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Meu sorriso se alarga quando Alissa permite que eu passe a noite fora para torturar alguém, eu vou fazer valer apena cada segundo que eu passar longe da minha esposa.
- Me diz...- Retiro a furadeira de dentro da unha e dedão do infeliz.- Qual sua conexão com a morte dos meus sogros?- O desgraçado grita de dor, mas não responde nada como das últimas três vezes, pelo jeito ele não está disposto a cooperar, melhor para mim, assim me divirto mais, e como tenho a permissão da minha esposa não preciso me preocupar com o horário.

- Anda seu lixo, sua mão esquerda já tá ficando sem dedos para eu brincar.- Meu sorriso aumenta de forme gradativa conforme o medo e desespero crescem eu seu rosto. Como ele continua de boca fechada ameaço furar o mindinho dele, e finalmente o maldito abre a boca:

- EU FALO!...- a voz esganiçada me faz querer arrancar a lingua desse lixo, a mesma língua que usou para mal falar o meu filho, e isso me deixa puto de raiva.- Foi um homem e uma mulher...

- Reposta vaga de mais.- Enfio a furadeira no mindinho dele.- Eu quero mais detalhes.- Retiro a furadeira vendo que ele chora de dor.- Caso não me der o que eu quero, tenho várias ideias de como terminar a noite que recém começou.- Meu sorriso se alarga ao ver o sorriso dele.

- Fo..foram... Os... Os pais da quela mulher a..a.Ananda.- Deixo meu sorriso sumir de meu rosto por um momento, então os desgraçados realmente tinham algo a ver.- Eles queriam tentar se reaproximar da filha, tudo o que eu tinha que fazer era matar Zeca e Talia, e aí eles disseram que eu poderia pegar a Alissa pra mim, e também que assim que eles ganhassem a confiança da filha eu ganharia muito dinheiro...

- Minha mulher falou que chamou o nosso filho de verme...- Vejo o desespero do homem crescer, com um sorriso levanto da cadeira onde estou sentado e largo a furadeira, olho para a mesa cheia de ferramentas a minha disposição, passo meus olhos pela mesma tentando escolher meu próximo brinquedo.

O escolhido é um maçarico, pego um pedaço de fita e caminho até o verdadeiro verme colocando a fita na boca dele, coloco o maçarico na pequena mesa só nosso lado e o encaro com um enorme sorriso.
- Você até que abriu o bico rápido, entre tanto, minha mulher pediu para que você merece de vagar e com muita dor, essas foram a exigências de minha esposa para me dar a noite inteira, e bom nós temos...- Olho no meu relógio de pulso.- Sete horas e vinte minutos para o dia amanhecer...

- E eu vou usar cada segundo para garantir que o desejo de minha esposa se cumpra.- Pego o maçarico e aproximo do rosto do homem.- Eu adoraria queimar os seus olhos, mas eu quero que você tenha todos os sentidos enquanto eu te mostro o inferno - Queimo a bochecha direita do lixo e o mesmo tem o grito sufocado pela fita.- Nós vamos nos divertir e muito.

Por: Alissa...

As exatas seis da manhã Gustavo entra no quarto coberto de sangue, sena que não pude ignorar, as náuseas me atacam com força e quando percebo estou no banheiro soltando as tripas para fora.
- Meu Deus Gustavo vai tomar um banho...- Falo quando me recupero.- Porque não se lavou antes de vir?

- Queria antes de tudo dizer que aquele lixo já não está entre nós, apenas os pedaços que restaram.- A Frase dita com orgulho fez meu estômago revirar e novamente me debruço sobre o vaso vomitando.

- Pare de me falar essas coisas...- Ouço a risada dele que tira as roupas as jogando na lixeira, ele entra no box e liga o chuveiro.

- Amor, precisamos conversar.- Fala ainda no chuveiro enquanto eu escovo os dentes.- Seus pais não morreram em um acidente, eles foram assassinados.- Confirma o que eu já vinha desconfiando a um tempo.- Felipe, e seus tios, se juntaram...

- Meus tios?- Sinto um aperto enorme no coração, os pais de Ananda fizeram isso com meus pais?- Porque eles fariam isso?- Eu não quero acreditar nisso, somos família, ajudamos um aos outros e não matamos.

- Dinheiro...- Ele desliga o chuveiro e aliança uma toalha, enquanto se seca ele caminha até mim e para em minha frente.- Seus tios querem o dinheiro que Ananda tem agora, o velório dos seus pais foi um pretexto para se aproximar dela, sem contar que eles guardavam ressentimentos por seus pais tentarem estragar os planos deles...

- Não, eles não podem ter feito isso, somos família!

- Não esqueça que eles venderam a sua prima para o Sanches, e que se seus pais não tivessem intervido ela provavelmente teria sofrido muito mais.- Só então me recordo do motivo ao qual não os vimos novamente, eles não eram dignos de serem pais da Ananda.

- Será que eles vão tentar fazer algo contra mim?- O medo me assola.- Na verdade, já tentaram, o que me garante que não vão repetir e talvez consigam? Gustavo...

- Está tudo bem amor, eu não vou deixar eles machucarem você e nosso filho, eu vou garantir que eles estejam mortos e enterrados antes que possam pensar em outra estratégia.- Com olhos marejados, abraço meu marido e ele não demora a retribuir, me sinto tão segura nos braços de Gustavo que por um momento, desejei poder ficar alí, naquele abraço para o resto da enternidade.

Gustavo acaricia minhas costas com suas enormes mãos e deixa um beijo no topo da minha cabeça.
- Ninguém vai machucar vocês.- Não consigo mais segurar e começo a chorar, Gustavo me pega no colo e sai do banheiro entrando no nosso quarto, ele me deposita na nossa cama e veste uma cueca rapidamente.

Me aconchego em seus braços na cama, aproveitando o calor de seu corpo.
- Eu te amo, Gustavo.- Falo após uma fungada. Gustavo beija minha testa, e olha em meus olhos ao dizer:

- Eu te amo, Alissa...

Eu AlissaWhere stories live. Discover now