Capítulo 1

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Me chamo Aquin, tenho 18 anos, 1,65 de altura, sou um garoto de pele escura dos olhos castanhos e cabelos desgrenhados. Sou sozinho, meus pais morreram quando eu tinha 15 anos, na época eu era emancipado, mesmo assim eles me amaram e me ensinaram a lutar para ter algo e que nada vem de graça, tudo que temos tem que vir do nosso suor. Desde então, moro sozinho e dou duro para pagar a casa que meus pais me deixaram, não posso deixar de mencionar as contas que são de lei, né? E para piorar a situação eu não trabalho e tenho que viver de bicos, que mau se para pagar as contas e como quero começar a faculdade logo, NECESSITO DE UM EMPREGO. Mais um dia na qual não tenho respostas dos currículos deixados, decido ir até meu computador que já se encontrava ligado em páginas de vagas para emprego. Fui enviando currículos adoidamente para vagas aleatórias, afinal alguma empresa me chamaria, não? Estava de boa, até que vi a vaga que me chamou atenção:

-Vagas para modelo, com ou sem experiencia, basta carisma no olhar, sorriso bonito e disponibilidade para viagens. O book será coberto pela empresa. Basta deixar uma foto, número de telefone - Eu li em voz alta, será que vale a pena? Será que enquadro nos padrões? Quer saber foda-se, vou me inscrever nessa bodega. Coloquei todos os meus dados e minhas melhores fotos, depois disso resolvi ir tomar banho (nem lembro quando foi a última vez que tomei banho, zoas), ao entrar embaixo do chuveiro, senti a água tocar em minha pele o relaxamento foi na hora, fiquei ali até esquecer dos problemas, do fato de eu ser sozinho e não ter amigos para compartilhar minhas dores, sacudi a cabeça tirando os pensamentos negativos e lembrando que não sou sócio de SABESP nem da ENEL, perdi o tesão de ficar no banho, sai me enrolando na toalha me dirigindo ao meu quanto, na qual antigamente era dos meus pais, uma pequena suíte, mas, com muitas memorias. Sentia saudade, porém isso não os fariam voltar, fui até o guarda-roupa pegando uma roupa confortável e leve. Desci as escadas e fui à cozinha para fazer uma coisa para comer e resolvi fazer uma pipoca, me dirigi a sala e assisti uma série. Acabou que nem prestei atenção e fiquei pensando na vida, mas minhas contas, na faculdade, eu ainda tinha sorte por conta da pensão de morte dos meus pais, porém não era um valor que daria para arcar com todas as contas e logo deixaria de receber esse valor, pensei tanto nisso que dormi.

Acordei no dia seguinte predestinado a arrumar a casa, levantei-me e fui ao banheiro fazer minhas necessidades e quando eu terminei, coloquei um turbante na cabeça só para fazer charme, decidi começar a limpar a cozinha, limpei a geladeira que estava vazia, os armários, fogão e os outros eletrodomésticos, passei pano no chão e fui para a sala limpando os moveis. Depois que finalizei a limpeza fui para o notebook ver mais vagas e dormi em cima da mesa.

POV Ethan

Bom, me chamo Ethan Gorki, tenho 25 anos, sou um "mafioso" mais rico e cobiçado da Rússia, talvez fosse isso que vocês quisessem ouvir? Porém, faço tudo por baixo dos panos, estou envolvido com tráfico humano, embora "eu" não considere tráfico. Eu ofereço trabalho, comida, condições básicas de vidas (uma piada) mas, tudo vem com preço. Ofereço um emprego como modelo ou até mesmo outras vagas, desde que tenham disponibilidade de viajar e quando chegam aqui os faço de escravos sexuais ou meus subordinados, alguns até recebem por isso. A Rússia tem uma burocracia muito forte sobre estrangeiros e até mesmo sobre orientação sexual, ainda mais onde em um mundo onde homens já podem engravidar, claro que não todos, mas, com uma simples cirurgia e pronto, já outros nascem com esse dom.

Cá estou eu deitado com um dos meus subordinados ao meu lado, afs não posso negar ele é bom quando se trata de sexo, um boquete incrível, mas (sempre tem uma desculpa), eu enjoei dele, quando eu enjoou dos concubinos recorro a ele e não consigo ficar sem sexo, então complica minha vida. Parei de devaneios, levantei-me, peguei meu roupão e me dirigi até meu notebook, entrando na conversa do meu irmão para ver as boas novas, comecei a ver as fotos das pessoas que ficaram interessadas na "vaga", aparentemente pessoas desesperadas por um emprego, todas as fotos das pessoas eram estranhas e feias, eu não gostei de nenhuma, nenhuma havia me agradado, até que vejo uma foto que me prendeu de uma forma diferente. Um rapaz muito bonito, ele era negro, aparentava ser bem pequeno e indefeso, na hora me excito só de pensar torturando essa coisinha fofa, não perdi tempo e mandei mensagem para o idiota do meu irmão, dizendo que o queria de toda forma o mais rápido possível, pedi o prazo de 2 dias para ele conseguir arrasta-lo para Moscow, geralmente por conta da burocracia de documentação. Precisava vê-lo e toca-lo, para o Aquin pedi brevidade, também pedi outras pessoas, mas para eles eu não tenho pressa, vou aproveitar para solicitar as documentações necessárias, já que sou rico e posso pagar os documentos deles. Ah, vou enviar dinheiro para ficar mais fácil.

Nem falei sobre mim, bem vamos lá com esse bla bla bla, tenho 1,90 de altura, sou branco igual papel, meus olhos são azuis e tenho 28 anos, minha história de vida é complicada, todo império que construí foi sozinho e não quero falar sobre isso. Eu gosto de sadomasoquismo com dor, com tortura, por isso os escravos nunca duram mais que um mês e os que duram viram subordinados.

-Ethan? - Fui tirado de meu pensamento por uma voz sonolenta, me virei em direção da mesma e me deparei com Ottis, que usava uma camisa social minha, que parecia mais um vestido nele, suas pernas fartas de fora, ele estava muito fofo, mas, não se deixe enganar pela aparência fofa, ele é um mini psicopata, ele foi responsável por torturar e matar 20 pessoas de uma outra máfia, esse carinha é vingativo e maldoso, ele tortura todos os meus companheiros.

- Seu preguiçoso, dormiu muito, não se atrase para seus deveres ou desconto do seu salário - Falei brincando em um tom de ignorância.

- Calma chefia, só achei que talvez, quisesse usar meu corpo pela manhã - Ele disse sexy, eu poderia, mas vou me guardar para meu novo brinquedinho.

- Pode ficar tranquilo, já achei um brinquedinho novo, e não faço mais questão de abusar de seu corpo, pretendo me guardar para meu bebe - disse usando um tom de desdém e se tem uma coisa que deixa esse homenzinho puto é ser trocado, a maior causa das mortes dos meus mascotes são causadas pela cisma desse cara, sem contar que já havia se declarado para minha pessoa, mas, recusei não queria um relacionamento e estava satisfeito com sexo sem compromisso e por esse motivo nós ainda transamos, pois ele gosta e vê isso como um meio de ficar próximo de mim. Ele se levantou com uma cara feia e saiu do quarto batendo a porta.

Suspirei, levantei-me e fui tomar um banho, não poderia ir trabalhar suado e cheirando a sexo. Entrei na banheira fazendo a água subir alguns centímetros, acabei relaxando esquecendo dos problemas, só voltei a mim quando ouvi meu celular tocando e quando eu vi era o idiota do meu irmão.

- Quem me ama? - Disse iludidamente esperando uma resposta

- Você mesmo - ele disse debochando, esse filho da puta.

- Claro, amor próprio é tudo, antes de qualquer coisa vem eu - Falei fazendo drama.

- Já pode virar ator, não precisa nem fazer teres - Ele disse usando a ironia - Direto ao assunto, marquei uma entrevista amanhã com ele, mas a papelada da documentação ficará pronta em até dois meses.

- Irmãozinho, eu o quero até o prazo que te passei, se ele não estiver aqui em até 2 dias, você sabe o que acontece quando eu me meto? - Digo frio e em um tom amedrontador.

- E você quer que eu faça o que? Seu mimado, é a porra do prazo da burocracia. Então, ou você manda mais dinheiro pra sair mais rápido o documento ou você só o verá daqui dois meses - Ele disse me afrontando, ele tem razão.

- Ok, já entendi. Vou te mandar mais dinheiro e meu jatinho particular, o passaporte será pago por mim logo - 
Desliguei o telefone na cara dele, nem o deixei concluir e me levantei saindo da banheira, fui ao closet pegar um terno, depois de vestido e arrumado me olhei no espelho. Não sou uma pessoa que esbanja dinheiro, mas dinheiro nunca foi problema. Me dirigi ao escritório para resolver os assuntos sobre o passaporte e o jatinho, aproveitei para enviar uma quantia para ser depositado na conta do meu brinquedo. Eu precisava daquele doce e frágil menino para mim, custe o que custar.

Meu PecadoWhere stories live. Discover now