Capítulo 14

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Aquin on

Eu estava mal com as coisas que havia acontecendo, eu sempre estou sozinho então achei que um bebê iria preencher esse vazio. Mas, um fruto de estupro? Eu não estava focando tanto nisso, já que estava tentando me adaptar ao país enquanto não conseguia fugir ou com algum tipo de contato para fazer deportação. Não consigo ter sentimentos pelo Ethan, já que o mesmo deixou bem claro o tipo de relacionamento que tínhamos e eu meio que já estava com medo de contar sobre a gravidez, por quê? Ele é bipolar, uma hora fala que quer e depois muda de ideia e outra não é como se fossemos assumir um relacionamento depois disso tudo e criar a criança juntos ou se casar, afinal sou apenas um escravo sexual.

Eu senti muito a perda do bebê, já que ele seria meu companheiro e queria que Deus me levasse de todas os jeitos, mas por ironia parece que minha missão não se cumpriu, pois acordei no quarto do Ethan, e, foi quando parei para analisar formas de sobreviver, já que eu não morrer. Lembrei que ele queria obediência, então resolvi dar o que ele queria, para as coisas fluírem e me manter vivo e sem contar que eu estava com muito medo do Ethan, cara, ele é tipo 8 x maus forte que eu, mas alto, mas velho, porte atlético, tudo maior que eu. Nunca senti esse medo, nem quando mesmo quando eu cheguei, onde parecia que ele estava brincando comigo.

Achei que obediência era o que ele queria, então era isso que ele teria. Eu não tenho fome, dede quando acordei, estava desanimado demais, saí dos meus pensamentos com Ethan entrando com a bandeja do almoço reclamando sobre eu não ter tomado café, o almoço estava cheiroso, porém estava sem fome e não era o que queria comer. Ele falava comigo e eu não queria responder, não queria estar próximo dele, estava cansado demais para isso, mas estamos falando de Ethan que era insistente como sempre acabei respondendo da forma que achei que seria válida, chamá-lo mestre, mas o mesmo não gostou e veio pra cima, por reflexo me encolhi. Ué, não entendi, ele queria que o chamasse de mestre, só sei que ele percebeu que me encolhi de medo e saiu furioso batendo a porta '-'.

Passou um tempo e resolvi tentar levantar para ir à cozinha, peguei as bandejas e desci indo até a cozinha e me encontrei com Wilma, ela ama a cozinha, não sai de lá. Quando ela me olhou eu desabei, comecei a chorar e ela veio me amparar.

- O meu filho, como você está? - Ela perguntou pegando as bandejas e colocando na mesa e depois me abraçando - Você nem comeu Aquin, você sabe que não quero que fique sem comer – Ela disse chamando minha atenção, fui me acalmando e respondi.

- Eu sei, mas, não é isso que eu quero comer – Disse dando algumas fungadas.

- O que você quer comer então? Me fala que eu faço, não precisa chorar – Disse me acariciando.

- Eu quero comer miojo, tem? - Perguntei com cara de choro.

-Não, o Ethan não deixa esse tipo de alimento entrar em casa, mas vou ligar pra ele trazer – Ela disse simplista.

- Não, deixa pra lá. Não quero pedir nada pra ele – Eu falei com medo dele reclamar ou me bater depois disso.

- Deixa disso, se ele começar com as filhas da putagem dele, dou só um nele – Ela não me deixou completar, foi pegando o celular e ligou para o Ethan e foi colocando no alto falante.

- Mãe, aconteceu alguma coisa? E o Aquin? - Ele atendeu preocupado.

-Não, fica tranquilo, está tudo em ordem – Ela disse amistosa – Preciso que faça algo – Ela complementou.

- Pode falar – Ele disse prestando total atenção.

- Preciso que compre miojo – Ela disse dando a ordem.

- Mãe, você sabe que isso faz muito mal, não? - Ele disse a repreendendo. Agora que notei que ele fala muito bem o português.

- Eu sei, mas não é para mim. O Aquin está com vontade de comer, ele mal tocou nas comidas, talvez dando algo que ele goste pode abrir o apetite dele - Ela explicou me olhando.

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