🔸️CAPÍTULO 06🔸️

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🔸️Apollo

Quando meus irmãos apareceram junto ao seu primogênito não consegui conter a curiosidade e me aproximei deles a espera de vê-lo. Quando pousei meus olhos sobre a manta que o encobria eu vi a coisa mais linda e bela que eu já contemplei diante dos meus olhos. Ele era um lindo menino de cabelos brancos como a neve, deus olhos eram violetas, cabelos ondulados que nem os de Arlo e uma pele branquinha que nem as nuvens.

Posso? Eu disse ao meu irmão que passou o menino para os meus braços, quando o segurei eu senti um calafrio percorrer a minha espinha e o Sol brilhar com mais força no mundo dos homens.

Que todos os meu seres sejam unidos aos dele, seu nome é Eros, o deus da magia e do amor. Eu disse com os meus olhos brilhando que nem os feixes de Sol fazendo a minha revelação.

Vida longa ao primogênito dos reis do Olimpo. Ouvi o brandir de louvores de Azriel e logo uma grande festa em comemoração ao menino que nascia foi feita. Zeus deu ordem para que o primogênito fosse levado até os seus aposentos e eu tive que me distanciar dele. Vê-lo partir me deixou com raiva, mas eu ainda o veria de novo.

Por isso fiquei um pouco de tempo na festa e depois sai em forma de nuvens para o quarto de meu irmão, chegando lá vejo uma figura grande e alta perto do berço do menino o encarando, era Ares.

O que faz aqui? Eu perguntei a ele chegando perto do berço e olhei o menino dormindo que nem uma pedra.

Está cego, não está vendo o óbvio? Ele disse me encarando com raiva.

Não sabia que o deus da guerra sangrenta gostava de brincar com crianças. Eu disse o provocando com deboche.

Não... ele é diferente. Ares falou encarando o menino e o pegando em seus braços, relutei um pouco, mas ele não demonstra fazer mal a criança. Ele começa a ninar o menino e olhar para ele com sentimentos? Aquilo era inédito para mim, Ares o grande deus do ódio sendo bom com alguém? Isso seria normal?

Cale seus pensamentos, fadinha da floresta! Ele disse me fazendo sentir-me um idiota.

Só não lhe dou uma surra por que não quero matar o garoto, mas eu tenho tanta vontade de comer suas carnes em um banquete. Eu falei o seguindo com a criança em seus braços. Mas, derrepente nós dois vimos os olhos do menino pousarem sobre nós dois e seu sorriso nos fazer sentir algo diferente.

Eu não... não posso. Escutei Ares dizer colocando o menino em seu berço novamente, alguns aromas suaves saiam dele e foi inevitável não cheirar o ar.

Qual o poder que ele tem? Perguntou Ares com seu semblante calmo.

Ainda não sabemos, mas ele desperta a verdade em todos... Eu disse chegando mais perto do deus da guerra que fez o mesmo.

Acho que está ficando quente aqui... Ele disse meio suado.

Sim... acho que o Sol está muito forte hoje. Falei meio envergonhado.

Desde aquele dia eu nunca mais fui o mesmo. Eu falei olhando nos olhos dele que nem um idiota, eu não controlava meus sentimentos agora, estava tomado de um poder estranho, o poder de Eros.

Nem eu... mas... Ele falou andando de um lado para o outro.

Você não acreditou em mim, eu jamais lhe trairia, jurei que lhe considerava. Eu disse pegando em seu braço esquerdo e ele olhou para mim com seus olhos negros.

Já é tarde de mais, Apollo! Não podemos nos unir... Ele falou triste, havíamos sido amigos no início da era primeira, éramos inseparáveis até que nos apaixonamos um pelo outro. Ele com sua guerra e eu com a minha cura sobre as feridas, ele com sua injustiça e eu com minha justiça, ele com o sombra da lua e eu com o sol do meio dia, a companhia perfeita um do outro, mas nos faltava um terceiro que pudesse nos juntar, uma justa medida.

E se este menino? E se for ele? Falei e ele o encarou em seu berço de ouro, chegamos mais perto e o vemos com seus olhos violetas e vestes brancas.

Não creio que seja... Ele me disse com tristeza, estendendo a mão e eu a minha, tentando nos tocar um ao outro, mas então nossos corpos de desfazia por completo nos fazendo sentir a morte.

Vamos ver o menino em seu crescimento, não podemos perder a esperança. Falei com vergonha, eu ainda o gostava, o brutamontes e eu já fomos íntimos amigos em guerras e batalhas, sempre com astúcia e inteligência.

Não! Isso é errado! Somos inimigos e as coisas devem continuar assim. Ele falou se levantando e saindo do lugar e eu também o fiz perseguindo ele por entre os mundos. Ele era veloz, mas eu era mais astudo, passei em sua frente, sabia onde ele iria, ao nosso antigo santuário. Chego ao local onde ele caiu na terra pela primeira vez vendo a árvore gigante que brilhava junto a lua em seu explendor. O vejo cair na forma de um meteoro queimando e sair de lá na forma de um grande lobo negro.

Sabia! Aida se lembra das nossas origens, confesse! Eu disse o confrontando na forma de um grande Leão dourado.

Vai embora! Para de me perseguir. Ele bradou subindo a colina indo em direção as árvores.

Não... se aquele menino for mesmo quem penso que seja, é nossa chance idota! Eu disse e ele se virou com raiva.

Eu não vou alimentar expectativas, Apollo! Afirmou o monte de músculos.

Nem eu, se não tivesse certeza eu não iria... mas não podemos fugir de nossas origens. Eu falei chegando mais perto dele e o tentando tocar e ele também. Mas não podíamos...

Só mais esse vez... Ele disse com seus olhos cheios de lágrimas.

Só essa, eu juro. Eu falei o olhando com certeza e só via no interior deles uma coisa, paixão aprisionada.

Continua...

A ORIGEM DE EROSWhere stories live. Discover now