Bipolar

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(...)

  Com tudo, a gravidez de Donna foi se tornando mais difícil, e Allie não queria brigar com ela para não acabar a deixando irritada. Havia mudanças de humor sempre, e tinha uma personalidade para cada ocasião.

  Edward Jaiserv aprendeu muita coisa na época que cuidava da estufa da lorde, então sempre levava ervas, flores e chá para acalmar a casa de alguma forma que só Donna e ele sabiam. Sempre que podia ia ver como a senhora estava, ele era um bom amigo para ela, disso todos sabiam.

---Ed, eu não estou brincando com você! Eu realmente quero que você seja o padrinho dos meus filhos.--- Donna fala passando a ponta dos dedos nas pétalas das flores da estufa, ela não aguentava mais ficar na cama, e Edward foi um bom cúmplice.

---Eu vou adorar ser o madrinho das crianças!--- Ele disse sorrindo enquanto tirava as luvas de jardinagem.

---Padrinho.--- Donna o corrige se encostando em uma mesa e acariciando sua barriga. ---Inês sabe o sexo dos bebês, mas nunca nos disse.---

---Eu concordo, quero que seja uma surpresa. Já foi decidido os nomes?---

---Sim! Já decidimos os nomes para o caso de ser duas meninas e um menino.--- Responde Donna. ---Ou se for dois meninos e uma menina...---

---Se for todos meninas ou todos meninos?--- Ele brinca.

---Sim!--- Donna ri enquanto vê Allie entrar na estufa com uma cara nada boa.

---Muito feio...--- Disse Allie cruzando os braços e sorrindo para os dois. ---Ed, você ajudou essa fugitiva?!---

---Eu ajudei... Por favor não me castigue por isso!--- Ele ergueu as mãos em rendição, brincando com a situação.

---Em minha defesa, eu não suportava mais ficar de cama. Eu estava quase sendo engolida pelo colchão!--- Donna caminha até Allie, sua barriga parecia ainda maior de perto assim.

---Bom, eu me preocupo com uma mulher grávida e desobediente!--- Allie ri ajudando a esposa. ---Edward, mantenha as flores rosas assassinas longe da minha mulher!

---Pode deixar, Edward ao resgate!--- Ele brinca olhando as flores que Allie se referia.

  Sem dúvidas eram uma família linda, mas Donna torcia para que as crianças não pegassem a mania de Karl ou de Allie, seria crianças correndo para todos os lados. E ela teria que sair da sua mansão, Karl e Edward iriam fazer uma grande reforma na casa de Donna. O cheiro a deixaria irritada.

  O bebê de Inês nasceu no oitavo mês de gestação, mas nasceu muito saudável. Rose a filha de Ethan Winters ficou no castelo Dimitrescu com Mina, as mais novas integrantes da família. A filha de Karl Heisenberg se chamaria Lorraine, a pequena Lorraine Miriam.

  Nem Alcina acreditou no que viu quando seu irmão chegou com a criança nos braços. Todos havia sido chamados para um jantar no castelo, e quando chegaram, foi uma surpresa para toda família.

---Agora só falta você, irmãzona!--- Karl disse segurando a bebê nos braços e a balançando levemente.

---Eu já tenho cinco crianças bagunceiras para cuidar, Heisenberg.--- Alcina o respondeu rindo sincera.

  Karl ergueu a criança com cuidado e a entregou para Alcina com uma careta brincalhona. A condessa conseguiu pegar Lorraine com apenas uma mão de tão pequena que ela era. Donna ainda tinha seis meses da gestação, mas Inês já tinha as oito.

---Diga à ela, Karl!--- Inês o empurrou de leve para dar um impulso. ---Vai ser uma ótima iniciativa.

---Alcina... Você.... Você aceita ser madrinha de Lorraine?--- Disse ele com uma careta terrível de indignação.

---Mas é claro que eu aceitaria!--- Alcina responde segurando com cuidado a criança que parecia ainda menor em seus braços. ---Lorraine? Quem de vocês escolheu o nome?

---Foi ideia de Karl ser Lorraine, eu apenas adicionei Miriam para que ficasse do jeitinho que nós dois queríamos.--- Explicou a bruxa com um sorriso doce.

---Lorraine Miriam é um nome diferente, eu gosto!--- Donna dá um tapinha no ombro do irmão.

---Sua barriga parece ainda maior para ser só um bebê, Donna.--- Alcina suspeitou com a sombrancelha erguida enquanto devolvia a criança para os braços de Karl.

---Deve ser apenas três bebês esperando pacientemente para sair do forno.--- Allie acariciou a barriga de sua noiva enquanto observava Alcina quase cair para trás. Ficou calada durante um tempo constrangedor antes de suspirar como se fosse desmaiar a qualquer momento.

---Você quebrou a pobre Alcina!--- Disse Angie alisando o próprio queixo pensativa. ---Caramba, parece que os peitos dela estão preses a cair e esmagar todos nós.---

  Todos que ali estavam se seguraram muito para não rir das travessuras da boneca, até mesmo Donna. Que apertou os lábios e suspirou com falha para abafar o riso baixo.

---Mandou bem, cria de satanás!--- Karl sussurra para a boneca enquanto Alcina continua calada e imóvel, parecendo querer dizer alguma coisa.

---Bom, isso é chocante!--- A condessa finalmente falou quando suas filhas entraram no lugar com Rose e Mina.

  Depois de recepcionar todos, a família foi para a sala de jantar. Lá conversaram sobre muitas coisas. É impressionante, já estavam no sexto mês do ano, 2038 estava acabando muito rápido, mas para Donna sempre foi uma eternidade esperar tanto tempo para ter seus bebês.

  Somhava todos os dias em segurar seus filhos nos braços com dificuldade, pois eram três. Mas os amava incondicionalmente, um amor que nunca sentiu antes foi capaz de ser gerado. Seu coração floresceu, e todos os dias, gostava de ir para o jardim do palácio, já que a Mansão Beneviento estava em reforma. Se sentia mais conectada com a natureza, o lugar era maior para as três crianças, mas Donna não queria deixar a longa história de sua casa para trás, além de ser aconchegante era um bom lugar para ser explorado na infância.

  Só se preocupava com o poço, que foi fechado com concreto firme para evitar futuras catástrofes naturais quando se tem três gêmeos de vez.

  Ainda assim era a melhor coisa que já ocorrera em toda sua vida. Inês não mentiu quando disse que a nova Donna Beneviento viria para fazer história na família, uma história inevitável, sendo uma pessoa inevitável.

---Estou quase tendo essas crianças prematuras no oitavo mês igual Inês! Que ansiedade.--- Donna falou com uma impaciência evidente em sua voz.

---Calma, meu amor! São três bebês que precisam ser saudáveis, aguente só mais algumas semanas, eu vou fazer de tudo para que acabe logo, certo?--- Allie gargalhou e beijou a barriga de sua noiva.

---As semanas parecem milênios para mim, parece que estou grávida há mil anos!--- Donna reclama cruzando os braços enquanto sua noiva deixa o ouvido próximo de sua barriga.

---Você é a grávida mais linda do mundo, sabia?--- Allie levanta e beija a bochecha da mais nova.

---Eu pareço uma bola ambulante!--- Reclama a mulher.

---Não mesmo! Você continua linda, senhora Beneviento. Já conversamos sobre isso.---

~Bela dama~Where stories live. Discover now