𝐒𝐰𝐞𝐞𝐭 𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 ★ 𝐑𝐘𝐔 𝐒𝐇𝐈-𝐎𝐇

Capítulo oito

Ryu Shi-oh

Termino de colocar a mesa e escuto a campainha tocar e vou até ela a abrindo olhando Yeon-ju.

— Achei que fosse um jantar entre amigos, não algo formal — ela aponta para minha roupa e eu sorrio.

— Eu estou informal — olho para minha roupa — mais informal que isso só se eu ficar pelado, princesa — ela revira os olhos — estou sem terno, já não é informal o suficiente? — dou de ombros me apoiando no batente da porta.

— Não me diga que usa camisa social dentro de casa — ela cruza os braços.

— Certo, entre e me dê um momento, vou me trocar para ficar aos seus agrados — digo lhe dando passagem, vendo-a retirar os sapatos e entrar. Descaradamente olho seu corpo enquanto ela passa por mim. — Como é gostosa... — murmuro para mim mesmo rio fraco.

— O que é tudo isso? Pediu comida? — ela pergunta e eu me aproximo da mesa.

— Mesmo não sendo costume meu, eu decidi cozinhar desta vez, então se não estiver tão bom... — ela me olha.

— Legal, vou ser juíza hoje — ela diz em tom animado e puxa uma cadeira se sentando. — Vai se trocar, eu estou morrendo de fome e quero provar sua comida o quanto antes.

— Você manda — sorrio e ando até meu quarto procurando um conjunto que uso as vezes. Eu o uso mais como pijama, mas já que ela insiste por informalidade...

Me troco rapidamente e volto para a cozinha atraindo seu olhar.

— Agora você está confortável — comenta.

— Sim, bem. Não como eu queria. — Sorrio de canto e ela entende o que eu digo e ri balançando a cabeça.

— Você e suas piadas de duplo sentido.

— Bem, eu gosto de poder agir diferente com você, geralmente não consigo ser tão descontraído. — Ando até o balcão e pego um vinho que tinha deixado separado junto de duas taças e vou até a mesa.

— E a comida? — ela olha o fogão.

— Vamos conversar primeiro um pouco — nos sirvo com o vinho e ela suspira pegando a taça.

— Certo, sobre o que quer conversar? — pergunta.

— Você é um ótimo tópico para mim — ela ri.

Eu amo seu sorriso.

— Por que está agindo assim comigo? não está acostumado a ser rejeitado e então virei sua nova obsessão? — ela toma um gole do vinho.

— Pode se dizer isso — a imito e também tomo um gole da bebida.

— Eu quero falar com você sobre algo que me aconteceu hoje — ela coloca a taça na mesa e eu a encaro sério — a polícia me procurou.

— Para saber sobre seu carro? — pergunto deixando minha taça na mesa.

— Para saber sobre você — ela diz e fico em silencio apenas a encarando.

— Não entendo o motivo — digo por fim quebrando o silencio e desviando meu olhar.

— Disseram que você pode estar envolvido em uma coisa grande, perguntaram o que eu tinha com você — explica.

— E você disse?

— Que éramos amigos.

— Entendo. — Digo e novamente o silencio reina entre nós — e você acredita neles? — pergunto fazendo ela me olhar.