1905- O Ensaio;

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ATENÇÃO!

Esta história possui viés político explícito, apoio ao comunismo e retrata aspectos reais da Revolução Russa. É de extrema importância alertar que nem todos os fatos aqui apresentados correspondem à realidade absoluta, e que a checagem dos fatos deve ser feita, sempre, para que a capacidade de discernimento seja abrangente. Não tome partido ou replique discursos aqui reproduzidos antes de ter certeza do que eles significam. Personagens históricos aqui representados sofreram alterações em suas personalidades, ideais e vivências. 

Organize seu ódio.

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     A Rússia Czarista, comandada pela família Romanov, se afundava cada dia mais em mizéria e desgraça, enquanto Nicolau II e seus herdeiros viviam em nome do luxo, dando festas para a alta burguesia do império. Quando os Czares Russos decidiram conflitar com o Japão em prol de terras, numa batalha onde a derrota era certa, a morte de camponeses despreparados convertidos em soldados foi inevitável. Famílias inteiras ficaram desoladas, seus filhos e maridos, sendo enterrados dia após dia, da mesma forma que se enterra uma carcaça podre de animal. Amontoados um sobre o outro dentro de uma vala de sete palmas, que não pode nem mesmo ser chamada de túmulo. 

     A revolta do povo era clara como a luz do sol, e então, dois grupos de revolucionários se reuniram, ainda que de forma pacífica, para manifestar e tentar fazer com que os Romanov vissem a mizéria. Era inverno, as plantações pouco rendiam, e este pouco, era destinado ou aos burgueses ou à família real. Assim, famintos e enfraquecidos, Bolcheviques e Mencheviques, unidos, mesmo com as diferenças ideológicas, procuraram mudança. Neste meio, a senhora Artem Smirnov, que recém havia perdido seu marido, não pensou duas vezes antes de se juntar aos revolucionários. Deixou seu único filho, de 8 anos, nas mãos de alguns bolcheviques que não se juntariam a luta naqule momento. Partiu jurando retornar; ela achava que eles entenderiam. Foi naquela espécie de revolução, que Jungkook Smirnov perdeu sua mãe, quase que em seguida de seu pai, quando os guardas reais foram mandados sem piedade alguma para cima dos manifestantes, matando a maioria. Aquela verdade, nunca foi escondida do jovem, que foi criado pelos revolucionários, tendo uma memória honrosa de Artem e seu pai, dois guerreiros, que se entregaram pelo seu povo. Uma alma rebelde se criou ali, em meio ao caos de seu coração.

     Por outro lado, Park Jimin cresceu com sua família lado a lado, dois proletários que sofriam nos latifúndios, mas nunca quiseram se unir aos revlucionários, não por falta de vontade, mas o massacre de 1905 foi como um espantalho que impediu que muitos trabalhadores se radicalizassem. O menino sempre foi curioso, e se aventurando pelas sujas ruas Rússas, vez ou outra trombava com cartazes que clamavam pela Revolução. Hyeonu, seu velho pai, dizia que aqueles que levantavam suas bandeiras vermelhas lutavam por uma boa causa, mas era perigoso se juntar a algo tão ousado. Sendo assim, Jimin dedicou-se a algo que lhe arrancava os olhos: Arte. Sua arte não era como as de outros artistas Russos, pelo contrário, era um pintor de erotismo, que tinha uma paixão descomunal por corpos masculinos, desde a infância. A família migrada da Grande Coréia, fugida das invasões Japonesas, ainda mantinha seus costumes tradicionais, e quando aquela admiração eminente foi percebida, não puderam evitar de sentirem-se acoados, mas apioaram as vontades de seu filho, e em poucos anos, o Park mais novo produzia esculturas de gesso para igrejas e para a própria Família Romanov.

Sombras do LevanteWhere stories live. Discover now