15.2 Vínculo Pt. 1

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— TERN —

Um gemido escapou de seus lábios inchados quando a garota agarrou seu cabelo nas unhas decoradas. O gosto do gin-tônica e o azedo das rodelas de limão substituindo o doce na sua língua, da última batida que uma das garotas no bar fez questão de pagar para ela.

— Adoro quando você faz isso — murmurou Tern sobre o banquinho do bar onde a mulher ruiva se encaixava entre suas pernas. A ruiva colocou uma mecha de cabelo preto atrás da orelha dela e sorriu quando Tern reclinou a cabeça para o lado. A ruiva se aproximou do seu pescoço, feliz em deixar uma mordida antes de lamber o local. — Mas não sou a segunda opção de ninguém, Hana. — Tern agarrou o cabelo dela da nuca assim como ela fez, e se levantou, forçando a garota a se afastar do meio de suas pernas. — E eu odeio que a filha da puta da sua namorada fique nos olhando. Não acho excitante.

— O quê? Querida, você sempre achou excitante. — A ruiva deixou um gritinho escapar quando o aperto de Tern aumentou antes de soltá-la.

— Acabou.

— Tern, você não pode terminar comigo porque eu tenho uma namorada! Você literalmente me nomeou com um número no seu telefone! Com quantas você já não ficou só nesta festa? — As pessoas ao redor olharam para as duas, horrorizadas.

— Então você sabia que uma hora eu ia me cansar. Você nunca foi especial. Acabou, Hana. — Tern se afastou com o celular na mão, abriu os contatos e apagou o da ruiva sem hesitar. Fácil de achar por causa do número 1 na frente do nome, fácil de achar por ser o único número além do seu irmão e de Jungwoo nos seus favoritos.

Tern colocou o celular no bolso traseiro e as mãos nos bolsos da jaqueta curta. O ar condensava ao redor de seu rosto enquanto caminhava pelas lojas onde as festas estavam acontecendo para comemorar o fim do semestre.

Um cara tropeçou na frente dela, parecendo fugir de uma briga.

O cabelo loiro-quase-branco caiu para trás quando ele levantou a cabeça, e os olhos claros seguiam de suas pernas até o rosto inesquecível de Tern. Reconhecimento queimou entre os dois. Talvez porque Tern não passasse uma semana sem pensar naquele mesmo tom de cabelo e em olhos semelhantes, mas numa forma menor e mais delicada. Numa boca respondona que sempre a surpreendia.

— Lee Taeyong... — Tern sorriu mostrando os dentes e estendeu a mão para ele, coisa que ele obviamente recusou. — Tão arisco, como sua doce irmãzinha. Como ela está, aliás? O meu sol.

— Sun não quer saber de você, é melhor você ficar longe dela.

— Assim você fere meus sentimentos — ela soluçou com um sorriso invertido, que cresce logo em seguida. — Precisa de ajuda? Talvez uma carona?

— Não.

— Não se preocupe, eu não mordo. Não garotos. As garotas só se implorarem. — Tern balançou a mão como se fosse um conceito simples e ergueu os ombros antes de deixá-los caírem de novo. Um outro cara irrompeu do mesmo lugar que Taeyong, com um olhar nada amigável. — Bom, vou te ajudar. Você fica me devendo.

Taeyong abriu a boca, mas a irmã de Ten se colocou na frente do homem, quase vinte centímetros maior do que ela, coisa não muito boa já que Tern tinha 1,70 cm. Ela disse algo em tailandes com um olhar suave e as sobrancelhas franzidas como se estivesse prestes a chorar, mas quando sorriu de lado, com a mesma expressão louca do irmão mais velho, ficou claro que ela não estava pedindo educadamente para o homem sumir.

Os olhos do cara chegaram aos de Taeyong e ele rosnou antes de dar meia volta.

Tern rodou sobre as botas longas e sorriu, vitoriosa, se aproximando de Taeyong com as mãos erguidas para ele bater.

Ruthless » dojaeOnde histórias criam vida. Descubra agora