A ORIGEM DE EROS

🔸️CAPÍTULO 09🔸️

🔸️Eros

Eu era apenas um menino quando meus pais apareceram a mim na forma de humanos, eles me contaram sobre tudo que houve, o por que de me mandarem para o Reino de minha irmã, Eila e de por que eu ter que ficar longe deles. Eu aceitei a ideia de bom grado, por que eu amava ficar com minha irmã e seus seres, com ela eu lutei para criar um mundo justo e cheio de amor.

Um dia eu encontrei um grande amigo na floresta onde eu costumava ir para me lembrar dos meus pais, o nome dele era Sauron, o meu maior amigo. Os anos se passaram e eu me apaixonei completamente por ele, seus olhos e suas criações me fizeram apaixonar pela sua luz e gentileza. Mas um dia eu tive medo, por que ele aos poucos se deixou levar pelo poder.

Sauron me falava de como seria se tornar imortal e governar o mundo com toda a força necessária, eu apenas o disse que isso seria algo impossível, os deuses já cuidavam do equilíbrio e tudo quanto se há de ser cuidado. Mas ele não se deu por vencido, começou a depositar todas as suas forças a procurar uma maneira de ser mais forte e conseguir a imortalidade.

Foi neste tempo que chegou ao Reino de minha irmã dois estrangeiros, seus nomes eram Levi e Daemon, os irmãos logo ganharam a confiança e amor do nosso povo, Daemon com sua força e Levi com seu carisma, quando os vi pela primeira vez eu senti algo diferente dentro de mim. Um sentimento verdadeiro de amor me tomou e eu me apaixonei por eles, nós três fomos muito amigos por anos até que uma noite Sauron sumiu sem mais nem menos.

Eu chorei muito pelo seu sumiço, o procurei por todos os lugares, mas nada encontrei a não ser a sua lembrança na forma de um colar que ele me deu há alguns anos. Os tempos se passaram e eu amava cada vez mais Levi e Daemon a ponto de nos unirmos em um eclipse, nossas almas agora eram apenas uma. Sobreveio que a idade para mim chegou e eu morri, mas em meu vazio eu fui chamado a vida de novo.

Ver o mundo em destruição, sem amor e equilíbrio ne doeu a alma, ver as florestas queimarem, os animais morrerem, os mundos gemerem de dor e aflições me deu uma dor imensa a ponto que chorei. Meus olhos pousaram sobre meu amigo, a quem eu muito amava, Azriel. Eu sabia quem ele era, sabia que ele era um deus, que seu coração era bom e que sua luz dava vida a muitos.

Mas ele se perdeu, pelo poder seu coração foi conquistado, seu poder do bem se transformou no mal, suas vestes de vida deu lugar a aspectos do vazio e Morgorth tomou seu corpo e coração, seu espírito maligno imediatamente me tomou em seu poder e me seduziu.

Venha comigo meu amor! Iremos governar os mundos com bravura, eu com minha escuridão e guerra e você com o seu amor e luz. Seremos imbativeis e a morte não terá força sobre nós! Ele me disse com determinação, minha mente dizia que sim, eu aceitasse, mas o meu coração me disse que não, era um engano, eu sabia que não existia mais o homem a quem um dia eu amei, mas apenas um ser submisso as vontades de Morgorth.

Eu não nasci para ser um tirano, antes que meu espírito seja fraco eu escolho me dividir e ser igual a aqueles de quem eu nasci. Eu disse me despedindo dele.

Não, fique comigo! Eu lhe farei supremo! Ele me disse com certeza, mas os seus olhos me mostraram como era enganoso, vi famílias sendo mortas, vidas destruídas, escravidão, dor e ranger de dentes, era esse o mundo que ele queria e eu não faria parte dele.

Não! Eu sendo quem sou não me considero supremo, antes eu me humilho e dou aos meus irmãos o poder que é meu. Eu saio do tártaro e chego ao Olimpo onde meus pais estavam e seus irmãos, junto vejo os meus dois amores, Apollo curando as feridas de Ares que estava doente.

Filho! Disse meu pai Arlo me abraçando com amor.

Que o amor seja com você papai. Eu disse com meu pensar.

Me perdoe por ser fraco... Disse meu pai Zeus em seu trono, ele saiu e se ajoelhou diante de mim depositando sua cabeça em meus pés, seu reinado havia acabado.

Se levante, pois não é chegado o tempo. Eu disse o levantando e vi seu choro e dor por tantas mortes, os povos de todos os deuses estavam no campo de batalha enfrentando os demônios de Morgorth.

Eles são muitos, não podemos vencer essa guerra. Disse Athena em sua sabedoria de batalha.

Não, eu só me dou por vencido quando morrer! Ouvi Ares atrás de mim se apoiando em Apollo.

Estamos em menor número sim, mas o amor está entre nós de novo, o lado certo está aqui meus irmãos! Eu sei que Azriel levou um terço dos nossos irmãos com ele e seus corações se encheram de ódio e agora seus tronos estão vazios, mas eu sei que o amor pode vencer o vazio. Falou Apollo me abraçando e Ares segurou minha mão.

Eu digo, que aqueles que nos traíram terão sua recompensa, mas o trono deles será dado aqueles que o honrarem mais, a mortais! Eu disse com autoridade.

A partir de agora estamos em guerra, eu sendo o ser criador não me julgo como tal, antes mesmo escolho distribuir meu poder entres nós. A vocês eu dou o que em mim tem de melhor, o amor, e que o amor entre no coração de todos os seres que por mim forem tocados e que me recebam. Eu disse e de minhas mãos saíram o poder se distribuindo entre todos o deuses os dando mais poder na forma de anéis que foram cada um no dedo de cada um.

Vejo um anel de estrelas pousar sobre minha mão, Ares um anel de Lua e Apollo um anel de Sol. Distante vejo os anéis da terça parte dos deuses que nos traíram caírem no mundo dos mortais, eu os dei apenas uma ordem, que escolhessem seus portadores conforme a hora e o amor por seus povos. E assim foi-se feito, apareceu entre nós na forma de deuses a minha irmã Eila, um grande amigo meu, Aslan o grande leão. Os demais anéis retornaram sem seus portadores e eu os recolhi.

E agora? Perguntou Poseidon a mim.

Agora a guerra de verdade começa. Falei olhando no horizonte onde vi os exércitos de Morgorth marchando rumo ao Olimpo e no mundo dos mortais os exércitos de mortos ao lado de Sauron marchando junto aos seus seguidores.

Continua...