embaraçar na própria garganta quando Arthur a questionou

Ela olhou na direção de onde vinheram, ela não sabia, o que seu tio mais novo viu foi a queda dos dragões e montadores e nada mais, ele teve que fugir para não cair também, ela sabia que ele achava que estavam mortos. Mas sua mãe e irmãos a deixariam assim? Ela não sabia se eles viriam mas queria acreditar que sim, queria a convencer de que a frota Velaryon estaria ali pela manhã.

- E claro eu sou a princesa de pedra do dragão- Arthur também não se sentiu confiante com o tom de voz da princesa

- Se for assim eu sou um Lord deveria ter uma frota inteira atrás de mim mas eu sei que não tenho - Visenya conseguia sentir a dor em seu timbre

- E porque não estariam?

- Quando você e o último dos muitos filhos que seus pai têm - os olhos lilases se encontram com os amarelados - você acaba se tornando invisível e insignificante perante seus olhos

- Meus pais tem muitos filhos Arthur a quantidade de filhos não diz nada sobre uma pessoa ou sobre suas ações são seus pais que não prestam mesmo - o alfa riu soprado e isso arrancou um sorriso de Visenya - tenho certeza de que você será um ótimo pai Arthur quando for um

Visenya se levantou quando viu o movimento de Daemon, nada delicado e cuidadoso, ele finalmente estava acordando e agora seria mais fácil para os achar nessa imensidão azul, a garota platinada o ajudou a se sentar.

- Kepa... - sussurrou para o mais velho - cuidado ainda está muito abatido

- Onde está Caraxes? - ela sabia que sua primeira pergunta seria sobre o dragão que já havia desaparecido de seus olhos e afundado por completo no oceano

- Sinto muito mas se te serve de consolo Drogon também foi abatido en... - Daemon pousou o dedo indicador sobre seus lábios

- Não diga nada. Não continue debochando da situação Visenya. Eu precisava de Caraxes - a garota abaixou o olhar quando sentiu os olhos duros de seu pai sobre só - E você de Drogon

Ela levantou a cabeça e Arthur suspirou aliviado não queria presenciar a garota levando uma bronca do pai.

- Eu realmente sinto muito pai...

Daemon negou se levantando vagarosamente sentindo o vazio em seu ventre, seu filhote não estava mais consigo e ele pedia aos deuses para que o protegesse, sentia também a falta de Harwin pela marca que ardia em seu pescoço e que se tornaria inexistente em algumas luas sobrando apenas a de Rhaenyra.

- Não tivemos sinal dele pai. Mas eu prometo que vou trazer meu pai Harwin para casa com vi... 

E pela segunda vez naquela mesma noite Visenya havia sido interrompida pelo pai, dessa vez Daemon rosnou cessando qualquer fala dos dois outros presentes, se apoiou no que deveria ser a beirada do barco e olhou para cima.

- Não o procurem - Visenya e Arthur mal puderam o ouvir - não irá o encontrar minha querida pelo menos não com vida. Harwin se foi.

[...]

Aemond olhou para onde Meraxes havia dormido junto com Daella e Tedros, as duas crianças eram adoráveis, seria assim consigo também? Será que ele seria um bom pai?

- Não dá pra saber - ele olhou na direção da ruiva que se aproximava com um leve sorriso, ele podia sentir seu alívio e paz com aquela simples torção de lábios

- O que?

- Se você será ou não um bom pai terá que sofrer os riscos mas se me permite dizer - se apoiou sobre os cotovelos na beirada do barco - será um bom pai, se importa com essas crianças

- Como sabe que são duas não uma?

- Eu fui mãe duas vezes e já vi muitas pessoas grávidas na minha vida e a sua está muito grande para ser apenas um bebe mas veremos pode ser que ele ou ela seja apenas um bebê grande

- E talvez seja...

Ambos ficaram em silêncio novamente, não havia nada a ser dito por nenhum dos dois não tinham nada para compartilhar um com um outro além de agradecimentos mútuos que tinham um pelo outro.

Novamente Aemond encarou o céu e se permitiu pensar novamente em Lucerys, o alfa estava o deixando maluco.

Sentiu o pequeno barco tremer e então olhou para Meraxes que já havia se levantado, o quão rápido aquele simples barco havia conseguido ir graças a magia dos deuses abordo. Maelys olhou a água tingida de vermelho e o que pareciam ser restos de navios e pessoas.

- O que houve aqui? - Davina questionou olhando a deusas ruiva que não mostrou seu típico sorriso

Maelys suspirou e olhou pra cima, eles haviam chegado a Valiria. Caraxes e Drogon.

- Isso Davina. E uma das consequências da ganancia, do ódio e do egoísmo...

- Argos...

- Isso mesmo querida Argos tudo isso que está vendo são consequências de sua ursupação e seu ódio 

O cenário diante de seus olhos era asqueroso, o local fedia a fumaça e sangue, era um cenário de guerra com muitas mortes.

- Não podem fazer nada? - foi Lyssandra quem questionou agora

- Não podemos intervir em assuntos mortais e contra as leis - Meraxes falou tampando os olhos das duas crianças assustadas

Há alguns metros do barco pequeno que fugia em uma velocidade incomum de King's Landing Visenya se pós sobre seus joelhos enquanto encarava as costas do pai, sentia o ar lhe fugir, sabia dos riscos de sua morte mas queria tanto acreditar no contrário que acabou realmente acreditando nela.

Arthur se ajoelhou ao seu lado com as mãos em sua costa, o platinado estava verdadeiramente preocupado com a situação da princesa ela tremia levemente mas tremia. A morte de um de seus pais havia mexido bastante com ela que sempre imaginou que seus pais conheceriam seus filhos e que seriam ótimos avós.

Daemon já havia havistado o pequeno barco que avançava em sua direção, o cheiro ansioso de Aemond atingiu seu nariz como um murro forte.

- Junte todo esse seu ódio e grite por Aemond Visenya - a voz grave do ômega mais velho suou em seus ouvidos como uma melodia árdua

E foi exatamente isso que Visenya fez, se levantou com a ajuda de Arthur e gritou o nome do tio, gritou tentando retirar todo o ódio entalado em sua garganta...