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Espero que curtam o capítulo e deixem a se isso acontecer. Boa leitura! 💕


🌈ི꙰͝꧖๋໋༉🏳️‍🌈


Por que às vezes parece que eu estou fazendo algo de errado?

Eu olho para Park Jimin e sinto vontade de beijá-lo, de tocá-lo, de abraçá-lo, e então quando eu finalmente o tenho me beijando, me tocando ou abraçando, uma vozinha bem lá no fundo diz: não pode; não faça isso; está errado.

É a voz do meu pai.

Sabe o que é foda? Eu não quero parar.

Quanto mais eu o beijo, mais eu quero beijá-lo. Quanto mais eu o toco, mais eu quero tocá-lo.

Engraçado, não é? O errado parece o certo para mim.

Parece que, desde que me tornei um adulto, eu finalmente estou indo para o lugar certo, mesmo que coisas à minha volta estejam mostrando o contrário.

E a sensação de errado não é nem por estar desejando Park Jimin, mas por estar indo totalmente contra a palavra dos meus pais, esses que estiveram comigo em toda a minha vida até aquele momento. Porque, pela primeira vez, eu estou fazendo algo que eu quero.

Eu me sinto muito estranho em saber que a qualquer momento aquele pequeno detalhe sobre quem eu sou pode acabar com a minha família.

Como aconteceu com Jimin.

Eu tenho medo.

— Aí... — chamei sua atenção, que saiu imediatamente da televisão para mim. — Quer sair?

Havia feito uma semana que meus pais haviam voltado para casa, na minha antiga cidade.

Meu pai não quer falar comigo e minha mãe fala como se tudo estivesse às mil maravilhas; não sei quem é pior.

Às vezes chega a me dar agonia. Dá vontade de gritar de novo, como fiz naquele dia.

— Oi? — ele indagou, mas eu não sei se era por não ter entendido o que eu disse ou se era por justamente ter entendido.

Soprei um riso e voltei a olhar para a TV.

— Quero saber se está a fim de sair... — Abracei a almofada. — comigo.

Ok, admito: estou super sem graça, meu rosto está esquentando e acho que fiquei vermelho.

Mas espero estar errado.

Eu escutei Jimin soprar uma risadinha e, logo em seguida, se aproximar de mim. Senti a ponta dos dedos dele tocar meu queixo, puxando meu rosto em sua direção.

Park tinha o lábio inferior preso nos dentinhos de cima, e sorriu ladino quando viu que meus olhos estavam focando em sua boca.

— Você está mesmo me chamando para sair? — Engoli em seco, focado na forma graciosa que seus lábios mexiam-se conforme fala. — Uh?

Limpei a garganta, com medo de gaguejar.

— Talvez... — ele sorriu quando eu disse. — Quer?

— Claro que sim. — Sorri com sua resposta.

Ele chegou o rosto para mais próximo do meu, tocando meu nariz com o seu.

— Cinema? — sugeri.

Ele soprou um riso, fechando os olhos ao acariciar meu nariz com a ponta do seu.

Gay Panic • pjm + jjk • LIVRO FÍSICOWhere stories live. Discover now