🔸️CAPÍTULO 05🔸️

176 25 15
                                    

🔸️🔸️🌕🔸️🔸️

🔸️Azriel

As coisas estavam paradas de mais no Olimpo, havia paz e harmonia por todos os cantos e foi então que eu vi o que estava por vir, em uma visão quando voltava das profundezas do tártaro eu vi algo me deu muito medo, era um mundo sem nada, tudo havia sido destruído, não havia Olimpo, não havia harmonia, nem nada que fizesse sentido.

Essa visão me perturba por milênios, até que um dia chega o casamento de meus irmãos, Zeus e Arlo. Na festa quando a sua aliança já estava formada eu vi com meus olhos as escritas do destino se cruzarem uns com os outros vindo a gerar um filho, seu nome seria Eros... o deus do Amor e da Magia. Me alegrei pela nova vida que estava vindo até nós, mas isso durou pouco, por que havia nele um grande poder e muito superior a de qualquer deus.

Vi ao lado atrás dele uma força maligna que o ditava as regras e muito me assustei com aquilo, era apenas uma criança, mas já trazia consigo a dor de uma praga que iria se alastrar pelo mundo. Foi a partir desse dia que comecei a envenenar a meu irmão, Arlo, por isso ele jamais engravida. Mas então ele se privou de muitas comidas que eu lhes dava e assim aconteceu, veio a conceber a um filho que agora estava em seu ventre.

Com muita peleja eu aconselhei ao meu irmão Zeus que seria prudente que o rapaz fosse ao mundo dos mortais e não permanecesse aqui junto a nós e ele me atendeu, disse que seria prudente para a harmonia deste mundo e assim seria.

Porém eu vejo o que se está aproximando, o menino irá chegar em poucos anos e os pais irão querer permanecer com ele e isso seria um problema, eu deveria zelar pela paz do Olimpo e pela sua luz, jamais imaginei que um dia iria acontecer de eu ter que trair meu próprio irmão, mas assim o seria, eu deveria mandar o menino para o reino dos homens e lá ele deveria permanecer vulnerável a ponto de eu mesmo o matar.

Porém eu jamais iria conseguir fazê-lo sem mesmo passar pelas proteções de Zeus, eu precisava de um executor e esse seria o papel perfeito de Ares, talvez em uma guerra sangrenta o menino morra subitamente por uma espada do inimigo. Seria perfeito, penso comigo mesmo.

Ando pelos corredores do Olimpo e de longe avisto meu irmão Arlo vindo até mim, sua barriga já estava grande e dava para ver que em breve daria a luz.

Oi, irmão! Vim me despedir de você. Ele me disse abraçando com força.

Por que? Eu perguntei sem saber o motivo.

Por que eu e Zeus decidimos ir para um local escondido onde nada possa interferir no parto, há rumores de que Morgorth está reunindo seus seres. Ele disse baixinho.

Impossível! Eu disse convincente.

Estamos tomando cuidado. Ele falou chegando a sala dos tronos.

Entendo, a proteção da criança é nossa prioridade, pode contar comigo meu irmão! Eu falei o persuadido.

É por isso que eu quero que fique no nosso lugar enquanto não retornamos para nosso posto... acho que será um parto difícil. Ele falou com medo e eu o abracei.

Vai dar tudo certo, irmão. Será uma honra servir a nossa grande família, eu já falei com Ares para que ele deixe de fazer balbúrdia no mundo dos humanos. Eu falei alisando os seus cabelos sedosos.

Obrigado, Azriel. Eu quero muito que meu menino nasça bem... você sabe o quão grande é meu sonho de ter um filho. Ele falou sentando-se em seu trono, dava para ver o seu cansaço de carregar tanto peso.

Eu sei irmão, eu vejo todos os dias as suas lágrimas descerem as correntes dos rios, mas agora os criadores a deram sua benção e ela virá com certeza. Eu disse fazendo um arco ires brotar no Olimpo.

Então eu estou seguro, irei partir em breve e tenho certeza que vais cuidar bem de tudo. Ele falou estendendo a mão para mim e a toquei com ternura.

Quando ele nascer me dê a benção de poder pegá-lo em meus braços, eu juro ser fiel a ele. Como um padrinho. Falei com meus olhos cheios de lágrimas.

Oh, que fofo meu irmão, será um prazer que venha vê-lo. Ele disse, passamos a concertar os últimos detalhes para a sua partida e em alguns anos assim foi, Arlo partiu junto a Zeus e seus guerreiros para um lugar desconhecido...

5.089 anos mortais depois...

Olhava para as montanhas dos homens e os via em suas construções bizarras, quando sobreveio uma enorme tempestade orripilante em uma parte das ilhas orientais. Fui em minha essência ao mundo mortal na forma de uma pessoa e me pus em uma cidade chamada Pompeia. Olhei para o grande monte que estava acima da cidade e uma fumaça incontrolável saia de lá.

Todos os mortais corriam temendo o que se vinha, mas então veio uma forte explosão de fogo misturado com uma tempestade de raios, os tsunamis varreram a terça parte do mundo e os terremotos fizeram uma nova terra no mundo mortal. Me acentei em uma ilha solitária e junto a mim aparece uma nuvem negra, aos poucos se tomou a forma de um homem musculoso, Ares.

O que é isso? Meus domínios foram abalados e o Olimpo está rachado de alto a baixo. Ele disse com uma expressão que nunca vi em seu rosto, medo.

Não sei, se até nossos domínios foram abalados imagine os dos mortais. Falei criando uma barreira protetora na ilha.

Deve ser Morgorth. Ele falou pegando seu machado e suas veias saltavam de tanta ira.

Não... eu acho que não. Eu disse e avistei uma forte onda de poder que nos varreu da terra nos jogando para dentro do domínio dos deuses. Os meus irmãos estavam discutindo calorosamente sobre os acontecimentos e Apollo era o que mais inflamava os demais.

BASTA! Eu gritei alto.

O que está acontecendo, Azriel? Que caus é esse? Perguntou Athena com sua sabedoria.

Não sabemos ainda, irmã. Mas em breve veremos. Eu disse e não pude continuar por que um forte brilho nos invadiu e ao trono apareceu dois aspectos cujas luzes nos cegavam.

Aos poucos passou e vi Zeus e Arlo, nos braços de Arlo havia um menino recém nascido.

Eros... Eu disse olhando para eles, não poderia ser.

Continua...

A ORIGEM DE EROSWhere stories live. Discover now