18.Tentativa

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Estava no quarto a qual Sebastian havia me oferecido. Eu estava perdida, não sabia o que deveria fazer, porém não poderia morrer, caso acontecesse, teria uma grande possibilidade que todas as criaturas morreriam juntas.

Sebastian adentrou meu quarto e perguntei.

— Se eu morrer após a cerimônia, os demônios permaneceram vivos?

— Não — Sebastian respondeu sério, parecia entender minha ideia. — Funciona da seguinte maneira, se você morrer deverá ter uma rainha sucessora a você e essa rainha terá outra cerimônia, assim sucessivamente.

— Se não tiver os demônios morreram — conclui seu raciocínio. — Agora responda-me a alguém para me substituir?

— Alice, você tem alguma filha ou filho? — Sebastian nem me deixou responder e me passou uma caixa enorme, parecia outro presente. — Não se incomode com o que aquele caçador disse, vamos achar outro modo para salvar Zoe.

Olhei para a caixa e perguntei.

— O que seria?

— Abra — Sebastian sorriu.

Coloquei a Caixa em cima da cama e a abri, retirando da mesma um vestido de cor escarlate, ele era no formato tomara que caia e as pedrinhas brilhantes preenchiam todo o bojo.

— Para qual ocasião seria esse? — perguntei.

— A cerimônia já está sendo preparada.

— Para o casamento? Mas o noivo não pode ver o vestido da noiva! — gritei. Sebastian franziu a testa não compreendendo do que se tratava. — Os humanos, eles acreditam que para que um casamento ocorra bem, os noivos não podem se ver com os trajes.

Sebastian deu uma gargalhada e disse.

— Quão tolos são, por quê deixaria de ver a minha bela noiva? — Sebastian ainda rindo passou seus braços por minha cintura e puxou-me para perto de seu corpo, seus lábios tocaram nos meus, foi então que me vi perdida, estava dividida entre duas pessoas e a cada vez as duas conquistavam-me ainda mais. Sebastian separou nossos lábios e perguntou. — Sei que não é o melhor momento, mas devo lhe perguntar. Há alguém que queira que esteja presente nessa cerimônia?

Era uma pergunta interessante, era quase um casamento. Porém não poderia escolher ninguém para participar disso, minha melhor amiga Zoe provavelmente estava morta e Erick, acredito que não era bem meu amigo, ou seja, não sobrara ninguém para eu convidar.

— Não — respondi.

— Meu rei e minha rainha — ouvimos uma voz rouca nos chamar, era um demônio que adentrava em meu quarto encarando o chão.

Distanciei-me de Sebastian e falei.

— Diga.

— Não queria interrompe-los, mas acredito que minha rainha gostaria de ouvir o que tenho a dizer.

— Diga — repeti.

— Posso ajudá-la a contatar Zoe.

— Como?

— Tudo depende em que plano Zoe está, posso fazer se conectar a ela.

— Consigo trazê-la de volta? — perguntei.

— Não sei lhe dizer, mas pode tentar.

— Vamos fazer isso agora — foi quase como uma ordem, o demônio assentiu e disse.

— Deve ser feito na morado da lua.

— Então vamos — lancei um sorriso para Sebastian e segurei as mãos do demônio, assim teletransportando-nos até a morada da lua.

Criatura da NoiteWhere stories live. Discover now