Na hora errada

Fugindo dele

Dizem que quando a vida está ruim sempre pode piorar, acredite nessas palavras, pois sou a prova viva disso.

Corro o mais rápido que posso, meus saltos estão quebrados, o vestido longo vermelho manchados de lama, pelas minhas pequenas quedas durante o percurso.

Sinto meu coração acelerado, o pânico me dominando, pois a cada segundo ele se aproximava mais de mim.

Viro-me na esquina, ficando encurralada, pois era um beco sem saídas. Porém, não havia outra alternativa, eu tinha que me esconder ali.

Vejo alguns sacos pretos de lixo, me escondo jogando eles por cima de mim, ficando encolhida.

Escuto seus passos entrando no beco. Eu estou ofegante, então coloco a mão na boca numa forma de permanecer em silêncio.

Deixo uma pequena brecha para olhar o homem que passou a me perseguir.

Vejo ele andando lentamente pelo o lugar, não consigo ver seu rosto, pois o lugar era escuro, mal iluminado e ele usava um casaco com capuz.

O homem abriu a lata de lixo verde, que estava no canto, era grande o suficiente para eu conseguir me esconder, por isso ele deduziu que poderia estar ali.

Vendo que não conseguia me encontrar, ele xingou vários palavrões, chutou a lixeira com tanta força que assustou alguns ratos que estavam escondidos atrás da lixeira.

Um rato até passou por cima de mim, eu sentir suas patinhas pousando na minha perna, tive que ter todo o meu autocontrole para não gritar e sair correndo dali.

Suspiro aliviada, quando o vejo começando a se afastar, porém antes que o cara pudesse virar a esquina, meu celular tocou alto, chamando a atenção dele imediatamente.

O homem correu na minha direção, começando a tirar os sacos de lixo de cima de mim.

Agora era o meu fim, já não tinha mais para onde correr, eu estou totalmente ferrada.

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