XXVIII

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Respiro  fundo o ar fresco e puro da Noruega, sentindo-me grata por estar em um lugar tão sereno e distante de meu passado sombrio com Engjeel

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Respiro  fundo o ar fresco e puro da Noruega, sentindo-me grata por estar em um lugar tão sereno e distante de meu passado sombrio com Engjeel.

Dois meses haviam se passado desde que fugi após colocar fogo em tudo e ter matado pessoas inocentes... Eu agora grávida de sete meses, me encontro em um estado de paz que nunca acreditaria ser possível.

Estou apaixonada pelo calor do verão norueguês, um contraste reconfortante com o calor abrasador das memórias dolorosas que deixei para trás.

Encontrei  refúgio em um pitoresco vilarejo norueguês, onde as casas de madeira se aninhavam entre as montanhas e os fiordes majestosos. A comunidade acolhedora e calorosa ame recebeu  de braços abertos.

No dia da mudança recebi ajuda de algumas mulheres simpáticas e seus maridos para carregar minhas poucas malas pois o elevador estava em manutenção.

Recebi pratos típicos e flores de boas vindas, a vida fora do luxo em que estava acostumada é muito boa...

Os meus vizinhos ofereceram-me não apenas uma boa recepção no condomínio, mas também um sentido de pertencimento que eu nunca experimentei  antes. Com o apoio de pessoas gentis e solidárias, ela encontrou forças para seguir em frente.

Durante esses dois meses, focava me  em reconstruir minha vida aqui e preparar-me para a chegada de meu bebê. Eu encontrei um apartamento aconchegante no coração do vilarejo, com vista para o mar calmo e as montanhas majestosas.

Cada cômodo era preenchido com luz natural, e decorarei o espaço com cuidado, criando um ambiente acolhedor para meu filho que está prestes a chegar.

Os dias de verão na Noruega eram longos e luminosos, e eu aproveitava cada momento, livre e feliz... Eu caminhava pelas trilhas cercadas por florestas exuberantes, sentindo-me em paz sob o céu azul e o calor suave do sol. Às vezes, visitava as praias de areia branca, deixando meus pés inchados pela gravidez descalços tocarem a água gelada do mar. Cada momento passado na natureza tranquila da Noruega era uma bênção, uma oportunidade de deixar para trás as sombras do passado e abraçar a beleza do presente.

No apartamento, passava horas preparando o quarto do bebê, eu escolhi cuidadosamente móveis confortáveis e cores suaves, criando um espaço seguro e acolhedor para meu filho.

Enquanto organizava as roupinhas e brinquedos, eu imaginava o sorriso do bebê, seu primeiro choro e os momentos de alegria que estavam por vir. A maternidade tornou-se não apenas uma responsabilidade, mas também uma fonte de esperança e felicidade... Estou tão ansiosa para a chegada do meu bebê.

Além de preparar o ninho para meu  filho, eu  também me envolvi com a comunidade local. Eu participava de grupos de apoio para futuras mães, onde  compartilham  suas experiências e recebia conselhos valiosos. As mulheres ao meu redor tornaram-se quase que minhas amigas  queridas, ofereceram me apoio emocional e companheirismo.

— Então, Cloé você é casada—
Perguntaram após uma reunião de grupo de mamães.

— Era, nós divorciamos, ele me abandonou grávida—
Foi tudo que contei quando perguntavam sobre o pai do meu filho e assim ninguém mais me perguntou sobre o pai do meu bebê.

Enquanto o tempo passava e o verão se transformava em outono, sentia-me grata pela paz que encontrei  na Noruega.

Precisei passar o inferno nas mãos do bastardo do Engjeel pra prender a apreciar as pequenas alegrias da vida, desde o calor de uma xícara de chá até o som suave da chuva batendo na janela. Cada dia era uma dádiva, uma oportunidade de construir um futuro melhor para mim mesma e para meu filho.

Mais as noites nem sempre são tão tranquilas em meu quarto, os sonhos com Engjeel me encontrando estão cada vez mais constantes...
Acordo aterroriza, chorando de medo pois sei que Engjeel não terá piedade de mim caso me encontre.

Não entrei em contato com minha mãe e nem com ninguém da minha vida, estive atenta a mídia social e não saiu mais nenhuma informação sobre mim e sobre o Engjeel.

Uma parte de mim vive em paz por ele achar que estou morta, porém a outra não consegue se esquecer das pessoas inocentes que pagaram o preço da minha liberdade.

...

Acordei em um sobressalto, o coração disparado e o suor frio escorrendo por minha testa. O pesadelo que me assombra parecia tão real, como se Engjeel estivesse realmente presente em meu apartamento. Eu tentei afastar as imagens assustadoras de minha mente, mas elas persistiam, envolvendo-me em uma aura de medo e insegurança.

No pesadelo, estava em seu apartamento aconchegante, o mesmo lugar onde encontrei  refúgio e paz nos últimos meses. Mas, de repente, as paredes começaram a se fechar meu redor, transformando o espaço seguro em uma armadilha claustrofóbica.

Me senti acuada, meu apartamento que antes era meu santuário agora era um labirinto angustiante, onde cada porta que tentava abrir me  levava a um beco sem saída.

Foi então que Engjeel surgiu, sua presença preenchendo o ar com uma energia negativa. Seu olhar gélido me perfurou como uma lâmina afiada, suas palavras carregadas de acusações e raiva. Ele me culpava por tudo o que aconteceu, como se eu fosse a única responsável pelo meu próprio sofrimento. Me vi encurralada, sem saída, enquanto Engjeel se aproximava cada vez mais.

A sensação de desamparo tomou conta de mim. Tentei gritar por ajuda, mas minha voz falhou, sufocada pelo medo. Meu corpo tremia, minhas pernas pareciam incapazes de sustentar-me. Engjeel estava lá, em cada sombra, em cada canto do apartamento. Cada tentativa de escapar dele era em vão, e eu me vi presa em um ciclo interminável de terror.

Quando finalmente  acordei, sentiu um alívio misturado com uma sensação de exaustão. Estava de volta à realidade, mas o impacto do pesadelo ainda me assombrava.

As imagens vívidas e os sentimentos intensos que experimentei no sonho me deixaram em um estado de alerta, meu corpo ainda tenso com o trauma recente.

Me sentei na cama por um momento, tentando acalmar minha respiração acelerada. O apartamento ao meu redor estava em silêncio, banhado pela luz da lua que penetrava pelas cortinas. Me forcei a  levantar, decidida a dissipar o medo que me assombra.

Caminhei  até a janela, olhando para fora, a lua brilhando a seu todo. Me concentrei  na beleza do mundo ao meu redor, deixando-me envolver pela serenidade da noite. Mr lembrei de que estou a salva em meu apartamento na Noruega, longe do alcance de Engjeel.

Decidi que não deixaria o pesadelo dominar meus pensamentos. Forcei a lembrar que estava em um lugar seguro, longe do passado sombrio que deixei para trás.

Apesar do medo que o pesadelo havia provocado, me recusei a deixar que ele me definisse ou a fizesse retroceder em meu caminho em direção à minha cura.

À medida que minha respiração se acalmava e meu corpo relaxava, visualizei um lugar de paz e serenidade em minha mente, um local onde Engjeel não podia alcançar-me...

Sabia que superar o trauma levaria tempo e esforço, mas estava determinada a enfrentar meus medos e seguir em frente, por mim, e pelo meu filho...

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