9 - A odisseia autodestrutiva do dragão insaciável.

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Anteriormente

A detetive Reika faz 25 anos em seu aniversário. A celebração é interrompida por notícias de um incidente grave, conectando-a à investigação. Natasha e George discutem as consequências de seus atos, enquanto Reika desvenda detalhes relacionados ao assassinato. Reika descobre que esta com câncer. Na tentativa de não ser vencida pela doença ela embarca em uma festa da alta sociedade a convite de uma amiga, culminando em sexo com a assassina.

A trama avança para uma reunião sinistra entre Katsuya, Natasha e outros líderes, explorando estratégias para proteger a organização após o incidente na mansão. Revelações perturbadoras sobre tráfico humano e exploração aprofundam a complexidade da trama. A contemplação de Natasha sobre a ideia de matar os líderes sugere um desenvolvimento mais sombrio, enquanto a sala torna-se palco de intrigas e dilemas.'

A narrativa culmina em uma cena intensa e violenta, onde Natasha enfrenta um grupo de homens em um confronto mortal. Seu conhecimento sobre a nova "Unidade 731" e a busca por informações revelam aspectos mais profundos da trama. O confronto com Reika, que entra na cena armada com uma pistola, proporciona um momento de alta tensão, explorando temas como justiça, ética e moralidade.


Ao monstro do desespero, corações se tornam sacrifícios.

A alguns quilômetros de distância, Natasha saltava de prédio em prédio, buscando se distanciar dos helicópteros da polícia que sobrevoavam a cidade. Foi quando os corvos se reuniram à sua frente, assumindo a forma de um homem que parecia ser o chefe do bordel na reunião, o gótico. Natasha interrompeu sua fuga para encontrá-lo.

— O que diabos foi aquilo? — Ele perguntou, parecendo decepcionado. — Nós tínhamos um acordo, Natasha.

Eu não pude, George. Não consegui, sabendo que ela era inocente. Ela não merecia estar ali. Eu subestimei a dificuldade de manipulá-la. — A assassina ajoelhou-se diante do gótico, exausta e visivelmente abatida.

— Escute, Natasha. Ouvi toda a sua discussão. Você não consegue me enganar. Está cavando sua própria sepultura com essa atitude. Pensei que tivesse superado aquele dia. Entenda de uma vez por todas, eles não morreram por sua culpa, Natasha. — O Gótico comentou, agitando os ombros da assassina, que começou a derramar lágrimas.

— Eu não consigo, George... Eu não consigo... Se não tivesse matado aquele homem por acidente, eles estariam vivos agora. Prefiro arriscar a minha vida a ser responsável por tirar alguém do jogo cujo papel no destino desconhecemos. A culpa é avassaladora, não consigo seguir adiante com isso. — A voz da assassina estava embargada.

— Está tudo bem, Natasha. — Ele se abaixou para envolvê-la carinhosamente, permitindo que ela enxugasse suas lágrimas em seu ombro. Ficaram assim por alguns minutos, com a assassina antes inabalável agora vulnerável, chorando na segurança do casaco de penas do Gótico.

Após ela terminar e retomar suas forças, ambos se levantaram. — Obrigada. Eu precisava disso...

— Mesmo que Reika pudesse desempenhar um papel grandioso no futuro, eu me pergunto se a vida dela vale a de milhares. — Comentou, afastando-se alguns passos, olhando-a com olhos entristecidos. — Porém eu não sou a figura adequada para colocar essa conta na balança, pois para mim, a sua vida também vale muito mais do que qualquer um deles. O que mostra que nesse jogo para ser competente é necessário ser... desumano. — Então, virou as costas, transformando-se em uma reviravolta de corvos. — E, pelo que me parece, você não consegue ser desumana, mesmo que se esforce; também tem seus limites éticos.

A Dançarina das SombrasWhere stories live. Discover now