Capítulo 14 - Chapado

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Geeber relutou em me deixar tragar mais algumas vezes - sozinho - de seu baseado, mas eu consegui convencê-lo a fazer isso quando me aproximei e, com uma mão, segurei em sua cintura e a apertei. Eu me senti mais solto a cada vez que sentia a fumaça entrar pelo meu organismo - e ele pareceu gostar disso.

- Tá afim de subir pro meu quarto? - ele apagou no estojo a ponta que restou do beck.

- Achei que nunca fosse me perguntar isso!

Eu estava me sentindo animado, talvez com o tesão mais elevado que o normal, por isso sequer lembrei de que as meninas podiam acabar procurando por nós. Pelo menos, não lembrava disso até que nos levantamos e ouvimos quando uma delas se aproximou.

- Eu acho que... bebi um pouco demais - Luisa tinha os olhos baixos, além da fala arrastada - você pode me levar pra casa, Davizinho?

A garota agarrou meu ombro e me abraçou. Ela já não estava só com o biquíni. Em algum momento ela havia se vestido e isso me fez pensar que talvez demoramos muito tempo sozinhos, conversando - e fumando.

Foi difícil não notar o olhar decepcionado de Geeber quando respondi a garota em meus braços que a levaria embora. Eu havia vindo para a casa dele com o único objetivo de ficar com ele, mas as coisas já tinham mudado quando resolvi trazer minha amiga junto. Eu não me arrependo disso, afinal ela pôde se distrair um pouco do término recente do namoro, algo que inclusive também evitei pensar.

Então, voltamos à piscina para que eu também pudesse me vestir enquanto esperávamos o motorista notificar sua chegada pelo aplicativo, e nos despedirmos de todos.

***

No apartamento, senti meus olhos formigarem, como também senti meu corpo reagir em excitação e um sorriso se formar em meu rosto a todo momento, a qualquer lembrança boba. Ainda assim, Luisa não pareceu notar nenhuma alteração em mim quando me certifiquei de que ela tinha tomado um copo cheio de água e estava tranquila em sua cama - aparentemente ela bebeu mesmo um pouco demais.

Também tentei me deitar, mas eu estava inquieto demais. Estava com muita energia, com os olhos atentos a cada movimento mínimo de minhas mãos ou de qualquer mosquito no ar. Eu precisava fazer algo, de preferência, com alguém.

- Fala, Davi - Geeber atendeu o celular com uma animação aparente - aconteceu alguma coisa?

- Você sempre ri quando pergunta se aconteceu alguma coisa com alguém? - também solto uma risada um tanto espontânea. Até demais.

- Não - ele se controla um pouco - eu, bom, você sabe.

- Eu sei - soltei um riso rápido e voltei a falar - cara, tô cheio de energia, eu...

- Está chapadão - ele voltou a rir - cara, eu daria tudo pra ver isso.

- Não é engraçado - mas eu voltei a rir, agora, no entanto, um pouco envergonhado - acha que... um banho resolve?

- Você pode até tentar, mas...

- Mas o quê? O que você faz quando tá chapado?

- Eu vivo normalmente? - pude ver o sorriso por trás de sua resposta - Não tá afim de voltar pra cá?

- Acho que seria muito gostoso transar chapado - eu achei ter pensado, então percebo que falei em voz alta - quer dizer, é...

- Tenho certeza que seria - ele me tranquiliza - então...

- Não vai rolar, já está tarde e eu trabalho amanhã cedo - ele não reage, mesmo sabendo que sua casa fica um pouco longe de onde moramos, ainda assim tento fortalecer o argumento - e não seria muito óbvio se eu voltasse só pra ver você?

A Liberdade de Davi (Romance Erótico)Where stories live. Discover now