iv. Apenas uma Convicção

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A Grã-senhora, mesmo quando dorme, sonha com a menina. Ela a vê novamente na Avenida, o primeiro lugar em que tiveram seus caminhos sobrepostos. A vida delas tinha sido perpassada por um cruzamento em comum e Feyre sabia que tinha que fazer algo a respeito.

Porque a dor que sentiu, todo o desconforto e a sensação que não passava, só podia ser oriunda da menina. Mesmo que essa fosse a única dedução com algum décimo de sentido, parecia errado que a mesma menina que tinha encontrado, estivesse passando por algo ruim. 

Elas tinham se visto recentemente. Como poderia ter havido tempo de acontecer um desastre?

Contudo, Feyre Archeron podia apostar outra tatuagem em seu braço, que aquela junção de mindinhos tinha sido reconhecido pela Mãe e pelas regras de seu mundo. Ainda era duvidoso e incerto exatamente o tipo de acordo que tinha aceitado e proposto. Mas ela podia cogitar que seu ateliê e o convite que havia feito a ela tinham haver. 

Por isso, ela continuava a buscar a menina. Mesmo que estivesse tão distante do sucesso. Mesmo que não soubesse para onde ir. Alina devia estar em algum lugar. Feyre podia sentir a menina ao seu alcance. 

A esposa de Rhys, em momento algum, viu maldade na menina. Só que essa urgência, de acha-la, isso a pintora não podia ignorar. Se sentia, tão intensamente como só ela podia perceber, que deveria trazer Ali ao seu mundo. Seria isso que faria. 

E quando a encontrasse, as respostas apareceriam. Porque podia não ser nada, tanto quanto podia ser tudo. 

Alina podia ser apenas um acidente, um desvio, uma possibilidade. A menina podia ter algo haver com o mundo da feérica, ou não. Quem podia saber de algo tão cedo? Haviam perguntas a serem feitas. Feyre não se precipitaria, no momento certo, as faria. E ela podia afirmar, só pela forma como tinha visto a humana agir, que essa falaria sem hesitar.


Uma Corte de Estrelas CadentesWhere stories live. Discover now