Criatura da Noite

22.Liberdade

Henry chegou até a enfermaria da morada da lua com Katrina em seus braços, ainda desacordada.

Visualizou Zoe deitada, ao lado em uma cadeira Erick com suas mãos tocando nas de Zoe e Sebastian deitado ao chão, suas asas cobrindo-o.

Henry colocou Katrina em uma cama e ouviu uma voz feminina.

— Henry?

Olhou para traz e visualizou Zoe sentando-se na cama.

— Alice conseguiu — Henry sussurrou.

Zoe encostou em suas próprias mãos, parecia não acreditar que estava de volta.

Ela foi até Erick e disse.

— Vamos lá, volte Erick.

***

O demônio ainda aguardava em frente à porta e finalmente um caçador saiu daquele salão com Alice em seu colo.

Chegando à frente do demônio largou o corpo dela no chão.

A criatura posicionou-se para ataca-lo, mas antes que o fizesse o caçador falou.

— Não está morta, apenas está junto ao seu rei e seu amante Erick.

A criatura agachou-se e pegou Alice em seus braços, assim teletransportando-a até a morada dos demônios.

***

— Alice — Erick e Sebastian sussurram o nome de sua amada.

Feliz por não visualizar mais Zoe e triste, pois Erick estava sentado ao chão ferido e Sebastian estava com os braços erguidos para cima, formando uma barreira para nos proteger da chuva ácida.

Agachei-me ao chão junto a Erick e encostando delicadamente em seus ferimentos perguntei.

— O que aconteceu?

— Zoe estava ferida, então Sebastian conseguiu transferir seus ferimentos a mim — Erick explicou.

Assenti levantando-me.

— Fez bem — falei.

— Agora nos explique o que faz aqui? — Sebastian perguntou.

— Fui até Constantino e o fiz trocar, ao menos agora Zoe está segura.

— Sabe como nos tirar daqui? — Erick perguntou.

— Não, mas podem ter a certeza que as coisas vão piorar.

A chuva cessou e finalmente Sebastian pode relaxar seus braços.

Eu me sentia culpada, por tê-lo julgado, por ter dito para me esquecer.

Sebastian não olhava diretamente para mim, parecia até envergonhado.

Aproximei-me dele e então o abracei, senti que ele hesitou um pouco antes de abraçar-me de volta, mas assim que o fez parecia que meu corpo relaxou ao seu toque.

— Desculpe-me — sussurrei.

Sebastian não disse nada, apenas não me largou, ouvi o respirar exausto de Erick.

Soltei-me de Sebastian e estendi uma de minhas mãos ao Erick e a outra segurava as mãos de Sebastian.

— Juntos, seremos fortes e acharemos a saída — falei positivamente.

***

— Preciso achar Alice — Zoe disse.

— Não sabemos onde ela está, o mais provável que esteja no reino dos demônios, mas convenhamos não sabemos como chegar — Explicou Henry.