VIII

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Humilhada, essa é a palavra que me define

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Humilhada, essa é a palavra que me define.
Eu desmaiei de tanto que ele me bateu, a surra não foi a pior parte da humilhação, a pior parte foi eu implorar pra que parasse, prometendo que mudaria, que seria quem ele quisesse e então ver seu sorriso a cada súplica minha...

De manhã quando acordei havia uma médica cuidando dos meus machucados, a dor era tanta que eu preferia estar novamente desmaiada. 

Há um corte profundo em minhas costas que foi preciso dar pontos, dói tanto que a doutora me deu soníferos pra suportar, ao menos dormindo esqueceria da merda que é minha vida agora...

Fui alimentada na boca por uma empregada pois nem meu braço consigo movimentar, meu olho esquerdo está tão inchado que é impossível abrir, agora vocês acham mesmo que irei desafiar Engjeel novamente? Com certeza não porque eu tenho medo dele.

Suas palavras ecoam a cada minuto em minha cabeça, ele vai fazer isso comigo até conseguir o que quer? Eu irei sobreviver assim até conseguir fugir, não creio...

Então a noite quando ele entrou no quarto não esquivei o rosto quando me beijou, não Fuji do seu toque quando segurou em meu rosto e analisou o estrago que fez em mim.

— Você vai ficar bem logo logo meu amor—
Limpou a lágrima solitária em meu rosto e depositou um selinho demorado por cima do meu olho.

— Por favor me ajude a ir ao banheiro—
Engjeel me pegou no colo com a maior facilidade

Me ajudou a usar o banheiro e depois me colocou sentada na mesa do quarto onde o jantar estava sendo posto.
Estou apenas usando um sutiã pois uma blusa machucaria muito minhas costas, ficar sentada dói demais mais eu não falaria nada, não iria o irritar novamente.

— Coma meu amor, precisa se alimentar pra tomar os remédios—
Sua voz serena não me faz esquecer dos seus gritos ontem a noite, nada faz...

— Não consigo sozinha—
Sussurrei com medo da sua reação.

— Tudo bem meu amor, eu te dou de comer. Prefere a sopa?—
Assenti.

Pacientemente Engjeel me deu de comer, me deu remédios e então comeu me olhando o tempo todo.

Quando os remédios começaram a fazer efeito senti sono e pedi que me levasse pra cama.
Dormi o sentindo me abraçar beijando meu pescoço.

                                   (...)

Engjeel me acordou cedo, me deu banho, me ajudou com minhas necessidades e me alimentou antes dele sair pra trabalhar. Passei o dia dormindo devido os remédios que estou tomando.

No início da noite Engjeel chegou e repetimos a mesma rotina de ontem. Quando seu telefone chamou tratei de ficar o  mais quieta e calada  o possível, quando terminou me levou pra cama, porém eu estava cansada de ficar deitada, não há mais outra opção, calada fechei meus olhos e tentei dormir.

— Sua mãe quer falar contigo, acha que merece falar com sua mãe?—
Permaneci em silêncio, não há o que eu possa falar que não o irrite.

— Estou falando contigo porra—
Engjeel me virou com tudo me fazendo soltar um gemido de dor.

— Eu não sei Okay? Eu não sei, você quem sabe tudo—
Engjeel sorriu satisfeito.

— Amanhã iremos reduzir sua dose de medicação e então falaremos sobre isso—
Reduzir a dose? Vou morrer de dor.

— Ainda não estou pronta pra reduzir a dose, sinto muita dor ainda—
Tentei apelar.

— Não é você quem decide, te dei dois dias cheios de drogas, nada mais—
O melhor foi me calar, não irei aguentar 3 surras seguidas.
Engjeel iniciou seus beijos em meu pescoço antes me beijar minha boca com sua habitual brutalidade.
Não vou negar que gosto quando me beija, porém prefiro que não o fizesse, não quero sentir prazer com alguém que me surra sem qualquer piedade.

— Fica melhor logo meu amor—
Engjeel me beijou com desejo passando a mão em meu corpo, eu não tive reação, deixei que tocasse em meus seios por baixo do sutiã, deixei que brincasse com meu piercing no umbigo que ele parece ter gostado muito, que chupasse meu seios e tocasse em minha amiguinha dentro da calcinha.

— Tenho tantas saudades do seu corpo, do meu pau te fudendo com força... Seus gemidos altos demais pra serem abafados por essas paredes. Eu te amo tanto Kaya—

— Isso não é amor Engjeel—
Sussurrei me arrependendo em seguida.

— Cale a boca, você sabe o qué é amor? Nunca foi amada por ninguém!—
Me manti em silêncio segurando meu choro, quando ele finalmente se cansou de passar a mão em mim me abraçou e dormiu em seguida.
Eu do lado não tinha sono, dormi a tarde inteira.

Virada de frente a ele o olhei atentamente, ele é tão bonito, como consegue dormir tão rápido sem peso de conciencia depois de tudo que fez comigo?

Claramente que tem muito dinheiro, só assim conseguiria convencer alguém a nos casar comigo bebâda, porque não procurou alguém que o quisesse? Beleza e dinheiro ele tem de sobra, pra que prender alguém ao seu lado ?

Seus olhos azuis não escondem a maldade que há nele, talvez ninguém o quis por ele ser louco e violento, essa é a razão mais plausível.

— Algum dia me deixarás ir embora?—
Me atrevo a levar minha mão dormente até sua barba farta. — Se a resposta for não, alguém dia serei feliz ao seu lado? Eu não estou feliz aqui, eu não quero estar aqui por favor me deixe ir—
Engjeel segurou minha mão e a beijou.

— Achei que tivesse deixado esses pensamentos pra trás, eu nunca vou te deixar ir meu amor... Nosso casamento é pra sempre—
Falou de olhos fechados, esteve fingindo esse tempo todo que esteve dormindo.

Com quem estou casada? Eu o conheço? Sei de tudo que é capaz? Claramente que não,  eu não posso nada contra ele, tudo que eu fizer ele fará dez vezes pior...

— Será feliz quando for a esposa submissa que eu quero... Darei tudo que quiser, as melhores roupas, melhores joias tudo que quiser—

— E a minha liberdade?—

— Nunca, a farei me amar e nunca irá querer sair do meu lado—

— Nunca, a farei me amar e nunca irá querer sair do meu lado—

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Meu Dono +18Where stories live. Discover now