🔸️CAPÍTULO 08🔸️

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🔸️Azriel

Os milênios passaram-se como um doce amargo gosto de veneno, pois a cada ano mais Eros morria, até que um dia, um fatídico dia houve um grande choro no mundo dos homens, o dia em que Eros, o grande filho de Zeus com Arlo morreu como um mortal.

Escutar os prantos de Apollo junto a Ares em seus domínios me encheu o peito de alegria, sua dor era minha força e suas lágrimas meu alimento. Eles dois fizeram uma sepultura digna de um deus no mundo humano. Na dor de perder o amado eles pediram aos reis do Olimpo que deixassem que Eros fosse levado até seus domínios onde o seu sepulcro uniria os povos de Apollo e Ares em apenas um, um povo e uma só nação.

Assim foi feito, um sepultamento nunca antes visto, onde os pais de Eros choraram e seus amados também. Em minha capa de choro eu realmente sentia a sua perda, depois de muitos milênios chorando os seus dois amados se puseram de pé e foram governar seus povos. Mas eu chorei tanto que não consegui conter meus ímpetos de amor pelo meu primeiro amor, o amor que me faria tomar o lugar de Zeus e governar os mundos com o meu poder, o meu Eros.

Mas já não havia mais jeito de vencer a morte, nem mesmo Hades tinha esse poder, pois Eros havia sido levado pelos ciradores como a alma de um deus e não de um mortal fadado ao eterno sono. Alguns anos depois eu encontrei, numa noite de tempestades onde o Olimpo caiu em rachaduras eu visitei o Tártaro em busca de uma solução.

As correntes que prendiam as portas do escuro trono de Morgorth e seus Demônios estavam calmas, encostei nelas e com o meu sangue fiz conjurar o poder ancestral que os aprisionou. As correntes se desfizeram e a porta foi aberta devagar, até que saiu de lá ele, o grande Morgorth em minha frente, em seu explendor veio a mim com sua força inabalável. Até que mostrei a ele a minha luz e ele se acento no seu trono.

Azriel, o que traz a meus tormento? Ele disse em seu trono.

Quero que traga a vida alguém! Eu disse o confrontando em raiva.

Filho... a quem quer que eu lhe dê? Ele disse em persuasão.

A alma de Eros, o filho de Zeus com meu irmão Arlo. Falei e ele se levantou do seu trono me encarando com aqueles olhos escuros e cheios de maldade.

O que tem a oferecer, meu lindo ser? Ele disse me rogando.

Minha luz. Falei o convencendo. Sentia a sua vontade de poder. Eu faria de tudo para que um dia eu tivesse ele junto a mim novamente.

Terá ele, mas é necessário um preço que está disposto a pagar? Ele falou próximo ao meu ouvido me fazendo sentir-me fraco.

Sim. Qualquer um, todo que seja, só me dê ele. Eu falei encarando a massa escura a minha frente.

Meu corpo foi destruído por Zeus, meu espírito precisa de um receptáculo, você será meu e eu seu meu filho, chegou o tempo em que eu e tu seremos mais um. Ele falou.

Me diga o que faço. Falei inquieto.

Preciso que me traga o sangue de Eros e quero que traga um corpo vivo do mais inocente dos mortais, aquele quem nunca na terra teve maliciosa visão de nada. Ele disse aos meus olhos pegando fogo, assim que disse eu sai de lá e me pus a procurar os seus desejos, eu já não era mais luz e sim trevas, e quão grandes trevas eu era. Meu amor ao poder que havia em Eros me fez abdicar de minha luz a favor desse objetivo.

Parti ao mundos de Apollo e Ares onde eu destruí o túmulo de Eros pegando o seu corpo lindo, mas antes que o fizesse eu fui descoberto dos meus feitos. A luta entre Apollo, Ares e eu destruiu muita coisa inferior, mas ao raiar da segunda era eu os disse meus propósitos, os disse que amava muito a Eros e que o iria trazer de volta a existência.

Eles sabiam do preço a ser pago, mas por amor concordaram com tudo, tudo para ter o amado de volta a vida, quão patético eles poderiam ser. Juntos nós roubamos uma criança inocente do leito de sua mãe e a levamos ao sacrifício, mas quando meu corpo se fundiu ao de Morgorth nos tornando um Apollo e Ares se arrependeram, pois sabiam que o amado jamais os aprovaria.

Matar um inocente para trazer de volta a vida o seu amor jamais seria uma prova de amor, conforme Eros, mas uma prova de ódio e rancor, não mais conforme Ares, o deus do ódio, mas conforme eu, Azriel, aquele a quem o mal encontra abrigo. Porém a peleja me foi favorável por que os demônios de Morgorth impediram os dois de impedir o sacrifício que foi feito no eclipse, no encontro da Lua e do Sol.

Quando todos os deuses travavam uma batalha contra eu e meus seres houve uma grande Luz que invadiu os mundos e ressurgiu Eros em seu explendor, não mais como um simples fadado a alma mortal, mas como um ser criador de todas as coisas. Sua vida fluiu por entre os mundos criando vida e mais vida, quão belas eram as suas obras e seu caminhos.

Continua...

A ORIGEM DE EROSWhere stories live. Discover now