Gay Panic • pjm + jjk • LIVRO FÍSICO

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Espero que curtam o capítulo e deixem a ⭐ se isso acontecer. Boa leitura! 💕

🌈ི꙰͝꧖๋໋༉🏳️‍🌈

Depois de mais algumas conversas jogadas fora com a minha mãe, ela se despediu e desligou.

Do jeito que eu falo dos meus pais vocês devem achar que eles são uns ogros, mas até que são legais.

Tirando a parte do preconceito.

Quero dizer, todos nós somos preconceituosos. É um fato. Claro que uns bem mais que os outros. Mas há pessoas que se esforçam para não serem e outras que não fazem a mínima questão e tem coragem de negar que são. Meus pais se encaixam nesse segundo grupo de pessoas.

Além disso, eles adoram colocar hierarquia nas coisas. Foi por isso que eu escolhi direito. Quero dizer, um dos motivos foi esse. Porque direito está no topo e fotografia está lá embaixo, na percepção deles.

Eu discordo completamente.

Os comentários eram a parte mais chata. Fora que eles adoravam comparar uma pessoa com a outra, principalmente eu com todos os meus familiares e conhecidos bem de vida.

Meus pais também eram daqueles: "não tenho nada contra, contanto que não seja meu filho". Eles não tinham nada contra a comunidade LGBT, mas não queriam que eu fizesse parte dela. Eles não curtiam muito o Tae sendo meu amigo justamente por isso. Taehyung é gay assumido e, para eles, isso é um problema.

Enfim... Mais um assunto que eu odeio.

Relaxei as costas no encosto do estofado e deitei a cabeça para trás, fitando o teto por algum tempo antes de fechar os olhos. Não sei bem quanto tempo fiquei ali. Tantas coisas se passavam na minha cabeça naquele momento que eu nem notei quando Jimin chegou.

— Tudo bem? — Eu abri os olhos e seu rosto foi a primeira coisa que vi, esse que estava em cima do meu e me impedia de ver o teto.

Ele estava atrás do sofá, com as mãos apoiadas uma de cada lado da minha cabeça no encosto e, o olhando daquele ângulo, ele ficava de ponta-cabeça.

— Que foi? — perguntou quando me viu sorrir.

— É que você está de cabeça para baixo. — Ele sorriu e eu ri mais.

— Está tudo bem?

— Está.

— Tem certeza?

— Não — fui sincero.

— Quer conversar? — Pensei.

— Hm... Não. — Arqueou uma das sobrancelhas.

— Tem certeza?

— Tenho. — Eu ri. — Você fica engraçado nesse ângulo.

Ele revirou os olhos e suspirou.

— Eu vou tomar um banho — anunciou baixo, desviando os olhos para a minha boca. — Quer vir junto?

— Está me chamando para tomar banho com você?

— Hm... Estou. — Foi a minha vez de olhar para os seus lábios. — Quer ou não?

Por que sempre dava a impressão de estarem molhados? Sempre me davam água na boca.

E isso não é legal.

— Vai tentar alguma coisa? — ele riu quando eu perguntei.

— Talvez.

— Então não. — O vi mordeu a boca para conter o sorriso.