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- Que isso minha fia?

- Oi mãe foi eu mesma que fiz.- Falo entregando uma cesta cheia de pães de mel.

- To falando dessa perna.- Fala mamãe me olhando com preocupação.

- Ha, eu caí do cavalo.- Olho para Gustavo, ele não havia avisado meus pais?
Gustavo apenas me olha e da de ombros me fazendo suspirar.

- E como não falam uma coisa dessas pra gente?- Pede minha mãe preocupada talvez um pouco brava.

- Estão sendo duros de mais com ela, foi um acidente e acabamos esquecendo.- Fala Gustavo e me abraça beijando o topo da minha cabeça.

- Mas e você não podia ter avisado!- Minha mãe da um tapa no ombro de Gustavo, o cômodo fica em um silêncio constrangedor.- Está comendo bastante coisas com cálcio? E leite tá tomando bastante?

- Oh se tá...- Dessa vez quem da um tapa em Gustavo sou eu.- Aí amor, pra que tanta agressividade.- Os olhos de Gustavo transbordam malícia e a vontade que tenho de jogar ele de um lugar nem alto.

- Ha Nanda não ia vir com as crianças?- Pergunto notando o silêncio da casa.

- Eu não sei dizer fia, ontem ela e o Sanches saíram brabo um atrás do outro, e agente nem entendeu por que.- Fala meu pai, nos sentamos todos nós sofás da sala, enquanto mamãe prepara um café. - Aqueles dois nem com reza braba ganham jeito...

- Que isso tio, e você era o meu preferido.- A voz de Ananda corta a fofoca do papai no meio.

- É verdade mesmo, e onde estão as praguinhas?- É assim que meu pai chama os filhos de Nanda, acho que com todos os acontecimentos Ananda nem é mais minha prima e sim irmã, as crianças chamam meu pai e mãe de vovô e vovó.

- Estão na escolinha, tia, tem bolo?- Ananda passa direto por nós e vai para a cozinha.

Eu ainda não consegui entender porque sinto que algo não está certo, estou aqui com a minha família em uma tarde agradável, mas mesmo assim uma voz chata na minha cabeça insiste que tem algo de errado.

Meu pai nos conta animado como pegou um peixe enorme de cinco quilos  enquanto minha mãe revira os olhos colocando café para nós.

Comer e nossa como eu estava com saudade do bolo de cenoura com cauda de chocolate que minha mãe faz.

***

- Gusta...- fico paralisada no lugar e observo a cena que se desenrola em minha frente.
Medo me consome, e eu fico paralisada, isso sempre acontece quando estou com medo, tremo igual vara verde e não consigo desviar o olhar muito menos falar algo.

E ver o meu marido com uma lixadeira a qual ele parece sentir prazer em encostar nas pernas de um homem nú me faz querer correr.

Naquele momento, Gustavo não parecia o meu marido, ali parecia que outra pessoa havia tomado o corpo de Gustavo.
O sorriso que ele tem no rosto enquanto tortura aquele homem faz meu estômago embrulhar.
- FALA MALDITO.- Gustavo grita antes de encostar a lixadeira na barriga do homem, ele ainda não me percebeu e talvez demore a perceber já que está em seu próprio mundo de prazer.

- Eu..eu..não..sei..se..s.enhor.- O homem fala entre choro, agonia e soluções.

- Uma pena!- Gustavo solta a lixadeira e se vira em minha direção e é quando ele me vê.- Alissa não devia estar aqui.- Meu corpo só volta a funcionar quando Gustavo vem em minha direção com passos largos, a imagem do meu marido coberto por sangue vindo em minha direção me fez tentar correr, algo quase impossível já que minha perna está machucada.- ALISSA!- Me assusto mais ainda e tento ir mais rápido.

Entre tanto perco o equilíbrio e vou com tudo no chão.
- Alissa...

- Não toca em mim.- Empurro as mãos dele de mim, no mesmo momento a cor dos olhos de Gustavo mudam para algo obscuro, e por alguns segundos só era possível se ouvir nossas respirações ofegantes.

- Não tocar em você?- Gustavo quebra o silêncio assustador com uma voz calma.- ESTÁ ME DIZENDO PARA NÃO TOCAR EM VOCÊ!- Gustavo me pega do chão e me joga sobre os ombros.- Você só pode tá louca se não vou tocar na minha mulher!- O tom usado por Gustavo me deixa ainda mais nervosa, e se ele fizer o mesmo comigo?

Ele faria isso comigo?

É claro que faria o sorriso que ele deu enquanto torturava aquele homem é de puro prazer e o olhar, ao qual ele lançava ao homem é o mesmo que ele faz enquanto estamos fazendo amor.

Perceber que eu posso ser a próxima a ser torturada desse jeito, fez meu corpo finalmente reagir, tento me espernear e soco as costas dele, o que não parece ter efeito nem um sendo que ele é forte feito um touro.

- Para quieta mulher.- Minha bunda arde com o tapa que Gustavo me da.- Você não devia ter ido lá.- Fala quando entra no nosso quarto e me coloca na cama.

- Você, é um psicopata...

- É EU SOU A MERDA DE UM PSICOPATA, QUER SABER O QUE MAIS, A LISTA DAS PESSOAS QUE TORTUREI E MATEI?- me encolho no canto da cama ainda chorando.- Merda, para de chorar!

Gustavo ameaça vir para perto de mim e eu saio da cama em pulo para ficar longe dele, ele vai me matar agora que descobri o que ele faz, ele vai me matar eu tenho certeza.
- Por favor, não me machuque.- Peço em desespero quando ele me encurrala na parede.

- Machucar você?- Fico surpresa quando Gustavo sai do quarto batendo a porta com força, então me permito chorar.

( Oi gente, minhas mais sinceras desculpas, eu andei sumida por um bom tempo, isso porque estou em um momento decisivo da minha vida, mas vou dar o meu melhor para continuar com a fic, e mais uma vez, me desculpem .)

Eu AlissaWhere stories live. Discover now