Capítulo Vinte e Dois

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Alicia Hargroove

Dentro do quarto era difícil prender os olhos a um só detalhe.

Kiera arranhava o rosto do homem que havia sido enviado para chacinar a família real, Dione estava nas costas dele, o braço cortando seu suprimento de ar, enquanto seus dois guardas assistiam a cena, parecendo divertir-se pela Sacerdotisa não precisar deles.

Meu pai, por outro lado, tinha todas as linhas de expressão a mostra, parado na frente de minha mãe, pronto para protegê-la mesmo que estivesse desarmado. Atras dele, silena continuava estática, no mesmo lugar que tinha estado quando eu saí.

Sorrindo, abaixei o machado:

— Vejo que minha ajuda era meramente opcional.

O guarda caiu de joelhos quando me notou:

— Senhora, eu juro que não queria fazer isso — ele juntou as mãos em posição de súplica. — Eu fui obrigado.

— Sim, sim, claro — o descartei com a mão. — Veremos sobre isso depois. Kiera, meu amor, se você puder dar um jeito nele, por favor.

— Nó de espartilho ou de anágua? — perguntou com um sorriso que eu só podia descrever como diabólico.

— O de espartilho tornara a fuga dele impossível — concordei —, mas o traidor nos aguarda na sala do trono e devemos nos apressar para não permitir que aquele rato trame mais nada.

Minha mãe soltou um soluço entrecortado, mas não havia como eu adoçar aquela situação. Abraçada pelo meu pai, nós finalmente seguimos para a sala do trono.

Lucien estava preso pelo pescoço por Phoenix, enquanto Kaysara se encontrava no chão rasgando pedaços do vestido azul escuro — digno de uma rainha — e exclamando furiosa:

— Era para ter dado certo!

— Illana, que bom que você voltou — anunciou Phoenix. — Eu já estava ficando entediado.

— Pode soltá-lo, Phoenix, obrigada pela ajuda.

Ele soltou meu tio sem nenhuma cerimônia e tentei não me sentir satisfeita com o som dos seus ossos batendo no chão de pedra.

Dando um passo para trás, toquei o ombro do meu pai, olhando para os rostos dos nyarkianos expectantes.

O mais velho me olhou com ternura antes de voltar a endurecer e proferir palavras gélidas na direção do cunhado:

— Lucien e Kaysara Lykaios, por seus crimes e tramas contra a coroa, eu os mandarei para exilio em terra firme, sem chance de retorno e sem julgamento para absolver seus crimes claros para todos os que estão presentes nessa sala.

Kaysara gritou como um animal ferido, mas Lucien aguentou sua sentença calado, mesmo que eu duvidasse que ele estivesse arrependido.

— Aos outros envolvidos, um clássico julgamento nyarkiano com uma corte composta por doze cidadãos sorteados e aqueles que forem considerados culpados sofrerão da mesma condenação que seus líderes.

Aos guardas que haviam se colocado atras de nós para proteção, ele instruiu:

— Leve todos os envolvidos para as masmorras e se não houver celas suficientes para contê-los, coloque os nos quartos mais baixos — ele engoliu. — Eu e Cinara resolveremos isso mais tarde.

O clima estava em baixa no Palacio depois disso. Minha mãe não conseguia parar de chorar por tempo suficiente para incorporar o papel de rainha nem que fosse apenas para o bem de seus súditos. Silena, pelo contrário, parecia em busca de sangue.

Ai ajuns la finalul capitolelor publicate.

⏰ Ultima actualizare: Jan 25 ⏰

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