• Capítulo 17 •

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Aemond acordou sentindo todo o corpo doer, era como se tivesse sido atropelado por um dragão e tivesse sido destroçado no caminho, se sentou levando ambas as mãos a barriga redondinha e suspirou aliviado ao sentir a elevação ali jamais se perdoaria se algo tivesse acontecido com seu bebê.

Levantou a cabeça e olhou em direção a porta que foi aberta bruscamente onde um loiro passou por ela, o mesmo loiro que o perseguiu e o derrubou de Vhagar.

- Fico feliz que tenha acordado eu fiquei realmente preocupado com seu estado - Aemond o olhou, Argos, se lembrava dele no casamento estranho de sua doce irmã Helaena e Baela - o que houve? Por acaso perdeu a língua durante a queda?

- O que quer comigo? Qual a razão disso tudo - falou se levantando, as costas retas e o nariz empinado

Argos riu e avançou em Aemond que deu longos passos para trás, não tinha medo por si e sem por seu filhote.

- Você é a razão Aemond tudo isso é por você quando eu permiti que aquele bastardo tocasse em você de uma forma que só eu poderia ter tocado só podia estar ficando louco - falou tocando em seu rosto fazendo Aemond rosnar - sempre tão arisco não é?

- Você e um louco, nenhum outro homem jamais me tocará da forma que Lucerys tocou  e não o chama de bastardo ele tem mais origem Targaryen do que você é seu sangue podre

Argos sentiu o sangue esquentar, Aemond o ômega que ele sempre amou estava bem ali na sua frente dizendo que amava outro, o quão louco o ômega poderia ser?

- Cale-se antes que eu me estresse com você Aemond e eu não quero o machucar- falou

Aemond riu desacreditado e virou de costas agarrou o candelabro e acertou o alfa na cabeça

- Mas eu sim eu desgraçado você matou Vhagar, quase me matou e colocou a vida dos meus filhotes em risco - acertou o candelabro mais uma vez aproveitando que o alfa havia perdido o sentido com o ataque repentino

Aemond não entendia bem o que estava acontecendo, por que a briga dessa vez mas algo em sua cabeça e coração o dizia para aproveitar a porta aberta e fugir, fugir o mais rápido que conseguia é pedia para ir de encontro com Lucerys logo.

Então em um movimento rápido o alfa a seus pés agarrou seus tornozelos quando ele começou a correr em direção para a porta, Aemond sentiu um certo desespero o atingir, seu bebê, seus bebês poderiam ter se machucado durante a queda.

Ah se ao menos o caolho soubesse o que lhe esperava, o destino cruel que Argos havia traçado para si ele não teria se preocupado tanto assim com a queda.

- Eu esperei muito tempo pra te ter Aemond, me casei duas vezes a primeira com uma ômega seca como um deserto e a outra uma tola sentimental suportei aquele bastardo lhe tocando por anos e sendo agraciado com a dádiva de colocar cachorrinhos em seu ventre então finalmente tenho você em minhas mãos e não irei deixar você sair tão cedo - falou quando tinha uma letra corporal contra Aemond

Argor tinha muitas vantagens, ser um alfa e biologicamente mais forte que Aemond, a voz alfa que o deixava desnorteado e submisso e a gestação do ômega que o deixava mais lento e receoso, aprovei o momento de sensibilidade do ômega e perdeu ambas aos mãos acima de sua cabeça.

Argos levou o nariz até o pescoço do irmão, morangos, ele cheirava bem muito bem, o alfa usou sua mãos livre para percorrer o corpo do ômega abaixo de si, céus Aemond ficava lindo gestante então Argos manteria o ventre do ômega sempre ocupado com filhotes seus.

Aemond rosnou e Argos fez o mesmo, a selvageria de seu irmão o deixava mais exitado, o fazia o desejar ainda mais, Argos soltou um rosnado fazendo Aemond se encolher automaticamente.

Droga de instintos ômegas- pensou tentando se soltar

Argos sorriu, perverso um sorriso quase lunático ao olho de Aemond.

Desespero, Aemond sentiu puro desespero atingindo seu corpo quando ouviu o barulhos de tecidos se rasgando e sentindo seu corpo ser exposto a brisa fria que inundava o quarto, ele fechou os olhos implorando para que os deuses que o colocaram nesse loucura vinhecem ao seu socorro ou até mesmo Lucerys.

Mas ele não veio, Lucerys não entrou pela aquela porta e espancou o alfa enquanto o tirava de dentro de si, Syrax que dizia se importar tanto não veio, Aegon que lhe prometeu que o manteria seguro não veio, nem sua meia irmã que disse que o protegeria veio. Ninguém veio, longos e dolorosos minutos se passaram desde que Argos o possuiu, que entrou dentro dele sem cuidado algum, muitos esses que se transformaram em horas repugnantes e dolorosas, e ainda sim ninguém veio ao seu resgate.

Quando Argos terminou seu ato sentindo seu peito cheio de glória como se tivesse ganhado a mais impossível das batalhas saindo deixando o ômega ali estático, machucado e sem cuidados.

Aemond sentia o corpo dolorido, mas nada era mais doloroso do que a dor em sua alma, o olho vazio focado em um ponto específico o azul havia se tornado opaco e sem vida o brilho que havia ganhado na companhia de seus irmãos e marido haviam sumido.

Quebrado, finalmente Aemond estava quebrado e ninguém poderia consertá-lo se não Lucerys, seu alfa o pai de seus filhotes mas ele não estava aqui para juntar seus caquinhos, e talvez ele nunca vinhesse ao encontro e o concerta-se é ele não poderia o culpar por isso.

Saiu de seus conturbados pensamentos quando uma cabeleira ruiva entrou em sua vista se lembrava dela de Driftmark, do casamento de sua irmã com Baela ele havia a salvado.

- Tudo bem você vai ficar bem - falou o ajudando a se levantar - Céus o que ele fez com você... pobre ômega

Davina se lamentou, o ômega não merecia isso, Argos era nojento e repugnante em todos os aspectos mas agora ele havia se superado.

[...]

Davina ajudou Aemond a se limpar, ambos seguiram em silêncio, Aemond duvidava muito se conseguia formular palavras para dizer já Davina o entendia bem, entendia esse sentimento então não o forçaria. Quando Argos havia a mandando cuidar do irmão ela não imaginava que ele estaria nesse estado nem que ele havia se rebaixado tanto.

Aemond já estava vestido e acomodado na cama, mais cedo ele não havia chorado mas agora ele se permitiu seu corpo sofria leves espasmos pelos soluços quebrados que saiam de sua garganta, Davina sentiu pena, raiva e ódio. Era sempre assim, alfas idiotas apareciam como cachorros territoriais que não aceitavam levar um não e quando recebiam essa simples palavras eles tomavam tudo a força terras, dinheiros, reinos, trono, coroa e ômegas.

Foi assim desde a conquista e não iria mudar agora...

Conforted Love - House Of The Dragon Where stories live. Discover now