Quando Pete já havia desistido de tentar ter um alfa e se conformado a viver sozinho, o destino o levou de encontro com Vegas, um alfa extremamente imaturo e grosso, mas com o decorrer do tempo ambos começam a entender esse relacionamento e crescer...
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A espera para Pete acordar foi insuportável. Ele às vezes ficava lúcido o suficiente para abrir os olhos, mas era como se ele não enxergasse nada. Ele tossiu muito, o corpo sempre queimando de febre. Vegas lhe dava o remédio que o médico lhe enviou, esperando que fizesse sua mágica e curasse seu ômega.
Vegas criou uma possessividade extrema sobre Pete, onde não deixou ninguém tocá-lo, fazendo tudo sozinho. Ninguém poderia fazer isso de forma tão eficiente ou perfeita quanto ele. As queimaduras de Pete começaram a expulsar o pus e pareciam doloridas. Ele mantinha Pete de lado para aliviar suas costas e espalhava , ele trocava os curativos regularmente para prevenir infecções.
Vegas passou a dormir no quarto de Pete para ter certeza de que ele estava bem e também para que caso ele acordasse não estivesse sozinho. Alguns dos outros ômegas da matilha se revezavam para enviar refeições a Vegas para que ele não tivesse que cozinhar. Os amigos alfa de Vegas e Max cuidaram das outras tarefas. Vegas se sentiu muito grato a eles por ajudá-lo, embora o alfa da matilha fosse contra.
P'Lu veio ajudar a manter a casa limpa e lavar os lençóis e as roupas de Pete. As queimaduras aumentavam a chance de infecções, então eles precisavam ter muito cuidado. Ela era a única pessoa permitida a ficar mais próxima de Pete, além de Vegas.
"Ele vai ficar bem", ela murmurou um dia enquanto Vegas aplicava a pomada espessa na panturrilha de Pete.
"Eu sei", disse Vegas, olhando para o rosto pálido de Pete. Ele havia perdido tanto peso que parecia ser apenas pele e ossos: "Ele é forte pra caralho. Ele vai ficar bem." Vegas sentiu Lu dar um tapinha em sua cabeça como fazia quando ele era filhote. Ela fez isso quando Vegas a deixou orgulhosa.
***
Já fazia quase uma semana. A condição de Pete estava melhorando, suas queimaduras estavam cicatrizando, ele conseguia respirar melhor, sua febre também havia diminuído. Isso deixou Vegas esperançoso de que ele acordaria logo. Alguns dias Vegas tinha que sair de casa para fazer algumas tarefas. Ia visitar Macau e ver como estava. O jovem alfa sempre implorou para ver Pete, mas Vegas recusou. Ele não sabia se o novo cheiro de Macau despertaria alguma coisa em Pete ou vice-versa.
E tudo foi muito mais preocupante porque a apresentação de Macau foi desencadeada por Pete em perigo. Ou pelo menos foi isso que Lu pensou. Ela teorizou que Macau representava o momento em que Pete e Vegas estavam em perigo porque ele queria protegê-los. E isso desencadeou seus instintos adormecidos. Mas Macau foi compreensivo na maior parte. Mas suas choradeiras às vezes ficavam insuportáveis, principalmente porque Vegas estava sempre exausto ultimamente.
Seu pai começou a ignorá-lo. Foi melhor do que ele espancar Vegas. Mas o seu silêncio também o encheu de preocupação. Ele tentou ficar fora de vista tanto quanto possível. Vegas esperava que seu pai simplesmente o esquecesse. Ele passava os dias cuidando de seu ômega.
