25.Despertar

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Erick estava tenso assim que viu.

— Sebastian — chamou.

— O que foi? — Sebastian perguntou ainda acariciando o rosto de Alice.

— Precisamos protegê-la, veja.

Sebastian levantou os olhos e olhou para onde Erick encarava, foi então que viu milhares de criaturas vindo em direção a eles.

— Pega os menores e eu cuido dos maiores — Sebastian disse já voando para o céu.

Erick respirou fundo, segurou sua espada e foi em direção as criaturas, não deixaria nenhuma chegar perto de Alice.

Assim que aproximou fincou a espada no abdômen de uma, outra o puxou e começou a dar vários golpes nele, Erick recuperou sua espada e se defendeu com a mesma e depois de alguns minutos apenas sendo atingido, foi ao ataque, acertou uma, virou rapidamente e cortou a cabeça de outra. O jeito como essas eram, pareciam até demônios, eram do mesmo tamanho de Erick, algum uns centímetros maiores, mas nada que o amedrontava.

Por sorte Erick era bem treinado, pois não estava lutando apenas contra uma, eram várias que o cercava e que tentavam o atingir, quando tinham sucesso, filamentos de sangue percorriam pela pele de Erick, ele não gritava de dor, apenas ficava ainda mais enfurecido.

Nos olhos de Sebastian poderia ver que estava irritado, seus dentes afiados expostos, suas mãos já escorrendo sangue para atacar nas criaturas que eram metros maiores que ele.

Atacava chamas às vezes e em outras fazia uma barreira invisível em sua frente para não ser atingido.

Infelizmente outra criatura o pegou por trás e o lançou ao chão.

O impacto o fez ficar com a visão um pouco turva, mas isso não o interrompeu. Voou novamente e foi ao ataque dessa criatura, suas mãos em forma de garra perfuraram o pescoço dessa que se transformou em cinzas.

***

Zoe e os demais estavam indo marchando até a morada do sol.

Os demônios não estavam juntos, iriam aparecer de surpresa.

Poucos caçadores foram, Zoe percebera que a maioria não merecia pertencer à morada da lua. Ficou irritada, mas não poderia forçar, não queria.

Assim que chegaram estranharam o silêncio, o portão estava aberto, parecia até um convite para entrar.

Quando Zoe foi dar o passo para adentrar a morada do sol, Katrina a puxou pelos braços.

— Não, está com um escudo invisível... Posso sentir.

Katrina pegou o arco de um caçador, mirou para dentro da morada e lançou uma flecha, assim que a flecha atingiu o escuto invisível ela desintegrou-se.

— Como poderemos entrar? — Henry perguntou.

— Precisamos desfazer esse escudo — Katrina disse.

— Certo, mas como? — Zoe questionou.

Katrina respirou fundo e falou.

— Nunca pensei que diria isso, mas precisamos dos demônios.

Zoe encarou os caçadores, que pareciam estar um pouco assustados.

— Já eram para estar aqui — Henry disse.

Zoe sabia disso, mas precisava aguardar, eles não poderiam abandona-los. Foi então que ouviu a voz de um deles.

— Cada um em um canto da morada.

Os demônios seguiram a ordem dele e foram a seus lugares.

— Estava começando a ficar com receio que não veria — Zoe disse.

O demônio expos seus dentes em um sorriso e disse.

— Jamais perderia uma diversão como essa.

Ficaram aguardando os demônios desfazerem a barreira e assim que o fizeram o demônio gritou.

— Agora!

Invadiram a morada do sol e vários caçadores da mesma o aguardavam no jardim, preparados para lutar.

Perceberam também que havia caçadores do espírito que os acertavam com suas magias, mas isso não era nada perto da magia que os demônios conseguiam fazer.

Zoe parecia até dançar com suas duas katanas em mãos.

Em nenhum momento hesitou ao matar um caçador.

Estava lutando a favor de quem mais amava.

***

Abri meus olhos, e quando os forcei ainda, percebi que estavam um pouco embaçados, porém consegui enxergar mais criaturas vindo em minha direção.

Isso parecia que nunca iria acabar.

Onde estaria Erick e Sebastian, quando eu mais precisava de ajuda.

Certamente alguém os conseguiu tirar desse campo astral, não havia outro motivo.

Não conseguia acreditar que eles apenas tinham me abandonado, logo os dois que tentavam conquistar-me.

Sorri com meus pensamentos.

Como se eles já não tivessem conquistado

Até estranhei esses meus pensamentos, eu estava avançando em direção as criaturas e mesmo assim pensava nos dois.

Sebastian era encantador, não havia dúvidas que tudo que ele fazia era para minha proteção, para me ver feliz e eu não poderia negar meus sentimentos a ele. Qualquer pessoa em sã consciência aceitaria estar em seus braços, protegida por suas asas e deliciar-se com seus lábios.

Perfurei duas criaturas e fui em direção a outras retomando meus pensamentos.

Todos meus sentimentos a Sebastian se repetia a Erick.

Erick demonstrava seus desejos a mim sem receio, era com ele que eu tinha frio na barriga, era com ele que meu coração batia mais forte.

Seu humor inigualável, seu sorriso adorável, aqueles olhos que poderia fazer-me se perder.

Suspirei, como que eu poderia escolher um entre os dois?

Quando meus pensamentos foram embora, percebi que estava rasgando a pele de uma criatura e bebendo de seu sangue.

Eu parecia não conseguir controlar meu corpo.

Era como se eu fosse apenas uma alma dentro de um demônio sanguinário. Não conseguia reconhecer-me.

Corri rapidamente em direção aos demais e usei minhas garras e meus dentes para dilacerá-los.

Criatura da NoiteWhere stories live. Discover now