XXXIV

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@Nezukolivros não precisa cagar na minha porta, seu pedido é uma ordem suprema📍📍😴

2 anos, dois malditos anos desde que a desgraçada da Kaya fugiu de baixo do meu nariz, dois anos sem ter qualquer pista ou informação sobre o paradeiro dela e do meu filho... Meu filho, Kaya não tinha esse direito!

A fotografia que tirei em seu quarto do dia do nascimento do meu filho é a coisa mais importante que tenho em minha vida e também a garantia de que não foi um sonho ou uma ilusão, Kaya me destruiu completamente.

À medida que percorro os dias solitários, minha mente é uma encruzilhada de emoções, onde a traição de Kaya se destaca como uma sombra inescapável.

Dois anos se passaram desde que ela fugiu, levando consigo não apenas meu filho, mas também parte de mim...

A raiva, como um veneno corrosivo, consome minhas entranhas. Cada pensamento de Kaya é tingido por uma fúria que arde incessantemente. Como ela pôde abandonar nossa família, destruir nosso lar, sem olhar para trás? Essa pergunta, como um eco implacável, ressoa em minha mente, alimentando a brasagem furiosa que se alojou em meu coração.

Cada lembrança compartilhada tornou-se um terreno contaminado, onde as risadas outrora alegres agora ecoam com o tom amargo da traição. Meus sentimentos oscilam entre a mágoa e a frustração, enquanto me pergunto se um dia conseguirei encontrar lá e perdoá-la. A ideia de reconciliação parece distante, obscurecida pelas nuvens escuras da desilusão.

No entanto, por trás da raiva, há uma chama de dor que queima, uma saudade que corta profundamente. Meu filho, tão distante, é a luz que ainda ilumina a escuridão de minha ira...

A busca por respostas é, ao mesmo tempo, um ato de desespero e de determinação. O que levou Kaya a partir? A resposta é uma elusiva sombra que eu persigo com a esperança de que, algum dia, eu possa entender, aceitar ou talvez até perdoar. Enquanto isso, a raiva é minha companheira constante, uma tempestade que ruge dentro de mim, obscurecendo o caminho incerto que trilho na busca pela verdade e pela reconciliação.

Caminhando pela nossa casa repleta pela solidão, o vazio em meu peito cresce a cada passo, Kaya levou consigo o que havia de mais precioso em minha vida, nosso filho. Nunca tive a chance de ver seus olhos, ouvir seu choro, ou sentir o calor reconfortante de suas pequenas mãos.

A ausência do nosso filho é uma ferida que persiste, uma dor que não se atenua com o tempo. Cada momento que eu imaginava passar com ele é agora apenas um eco silencioso de sonhos desfeitos. Como seria seu sorriso, sua risada, suas primeiras palavras? Essas perguntas ecoam em minha mente, ressoando como uma melodia triste que se recusa a desaparecer.

Sinto-me privado da alegria de ser pai, uma experiência que deveria ter sido a luz em meio à escuridão. A imagem de seu rosto permanece como um quebra-cabeça inacabado, uma promessa não cumprida que se perdeu na bruma do passado. Cada vez que vejo uma criança sorrindo, a dor se intensifica, pois meu coração clama por aquilo que me foi tirado.

A voz do meu filho, um som que nunca tive o privilégio de ouvir, ecoa na minha mente como uma melodia perdida. Imagino seu riso puro, suas palavras inocentes que nunca chegaram aos meus ouvidos. Essa ausência é uma ferida emocional que persiste, uma saudade que não se desvanece.

Carrego a esperança frágil de um dia abraçar meu filho, sentir seu calor contra o meu peito e ouvir suas histórias animadas. Enquanto o tempo avança, a saudade se transforma em uma força motriz, impulsionando-me a buscar respostas e a manter viva a chama da esperança em meio à escuridão que Kaya deixou para trás.

Eu não fiquei ninguém durante todo esse tempo, a esperança de que terei minha família de volta não me abandonou nem nos dias em que tudo esteve mais difícil.

Investi verdadeiras fortunas em detetives particulares, mobilizei políticos e até mesmo usei meios da polícia pra a encontrar, por dois anos inteiros não tive nenhuma pista.

Eu vivi para a ver novamente, eu vivi pra conhecer meu filho, Aksel.

" Senhor, a encontramos "
Faz um mês desde recebi a notícia pelo chefe do cartel mexicano onde minha mulher se escondeu, México foi lá que Kaya se enfiou por dois anos.

Nesse um mês eu conheci sua rotina inteira, segui seus passos, a vi sorrindo de longe vi e conheci meu filho de longe.

Sim, quando os vi sorrindo no pequeno parque perto de casa, eu pensei em regressar pra Albânia e continuar vivendo o luto eminente e eterno, ela está feliz, meu filho está feliz e com certeza eu arruinarei tudo... Infelizmente sou egoista demais.

A passos lentos me aproximo da caixa da área onde Aksel brinca fazendo castelos, para não o assustar pigarreio chamando sua atenção pra mim, assim que seus belos olhos azuis me notaram o pequeno abre um sorriso pra mim, não é a primeira vez que venho até ele.

—Amigo—
Me ajoelho de frente a ele e passo a mão em seus cabelos dourados reluzentes.

—Você voltou amigo—
Sua voz infantil e as palavras emboladas me fazem abrir um sorriso.

— Você guardou nosso segredo?—
Aksel assente diversas vezes confirmando, como prometido tiro o pirulito do meu palito e o ofereço vendo seu grande sorriso no rosto.

— Oblicado amigo—
Meu filho se joga nos meus braços me abraçando. Poderia agora mesmo sair dessa merda de creche sem qualquer segurança levando meu filho apenas para dar o troco a Kaya por todo o sofrimento que me fez passar... Mais eu não sou igual a ela.

— Sabe que eu tenho um papá ?—
Olho atento arqueando a sobrancelha para o pequeno ser em meus braços, Kaya não fez isso.

— É mesmo campeão ?—
Aksel assentiu com pirulito nos lábios.

— Sim, ele está lá no céu é uma estrelinha—
Desgraçada!!

Abracei meu filho sentindo meu coração quente, ainda sou humano! Beijo seus cabelos e suas bochechas coradas.

— Olhe pra mim Aksel— Seus olhos azuis como o oceano estão em mim novamente — Seu papai não está no céu, eu sou seu papai—
E está na hora de levar minha família pra casa.

Pra atormentar Kaya, entreguei um pirulito ao Aksel e pedi que desse a mamãe.
Me despedi do meu filho e segui até o carro pra esperar pela Kaya que logo vem buscar nosso filho a creche

Me despedi do meu filho e segui até o carro pra esperar pela Kaya que logo vem buscar nosso filho a creche

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Importante: Kaya e Engjeel no final?
Está nas vossas mãos

Meu Dono +18Where stories live. Discover now