A Dançarina das Sombras

12 - Um fim difícil de esquecer. As alegrias que não posso lembrar.

Anteriormente...

Acompanhamos Malik Mokonzi, um jovem aldeão de 22 anos, em uma visita ao continente para adquirir suprimentos para alguns dos habitantes de sua ilha. Durante essa jornada, ele se envolve em uma briga para proteger uma mulher de aparência estrangeira de guardas, exibindo sua coragem e altruísmo. Malik sente-se compelido a ajudar a mulher, porém ela foge com os produtos roubados, deixando-o perplexo ao pagar por eles.

Posteriormente, Malik reencontra a mulher no mercado, descobrindo que seu nome é Anya. O encontro entre os dois é marcado por uma tensão e flerte estranhos, revelando uma química esquisita. Eventualmente, eles se casam e demonstram ser intensamente viciados um no outro em todos os sentidos possíveis.

Com a rápida gravidez de Anya, Malik e ela discutem sobre o nome do bebê e refletem sobre suas experiências passadas. Anya compartilha sua história como sobrevivente dos eventos pós-Segunda Guerra Mundial, revelando habilidades especiais decorrentes de experiências sinistras, enquanto Malik expressa sua admiração por ela e por tudo o que é capaz de fazer.

Eles discutem questões de moralidade e as consequências do poder, explorando temas como igualdade de direitos e a incapacidade da responsabilidade humana diante de poderes incríveis. Em seguida, durante o trabalho de Malik na mina de diamantes, ele compartilha suas preocupações com seu amigo Zaki sobre as condições de trabalho, ambos começam a considerar ações coletivas entre os trabalhadores.

O Pentagrama

Um ano se passou desde então. O tempo não apenas testemunhou o crescimento de Natasha nos braços de Anya, mas também testemunhou a intensificação da crise que assolava a ilha. A exploração desenfreada da mina havia desencadeado uma série de problemas, desde doenças até problemas ambientais, assim como a chegada massiva de trabalhadores em busca de uma chance de sobrevivência.

Era sob o véu sombrio de uma tarde nublada que Anya aguardava a chegada de Malik, o ronco do caminhão guiado por Zaki ecoando como um presságio sinistro pelo caminho, seu semblante abatido já prenunciando a tragédia iminente. Com Natasha aninhada em seus braços, Anya sentiu o peso opressivo da ansiedade ao perceber a ausência de Malik ao volante.

— Onde está Malik? — Anya questionou em tom de urgencia.

Os homens desceram da caçamba do caminhão enferrujado, trazendo consigo uma maca com Malik.

— Não está nada bem. — As palavras foram pronunciadas com um peso angustiante, ecoando no ar carregado de incerteza.

Anya não conseguiu conter as lágrimas, unindo-se ao choro do seu bebê. — O que aconteceu, Malik?

— Foi um desabamento, senhora. Ele está bem agora, foi só um susto. Os médicos cuidaram dele, mas ele precisará ficar em casa por um tempo. — Zaki explicou, tentando acalmar a esposa de seu amigo.

Os homens ajudaram Malik a se deitar na cama do casal, onde ele permaneceu imóvel por horas até recuperar a consciência mais tarde. Anya observou suas feridas com uma mistura de dor e preocupação, como se cada arranhão fosse em seu próprio corpo.

Na manhã seguinte, ao despertar, Malik encontrou sua esposa amamentando Natasha em uma cadeira reclinável ao lado da cama, com olheiras profundas.

— Anya... — ele murmurou, sua voz rouca ecoando no silêncio enquanto ele se ajeitava com dificuldade na beirada da cama.

— Meu amor, você dormiu todo esse tempo. Eu fiquei muito preocupada. Seus colegas de trabalho disseram tudo o que ocorreu. Você não vai mais trabalhar naquele lugar. — Ordenou.