Os trigêmeos

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(...)

  No último mês de gestação de Donna, ela já não aguentava ficar de pé pelo peso da barriga. Em algumas horas ela iria ter o seu parto no castelo Dimitrescu, por insistência de Alcina.

  Allie a ajudou a subir na carruagem, Angie estava a todo vapor. Donna respirava como se fosse ter um ataque cardíaco, e Allie há essa altura deve ter tido cinco infartos um depois do outro.

  Nenhum outro lorde estava calmo, Mina havia se tornado uma grande amiga de Donna, conquistou o coração de Alcina, assim como Rose. Todos estavam reunidos no castelo, esses bebês seriam o terror das mães e tios.

---Parece que você vai infartar, sugadora de sangue!--- Angie fala rindo. ---Isso se já não tiver infartado e ressuscitado depois.

---Deve ser porque foi isso que aconteceu.--- Allie ri brincando, mas seu coração estava gritando por socorro.

---Preciso me manter calma, mas vocês estão me apavorando falando de infarto.--- Donna geme de dor e aperta os olhos enquanto segura a mão de Allie.

---Vou me acalmar, não quero perder minha mão.--- Allie ri e respira fundo.

  Quando finalmente chegaram ao seu destino, Allie teve de ajudar a noiva mais uma vez. E quando chegaram, Alcina andava de um lado para o outro.

---Calma, grandes peitos! A gente chegou.--- Angie fala saindo na frente de Allie e Donna. ---Parece até que é você quem vai parir as crianças!---

---Angie!--- Repreende Donna de imediato.

  Caminhando para o quarto que já estava preparado para o parto. Fizeram com que Donna se deitasse depois de tirar a roupa íntima. Já gritando de dor toda vez que sentia um impulso maior.

  Sua barriga não possuía estrias, Donna realmente cuidou disso em sua gravidez. Allie iria sentir falta da barriga dela, já que era um dos passa tempos preferidos passar a noite ouvindo os pequenos corações sincronizados.

  Allie, Alcina e Inês estavam lá para apoiar Donna. A noiva segurava firme sua mão, Inês iria se certificar de que não ocorra nenhum problema no parto, ela tiraria as crianças com cuidado com os bebês e a mãe.

  O primeiro a nascer foi o pequeno Noah, que possuía os poucos fios de cabelo negros como os de Donna, os olhinhos verdes e a pele que também lembrava as duas mamães.

  Alcina pediu para Bela pegar Noah e pedir para Helena limpar cuidadosamente.

  A segunda criança foi a mais difícil para Donna com a outra atrás. Cortou o coração de Allie ver sua noiva assim, gritando e gemendo de dor enquanto apertava as mãos de Alcina e a de sua noiva para ter um apoio ao menos.

  A segunda foi uma menina, que Inês mostrou para Donna, avisando que viria outra menina, era bom que a mãe desse um nome para ela.

  Emma, uma garotinha idêntica a Donna. Nem Noah e nem Emma choraram ao nascer. Mas a terceira...

  A última criança foi menos dolorosa, a pequena Nell. Inês conseguiu ver que de seus irmãos, ela era a que mais tinha cabelo na cabeça. Eram negros, mas tinha uma única mecha grisalha. Sua pele havia pequenas sardas alaranjadas, que se destacavam em sua pele macia de porcelana frágil.

  Donna não aguentou ficar de olhos abertos depois da última. Adormeceu ali, Allie que a ajudou com o banho e a alimentação. Sempre tão atenciosa.

  Trocaram os lençóis manchados de sangue e colocaram Donna e os bebês juntos ali. Nell era a menor s mais nova dos gêmeos, e conquistou Alcina logo de cara com as íris azuis celestes que possuia.

---Eu quero segurar os meus bebês, Allie! Dê eles para mim.--- Disse Donna ganhando um sorriso de sua noiva.

---Aqui está.--- Allie entregou Noah e Emma para Donna, que sorriu brevemente e olhou para Allie.

---Esses são Emma e Noah... Onde está a Nell?--- Emma nasceu noventa segundos depois de Noah, e Nell foi a última depois de mais noventa segundos. Foi complicado e doloroso.

---Alcina está com ela... Sua irmã se apaixonou completamente por Nell. Ela é... Linda igual a mamãe dela.--- Disse Allie, que deixou a mulher aliviada.

---Diga para Alcina que eu quero ver a Nell, quero sentir o cheirinho de todos.--- Donna riu dando um leve beijo nos dois em seus braços quandk Allie saiu para buscar a filha maia nova.

---Donna...--- Alcina entrou no quarto com Nell ainda menor nos braços da Condessa, parecia mais um pacotinho. ---A Nell é a criança mais linda que eu já vi, você foi muito bem, irmã.---

  Quando Donna segurou a mais nova em seus braços, encarou aqueles olhinhos grandes e azuis e sorriu radiante.

---Meus tesoros! Eu amo todos incondicionalmente...--- Donna deixou a bebê junto dos irmãos em um travesseiro grande.

---Lorraine já está crescendo, três meses passaram muito rápido!--- Karl entrou com a filha nos braços. ---Meu sobrinho... E minhas sobrinhas! São a coisa mais linda, igual a mãe. Me senti assim quando segurei Miriam pela primeira vez.

---Ela cresce muito rápido... Não quero que os meus cresçam assim, eu vou matar o tempo!--- Donna olha brevemente incrédula para seus tão amados bebês.

  Era a coisa mais linda que já fez... Entre tantas bonecas e bonecos. Noah, Emma e Nell foram as mais belas artes que já fizera em anos.

  Era capaz de matar por eles, morrer por eles. Seus olhinhos brilhando era como um remédio que Donna sempre precisou, era como magia tê-los em seus braços.

  Os protegeria com sua vida. Allie os olhava e não se sentia diferente, depois de segurar a mão de Donna durando todo parto, era como o sonho mais real de todos os tempos, teve que se certificar de que não era alucinações. E Donna também.

  Aqueles olhos apaixonantes de sua noiva, mesmo com a cicatriz. Era sem dúvidas uma arte a ser contemplada. E agora seus bebês tinham esses olhos.

  Donna os amamentou com calma, e logo o sono se fez presente nos bebês. Eles eram tão serenos e calmos, Donna sempre achou que seria o contrário.

  Mas agora só lhe restava esperar o seu casamento com Allie.

~Bela dama~Onde histórias criam vida. Descubra agora