26. 𝘊𝘰𝘮𝘱𝘢𝘯𝘩𝘪𝘢 📚

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P.O.V.

- Vou ter que ficar hoje o dia inteiro no hospital, tá? Só vou chegar de madrugada

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- Vou ter que ficar hoje o dia inteiro no hospital, tá? Só vou chegar de madrugada.

- Tá bom, mãe. - Saio do elevador.

- Fica tranquila.

- Ok, então. Liguei só para te avisar mesmo. Preciso ir agora. Tchau, meu amor. Te amo.

- Também te amo, mãe.

Desligo a chamada, vendo que não deu nem um minuto de conversa e paro de frente com o apartamento do meu professor, apertando a campainha. Escuto a fechadura abrir e logo em seguida a porta, revelando o cara gato que tinha por trás. Meu coração acelera, mas não entendendo o motivo daquilo.

- Oi. - Cumprimento, arriscando abrir um sorriso amigável. Ele não sorri, apenas repuxa levemente os lábios para o lado e me dá passagem para entrar. - Atrasei?

- Não. - Fechou a porta, trancando ela e depois se virou para mim, que tirava a mochila das costas.

- Que bom. Não conseguia achar meu celular, então perdi um pouco a noção do horário. - Expliquei meu possível atrasado, deixando minha mochila no sofá, vendo ele ir para a cozinha, então decidi ir atrás.

- Não teria problema se você se atrasasse. Não tenho nada para fazer hoje. - Ele disse, ficando de frente com a cafeteira, preparando seu café, como todas às vezes.

- Eu que vou ficar no mais puro tédio quando for embora daqui. - Comentei com ele, puxando assunto, como voltamos a fazer. Era bem melhor conversar com ele, quando não tinha nenhum clima ruim entre nós.

- Por quê? - Virou o rosto pra mim.

- Pensei que a minha mãe ia estar em casa de tarde, mas vai passar o dia inteiro no trabalho e só vai voltar de madrugada. - Dou um sorriso triste, sentindo a minha felicidade indo embora mais um pouco, depois que a minha mãe me ligou.

- Ela trabalha com o quê?

- Ela é enfermeira e vive em plantão. Quase não para em casa, então fico mais tempo sozinha do que com ela. - Ele parece pensar, desviando por um momento seu olhar do meu.

- Sei como é isso. Minha mãe vivia trabalhando também.

- Eu penso assim, que se ela trabalha é para dar do bom e do melhor pra mim, mas eu não exijo nada dela. Não precisa viver no hospital.

- Às vezes ela pensa que isso seja o melhor para dar uma vida boa para você. - Ele se encostou na pia, ao lado da cafeteira, esperando o café ficar pronto. - Pais fazem isso.

- Talvez. Mas quando eu entrar na faculdade, ai que não vou ver ela mesmo.

- Pensa em entrar em qual faculdade?

- Arquitetura.

- Uma boa escolha.

- Sim. Por isso que pedi as aulas particulares pra você, porque minha notas são muito baixas na sua matéria e não quero correr o risco de não passar por causa de nota.

Meu Querido Professor Babaca - 𝒱𝑖𝑛𝑛𝑖𝑒 𝐻𝑎𝑐𝑘𝑒𝑟Where stories live. Discover now