A Dançarina das Sombras

17 - Meu imperdoável direito de errar

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Anteriormente, Natasha, sob disfarce, elimina líderes de uma organização criminosa envolvidos com tráfico humano. Enquanto isso, Mari, Emi e a criança fogem de Reika, que é afastada da investigação. A morte de Akira é erroneamente atribuída a Natasha pelas gêmeas.

Galatea mata Akira, e Mari, Emi e a criança fogem enquanto Reika é afastada da investigação. Mari revela planos para incriminar Natasha.

Confrontada com segredos e corrupção policial, Reika decide investigar após um chamado de Hiroshi. Em um encontro, ela mergulha em uma trama de segredos, confrontando sua percepção da verdade. De volta ao consultório médico, Reika recebe atualizações desanimadoras sobre sua saúde. O médico revela que os novos exames indicam uma expansão do tumor, causando desespero e medo em Reika.

Em casa, ela busca refúgio no chuveiro e decide raspar a cabeça como uma despedida de sua antiga identidade. Mais tarde, encontra conforto nos braços de seu namorado, Sang-hoon, mas se vê assombrada pela traição cometida ao se relacionar com Natasha.

Refletindo sobre seus atos, Reika questiona seus próprios valores e se vê obcecada pelo caso. Após descobrir informações intrigantes, ela entra em contato com Zaki Nkrumah, que reage de forma suspeita ao ser questionado sobre Anya Avdeeva. Enfrentando desafios pessoais e profissionais, Reika demonstra resiliência e determinação para enfrentar o destino que surgirá em seu caminho.

Conspiração.

As sombras da noite abraçavam a cidade coberta pelas chuvas. Reika mergulhava fundo na investigação, enquanto Hiroshi, seu parceiro leal, vasculhava os arquivos meticulosamente organizados em pastas empilhadas no escritório do pai de Reika.

Enquanto acompanhava as movimentações das ações preferenciais, encontradas na mansão Rockfeller, Reika sentiu um arrepio ao descobrir a conexão entre as atividades da família na contratação de serviços ilegais. Os números na tela do computador agora tinham um significado muito mais sombrio do que simples transações financeiras.

— Hiroshi, olhe só para isso — disse ela, apontando para a tela. — Os Rockefellers estão envolvidos até o pescoço com a compra de serviços políticos e a máfia.

Era a lista de magnatas falecidos, suas fotos emolduradas na sala como fantasmas do poder e da corrupção. Cada rosto era uma pista, cada nome um fio no emaranhado de segredos prestes a serem desvendados. A seta do mouse deslizou-se pelas páginas dos relatórios, os dedos de Reika quase sentindo o peso dos dados escondidos em lugares além da imaginação.

As transferências de dinheiro que ela descobriu levavam a contas offshore e empresas fantasmas, espectros de uma rede intricada de enganos. O dinheiro não tinha pátria, movendo-se livremente por bancos em paraísos fiscais onde as leis eram suaves e a transparência, inexistente. Empresas sem operações reais, eram veículos perfeitos para ocultar a origem e o destino dos fundos, projetadas para confundir e camuflar as trilhas do dinheiro sujo.

Eram como sombras dançando fora do alcance da luz.

Ela fechou os olhos por um momento, tentando imaginar o fluxo dessas riquezas, passando despercebidas sob o radar das autoridades. Era inútil imaginar calcular a quantidade monumental de zeros. E agora, ela estava prestes a desvendar esse jogo, sabendo que, a cada descoberta, se aproximava mais do perigo.

— Heinz. Esse sobrenome não me é estranho. — Reika murmurou para si mesma enquanto estudava um dos papéis. Com um clique rápido, ela minimizou a aba e fez uma pesquisa rápida no Google. O resultado não deixou dúvidas. — O irmão dele, há muitos anos, na década de 80. Ele tinha uma mina em uma ilha chamada Zamwalla e foi assassinado por Natasha naquela época. — Suspirou — E o mais novo também não escapou, encontrando seu destino na lamina vermelha de Natasha naquele dia no bordel.