XXXIII

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O dia amanheceu a algumas horas, a nevasca não deu tréguas e sinceramente prefiro esperar do que correr o risco de provocar um acidente com Aksel a bordo do carro

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O dia amanheceu a algumas horas, a nevasca não deu tréguas e sinceramente prefiro esperar do que correr o risco de provocar um acidente com Aksel a bordo do carro.

Porém o medo não me deixou pregar os olhos nem por um segundo sequer, fiquei a noite inteira vigiando o sono do meu filho tentando ter um pouco da paz que ele tem.

Não sei onde irei, apenas vou sair dirigindo até onde me sentir segura novamente.

Merda, Engjeel não havia pensado que eu estava morta? Esteve esse tempo todo me procurando, enquanto eu achava que estava segura... Não deveria ter baixado a guarda.

Após amamentar meu filho o agasalho bem para enfrentarmos a nevasca que nos espera do lado de fora.

— O carro deve estar coberto de gelo filho—
Aksel gargalha me fazendo rir e esquecer por instantes a bagunça que nossa vida virou.

Segurando o bebê me aproximo da janela pra ver o carro e a situação lá fora.
Rapidamente entrei em alerta, havia dois homens rondando meu carro e na situação em que me encontro isso não é conscidencia, nunca foi.

— Precisamos sair daqui —
Prendi meu bebê no canguru que carrego na mochila de emergência, vestindo um casaco largo o abrigo em meu peito.

Engjeel jamais me deixará em paz, e eu jamais deixarei de fugir dele!

— Não sei como, mais iremos sair daqui filho—
Abri a porta e após olhar atentamente no corredor corri até elevador que estava aberto, antes que pudesse respirar fundo Engjeel surgiu correndo no corredor, as portas se fecharam antes que ele pudesse impedir.

As lágrimas que tanto segurei surgiram no meu rosto, abraço meu filho e beijo seus cabelos dourados reluzentes...

Antes que pudesse traçar uma linha de raciocínio o elevador de serviço parou no 05 andar.

O rosto familiar da Ascar me fez suspirar em alívio.

— Ele te encontrou não é?—
Está tão na cara assim o meu desespero.
Limpei minhas lágrimas e assenti buscando compaixão em seu rosto.

— Me ajude por favor, ele vai me matar—
Ascar suspirou e me puxou de dentro do elevador.

— Droga, Kaya vai me meter em problemas—
Mesmo reclamando Ascar me ajudou.
Corro atrás dela pelo longo corredor do hotel.

— Obrigada Ascar—

— Me agradeça quando estiver lá fora—
Graças a falta de câmeras de segurança nos corredores podemos caminhar sem ser vistas.

— Vou te colocar nesse quarto, quando tudo estiver limpo eu velho te buscar—
Mesmo sendo arriscado é melhor do que nada.
Antes que Ascar abrisse a porta Jay surgiu em nossa frente, é o fim...

Seus olhos caíram no bebê que tento cobrir em meu peito, nos olhamos em completo silêncio e então suspirei uma última vez antes de me render.

— Engjeel está descontrolado...—

— Ele vai matar-me —
Limpei uma lágrima solitária e esperei que ele o chamasse.

— Ele vai! Você foi longe demais dessa vez Kaya, droga eu estou traindo meu melhor amigo! Suma daqui Kaya—
Não perdi tempo, assenti em agradecimento e junto a Ascar entramos no quarto de serviço.

— Calma, eu vou te ajudar a sair daqui não vou deixar que a machuque "
Ascar me meu um lenço de papel que limpei meu rosto e abanei meu filho o ninando.
Ascar usou seu celular pra falar com alguém e após muito discutir desligou a chamada irritada.

— Droga Kaya, só a uma maneira de sairmos daqui—
Falou apontando pra a pequena porta, uma saída de roupas que leva até a lavanderia.

— Meu filho Ascar—
Prefiro me entregar ao Engjeel do que o colocar em perigo.

— Calma, vai dar certo, é só um andar e juro pra você que não é queda livre, as paredes são pequenas o suficiente pra escalar, é a única maneira Kaya, eu vi os olhos daquele homem—
Provavelmente Engjeel me matará, na melhor das hipóteses me levaria de volta ao inferno que vivíamos.

Não ouve tempo pra pensar em outras alternativas, ouvimos vozes e passos apressados no corredor.

— Precisamos ir agora—
Após me certificar de que Aksel está bem preso a mim desejando do fundo do meu coração que dê certo, entrei na pequena conduta, Ascar estava certa, é pequena demais pra uma queda livre, usando as mãos e as pernas desci as paredes de tijolo que arranharam meus braços, mais não me importa no momento.

Ascar estava mentindo, não era um andar apenas, eram 3 andares até chegarmos na lavanderia.

Ascar estava lá quando terminei de descer, correndo saímos pela lavanderia e entramos na forgonete estava transportando as roupas de cama do hotel.

Askel chora baixinho devido a posição que estou agora, agachada no porta malas.
Beijo seus cabelos e sussurro pra ele o acalmando.

Ficamos assim por minutos se não por horas, quando a forgoneta parou Ascar me tirou apressada do porta malas e me guiou quase correndo até um barco.

Seu marido estava nos esperando lá.

Minha fuga estava longe de terminar, mais ao menos consegui fugir novamente do Engjeel!



Minha fuga estava longe de terminar, mais ao menos consegui fugir novamente do Engjeel!

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Meu Dono +18Where stories live. Discover now