7 - A odisseia autodestrutiva do dragão insaciável.

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Na trama intensa, a detetive Reika Sakurai investiga um incêndio na mansão relacionado ao assassinato da familia Rockfeller. Detalhes intrigantes emergem, incluindo pegadas nas paredes e um cofre de ouro derretido. Com Hiroshi, seu assistente, assumindo a análise, Reika enfrenta desafios emocionais, conectando-se ao legado de seu falecido pai. O mistério do caso é momentaneamente ofuscado pela urgência de cuidar da detetive que desmaiou.

Reika volta para casa com a notícia devastadora do diagnóstico de câncer. Sang Hoon, seu namorado, tenta consolá-la, mas ela decide afastá-lo, revelando sua condição. A mãe de Reika também é informada e a família enfrenta a tristeza e incertezas. Reika considera pedir demissão para passar seus últimos momentos com a família. Sang Hoon, com tristeza, parte temporariamente para a Coreia do Sul, prometendo apoio à distância. A atmosfera na casa Sakurai é marcada por uma mistura de tristeza, aceitação e determinação para enfrentar o desafio imposto pela doença.

Alguns dias depois, Reika afastada temporariamente do trabalho estava entregue à escuridão psicológica. Ela é abordada por sua mãe, que a incentiva a ser forte diante da adversidade. Ayumi, uma amiga de infancia de Reika, a convida para sair e buscar um pouco de luz na vida noturna. Juntas, elas frequentam uma festa de alta sociedade, onde Natasha e Mari, vestidas de magica e coelha, trazem um toque intrigante à noite. Natasha oferece a Reika uma seleção de drinks baseados nos Sete Pecados Capitais, iniciando um jogo de sedução e mistério entre elas.


A valsa das valquírias

Sob a penumbra delicada da festa da alta sociedade, Mari Suzuhane observava com olhos perspicazes, tendo retornado da alcova reservada para atender os clientes ávidos por bebida. Enquanto isso, Reika buscava sua fuga nas horas que se esvaíam, levada pela névoa intoxicante dos drinks meticulosamente preparados por Natasha.

Num dueto silencioso, ambas discutiam trivialidades, enquanto o bar as envolvia na penumbra escarlate e difusa, com seus rostos quase se tocando. As risadas ressoavam como acordes embriagantes, preenchendo o espaço com um encanto e uma euforia inebriante.

Até o momento em que Reika, enfeitiçada pelo balé que os lábios de Natasha performavam ao falar e sorrir, avançou com olhos cerrados, unindo seu rosto ao dela em um beijo. As sombras se testemunharam o encontro inesperado, enquanto o toque dos lábios sinalizava uma linha proibida que foi cruzada.

Natasha ao se dar conta do que aconteceu, lançou-se com determinação, com os seus lábios encontrando os da detetive em um movimento preciso. Ela apoiou a cabeça de Reika entre as mãos suaves, deslizando a língua suavemente entre os lábios da detetive, como se procurasse explorar os recônditos íntimos da alma.

Um perfume inebriante envolvia o olfato de Reika. Despertando uma onda de sensações excitantes que invadiram a sua mente, enquanto Natasha desvendava sua boca com uma ternura dedicada. A detetive tentou resistir por um instante ao notar a besteira que havia feito, mas com a ajuda da embriagues se entregou ao momento, deixando-se levar pela valsa em seus labios.

Por um instante, ela se sentiu como se estivesse sendo enredada por algum feitiço, mas não desejava parar; era uma sensação tão boa. Os lábios macios e voluptuosos, a perfeita harmonia, era fruto da provocação que haviam compartilhado momentos antes. No entanto, Natasha recuou suavemente, para o seu lamento.

Reika, embriagada até à alma, iniciou o lento processo de recuperação. Suas bochechas ardiam em rubor, sem palavras para articular. Enquanto Natasha se ajeitava, o laço vermelho na cabeça com elegância, encarava a reação da detetive de olhos semicerrados, secretamente contemplado o acanhamento da mulher oriental.

A Dançarina das SombrasWhere stories live. Discover now