🔸️CAPÍTULO 10🔸️

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🔸️Sauron

Eros havia me rejeitado e agora meu ser só restava trevas, e quão grande trevas eram. Meu ser se fundiu ao de Morgorth e eu me tornei um receptáculo dele por alguns dias, mas sobreveio que alguns anos depois eu mesmo com meu poder forgei para ele um corpo, criação minha para que o seu ser fosse indestrutível, uma armadura feita das estrelas dos céus.

Minha luz se transformou em travas e a minha alegria em ódio por Apollo, Ares e Eros, a quem eu odiava mais e mais. Em um dia quando terminamos os trabalhos o espírito de Morgorth tomou lugar em um espectro maligno. Foi quando rompemos as portas do Tártaro e saiu de lá todos nós, os generais de Morgorth, dentre eles eu fui dado o nome de Sauron. E o meu senhor me deu poder sobre todos os demais, a minha primeira vez foi mandar Kronos para o mundo dos mortais.

O dei a ordem de procriar e contaminar as criações dos deuses e fazer um povo indestrutível. Eu já não mais me lembrava dos anos passados, só me restavam o ódio e vontade de destruir todos e ver meu senhor ao trono sentar em trevas para o mundo todo, Morgorth. Preparei as minhas tropas em legiões que tomaram os reinos dos deuses, mas a sua resistência foi grande.

Os reinos antigos dos deuses que me seguiram os traíram e se juntaram as legiões de Ares. Mas os que pudemos destruir foram destruídos, a batalha entre nós enfim havia chegado e meu Senhor, Morgorth pelejou contra Zeus e meus irmãos. Sobreveio que Ares e sua irmã me atacaram com fúria, mas eu destruí suas investidas com o poder demoníaco.

Quando a deusa da caça fraquejou eu a destruí com minha espada em seu coração, ouvir o choro de Ares ao ver sua gêmea morta me deu uma alegria imensa, nem mesmo Apollo em sua força conseguiu evitar que a deusa virasse pó e seu espírito caísse na inexistência. Meu senhor me ordenou uma coisa, que matasse Arlo com minhas próprias mãos e eu assim o faria, mas então surgiu em minha frente a deusa da guerra estratégica e posseidon.

As águas dele me tomaram em um tsunami e varreram algumas legiões minhas. Athena tentou me finalizar com uma mera adaga frita por Arlo, mas eu a enganei. Com a minha astúcia eu a atravessei com minha espada de fogo a fazendo me encarar com insegurança, a deixei cair no chão e vi Poseidon a vir salvar.

Sempre se amaram, quão fraco vocês são, meus irmãos. Eu disse os perseguindo pelos mundos.

Eu deveria ter cortado sua língua quando tive tempo. Disse Athena se recuperando.

Mas não o fez, agora seus filhos estão mortos e sua criança amada morta pelo fio da espada, ou acha que nunca soube do caso de vocês dois. Os dois me encararam com dor, Athena chorou e Poseidon investiu contra mim, matar o filho dos dois me deu alegria, ele tinha os olhos do pai e a beleza da mãe.

Seu monstro! Ele disse me perdendo em suas águas e as congelando, seus seres me mordia com fúria, mas bastou um estalar de dedos para que meus generais vinhesse em meu auxílio. Os antigos deuses me serviam e agora lutavam irmão contra irmãos.

Enquanto isso eu pousei sobre o Olimpo e lá encontrei tudo vazio, me aproximei do salão dos deuses e me sentei no trono de Zeus, provando o gosto do poder. Vi as raças da terra lutando em uma grande guerra, vi Kronos esmagar a muitos e suas ordas de demônios subjugar os dois primeiros reis dos homens.

Por que tanto ódio, Sauron? Ouvi uma voz melodiosa e apareceu em minha frente um grande feixe de luz prateado que me cegou momentaneamente, Eros.

Por que foi assim que você escolheu! Eu disse cuspindo a verdade.

Não, meu amigo, você quem escolheu o lado errado da história, mas ainda é tempo de mudar, podemos derrotar Morgorth e o aprisionar. Ele disse com seus olhos cinza me levando para uma realidade diferente, onde havia paz e liberdade.

Eu lhe proponho uma união, uma união entre a Luz e as trevas. Eu o disse me levantando do trono.

Azriel, venha comigo por favor! Ele me disse estendendo a mão e seus olhos estavam envolto em lágrimas e eu cuspi em sua misericórdia.

Vá para o inferno, seu imundo! Eu o disse rindo.

Veja! Tamanha é a minha vitória, Zeus está derrotado, a vida está morta, os seres estão sob os meus pés e a minha glória apenas começou, uma nova era se ergue entre os mundos, onde as trevas tomam o seu lugar! Eu gritei sendo ouvido por todos os seres do mundo.

Não, ainda não acabou! Eros me disse com seu manto branco balançando ao vento.

Eu venci! Seu tolo... Falei pegando minha espada e conjurando fogo sobre ele, meu corpo deu lugar a uma chama consumidora e atrás de mim surgiu os demais generais. Mas nos olhos de Eros eu não via nenhum temor, mas uma coisa, uma determinação sem igual.

Sua escolha foi feita meu amigo, mas eu lhe digo uma só coisa prepare-se para a batalha, pois só um de nós sairá vivo! Ele disse e eu ri da sua ousadia.

Que vença o melhor, caro amigo! Eu disse avançando contra ele que sumiu de imediatamente e quando olhei para trás vi onde realmente eu estava, no campo de batalha, de alguma forma ele me prendeu em uma ilusão e me fez acreditar que ali era o Olimpo.

Vi ao longe um grande clarão em cima de um monte, era ele com sua armadura, feita de estrelas e sob sua cabeça uma coroa de Oliveiras, abaixo do estrado de seus pés uma figura... era um antigo Deus e o maior dos meus demônios.

Continua...

A ORIGEM DE EROSDonde viven las historias. Descúbrelo ahora