A Dançarina das Sombras

6 - Estrela brilhante sob o augúrio do desespero.

Anteriormente...

Alex inicia uma conspiração contra Natasha, expondo segredos sombrios, culminando no confronto na mansão Rockfeller e na aniquilação da família. Reika Sakurai, detetive, responde a um incidente grave na cidade. Natasha e George planejam novos assassinatos, enquanto a presença de uma criança recem nascida complica a história. Revela-se a existência de uma bomba no Bordel, intensificando a trama. O capítulo termina em suspense, prometendo desdobramentos impactantes.

Enquanto isso a detetive Reika Sakurai investiga um incêndio na mansão relacionado ao assassinato do primeiro-ministro. A cena revela detalhes intrigantes: pegadas nas paredes, um cofre repleto de ouro derretido, e um sobrevivente traumatizado chamado Alex. A busca por respostas leva à descoberta de um casaco e celular que podem conter informações cruciais. Enquanto Hiroshi, o assistente, assume a análise laboratorial, Reika se depara com fotos íntimas do primeiro-ministro morto, indicando uma conspiração mais profunda. A trama se intensifica, sugerindo que a investigação está longe de desvendar todos os mistérios.

Na cena seguinte, imersa na investigação da mansão, Reika compartilha com seu assistente Hiroshi suas descobertas sobre o caso relacionado ao assassinato da familia. Eles examinam fotos, identificando detalhes que apontam para uma assassina mulher alta. Enquanto discutem o caso, Reika expressa suas preocupações e cansaço, revelando uma conexão emocional com seu falecido pai, um grande detetive. Em meio a reflexões sobre o legado familiar, Reika desaba repentinamente em convulsão. O mistério do caso é momentaneamente eclipsado pela urgência de cuidar da detetive.

Tragédia revivida.

Naquela mesma tarde, Reika trancou a porta de sua casa com um suspiro pesaroso. Seus olhos vermelhos e inchados adiantavam uma história silenciosa em sua mente. Ao adentrar a sala, o seu namorado Sang Hoon estava reclinada no sofá, seus olhos fixos na televisão até o instante em que fora alertado pelo estranho ruído das chaves.

— Já chegou, amor? Veio mais cedo hoje. — Dizia sem perceber ao certo o que estava acontecendo, ao ver as feições de Reika, o coração de Sang Hoon apertou. Ele decidiu se aproximar, preocupado e curioso ao mesmo tempo. — Reika, o que aconteceu? Por que você está tão triste? — perguntou ele, sua voz carregada de apreensão genuína.

Reika nem sequer tentou sorrir, começou a chorar copiosamente, largando as coisas pelo chão de casa, sua bolsa, chaves celular e um envelope. Tentou dizer algo, mas as palavras não vieram. Sang Hoon persistiu, suas dúvidas transparecendo em seus olhos inquisitivos. — Por favor, me conte. Posso ajudar de alguma forma?

Ela balançou a cabeça, suas palavras se perdendo no ar tenso entre eles. Quando ele tentou envolvê-la em um abraço consolador, ela se esquivou novamente sua expressão estranhamente rejeitante. Sang Hoon recuou perplexo com a reação inesperada de Reika.

A estranheza pairou no ar, criando uma barreira invisível entre eles. Sang Hoon estava determinado a entender, a decifrar o que estava escondido por trás da tristeza nos olhos de Reika. No silêncio tenso daquela sala, uma história não contada flutuava, aguardando o momento certo para ser revelada.

— Reika... Me conte o que houve. Eu... Eu fiz alguma coisa pra você? — Se perguntara, sem entender.

Naquele momento, enquanto as lágrimas continuavam a escorrer pelo rosto de Reika, ela finalmente encontrou a força para falar, mesmo que as palavras saíssem em soluços entrecortados.

— Você tem que ir embora, Sang-Hoon — Ela dizia.

O coração dela estava pesado como chumbo enquanto olhava para Sang Hoon igualmente devastado, mas tentando mostrar-se forte, seus olhos transbordando de tristeza e desespero. Reika engoliu em seco, tentando encontrar as palavras para explicar o inexplicável. O silêncio na sala ecoava com a gravidade da situação.