🔸️CAPÍTULO 04🔸️

171 31 22
                                    

🔸️Ares

Sai do Olimpo em busca dos meus domínios, na forma de nuvem entro em meu castelo me sentando em meu trono de ferro e ossos, as espadas dos meus inimigos e os ossos dos meus rivais faziam um gigante trono onde minha glória sangrenta emanava. Pego uma taça de sangue e pensando em diferentes maneiras de matar meu irmão, Apollo, meu inimigo maior.

Zeus e Arlo não sabiam como governar direito os mundos e deixaram todos nós vulneráveis, era necessário ter força e coragem para enfrentar os demônios de Morgorth. Os humanos aos poucos ficaram fracos pela forma como os deuses os tratavam, sempre com benevolência e bondade, as guerras pararam e eles já não sabiam pegar em espadas, em pouco tempo os seres malignos iriam retornar e todos nós seremos mortos por eles, mas eu e meu povo não, nunca!

Olhei no meu rio de sangue e vejo a minha cidade gigantesca toda mudara e cheia de fogo, onde os meus seres moravam e treinavam incansavelmente. Bebo mais do sangue e lágrimas dos meus escravos, o que me dava forças para as novas batalhas que eu iria enfrentar. Senti quando as barreiras do meu reino foram invadidas e me preparo. Logo minha sala é tomada de uma forte luz branca que me faz quase cegar, pego meu machado e parto para a luta.

Calma, irmão! Estou em paz. Falou Azriel assumindo a sua forma de deus.

O que quer! Eu falo rude.

Vim conversar com meu querido irmão, já não nos falamos a tanto tempo. Ele disse me seguindo por entre o castelo.

Fale! Não quero perder tempo com sua bajulação. Eu disse pegando uma taça de vinho.

Bem... escutou as notícias? Um novo semi deus irá nascer, filhos dos reis do Olimpo. Ele disse.

Sim, mais uma flor da floresta para me atazanar. Já preciso lidar com os idiotas que acham que as artes da sangrenta guerra não valem a pena, agora mais um peste para me atrapalhar. Eu falei com ira.

Concordo com você. Ele disse e eu me virei para encarar o ser de luz.

Concorda? Falei.

Sim, acho que nossas vidas ficariam mais seguras nos preparando para a guerra... tenho mas notícias. Ele afirmou se apoiando na lareira.

O que? Me diga. Eu perguntei me sentando em meu trono.

Seria traição a Zeus. Ele disse pensativo.

Que se foda, diga-me. Falei curioso.

Tenho notícias que Morgorth está reunindo suas tropas no mundo dos homens. E que as fechaduras do tártaro estão sedendo, mas quando eu passei para Zeus ele me proíbiu de tomar as providências. Ele falou sério.

Por que? Perguntei me levantando e indo até ele.

Por que ele disse que seu lindo filho que vai nascer será levado para o mundo dos homens e se sentará como Imperador sobre eles, como o único deus. Ele falou e eu senti meu ódio subir.

Mentira! Ele não pode fazer isso! Quem ele pensa que é! Disse quebrando uma das mesas e fazendo terremotos.

Ele já fez, mandou construir um reino só do tal filho... não vê? Em pouco tempo esse menino vai nos tomar o lugar, será um ser que um dia subirá ao Olimpo e teremos que nos ajoelhar, com um fraco no poder e nós submissos a ele será simplesmente fácil para Morgorth subir ao trono novamente. Ele conclui com razão.

Não, isso não pode acontecer. Eu falei com meus olhos pegando fogo de ira.

Já aconteceu irmão. Por isso que eu vim aqui, por mais que ame meus irmãos eu não posso permitir que isso aconteça, jamais. Ele olhou em meus olhos.

O que propõe? Eu perguntei curioso.

Que façamos uma aliança, quando o menino nascer iremos matá-lo. Assim tudo estará de volta ao equilíbrio. O grande conselheiro de Zeus falou e eu relutei.

Não posso fazer isso com Arlo... ele é meu único amigo. Eu disse me negando.

Ele não precisa saber que foi tu, quem sabe não possamos, talvez jogar a culpa em seu inimigo, irmão. Disse Azriel com um sorriso no rosto.

Apollo... eu disse divagando.

Isso, com o menino morto e Apollo banido será a deixa para Zeus entender que precisa cuidar mais da segurança do mundo, entender que há traição entre os seres e assim se tornar quem sempre foi. Ele concluiu com astúcia e eu me surpreendo com sua maldade, Azriel não era assim.

Irei pensar... Eu disse ao meu irmão que pega em meu braço.

Eu não pretendo perder, nem você eu presumo. Ele disse antes de sair dos meus domínios e deixar meus pensamentos a mil. Fiquei o resto dos anos pensando sobre o acontecido e vendo as coisas confirmarem o que Azriel me disse.

Olho para meus servos no mundo humano e os vejo cada vez mais restritos as colinas, vulcões e florestas, enquanto os homens bebem e fazem filhos, casam e nem ligam para os seres obscuros que se ajutam nas profundezas da terra. Com meus olhos cheios de ira eu me teletranporto para a terra em busca de sinais de Morgorth.

Eu não irei perder, nem para que isso eu tenha que matar meu próprio sobrinho. Falei enquanto viajava por entre os mundos.

Continua...

A ORIGEM DE EROSWhere stories live. Discover now