𝐒𝐰𝐞𝐞𝐭 𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 ★ 𝐑𝐘𝐔 𝐒𝐇𝐈-𝐎𝐇

Capítulo dezenove

Min Yeon-ju

Shi-oh optou por irmos embora no meu carro, mas mandou seu motorista ir atrás, assim ele me deixaria e seguiria até a Doogo. Ele insistiu em dirigir para mim e então não demorou para chegarmos em frente o meu prédio.

Shi-oh abriu a porta do carro e me estendeu a mão, me ajudando a sair. Em seguida fechou a porta do carona tombando a cabeça me dando um sorriso e logo voltando a ficar mais sério.

— não estabelecemos o que é isso — ele aponta para si e para mim — foi só uma noite? — pergunta e eu desvio o olhar — eu disse que queria estabelecer isso, dar um nome, poder chamar de algo.

— podemos dizer que... Estamos nos conhecendo — minha resposta o faz rir e ele passa a língua nos lábios afirmando.

— já não nos conhecemos o suficiente? Por que não podemos dizer que temos algo?

— Não somos namorados. — digo rápido — você disse que não se apaixona, e geralmente, namorados são apaixonados um pelo outro.

— você está começando a me fazer questionar tudo a que fui ensinado — Franzo o cenho e ele suspira — as pessoas que me criaram me ensinaram que o amor é fraqueza, que não deveríamos nos apaixonar por ninguém. Nem criar afeição. Muito menos amar.

— isso é terrível. Quem no mundo ensinaria isso a uma criança?

— me ensinaram coisas piores que isso, então não se preocupe tanto com essa parte — um carro estaciona e buzina chamando a atenção de Shi-oh. — preciso ir.

— eu mando mensagem. — sorrio fraco e me aproximo ficando na ponta dos pés e lhe dando um beijo na bochecha — obrigada pela noite. — digo passando por ele ficando um pouco distante.

— Eu é que agradeço, não me permitia ter uma noite assim... a muito tempo. — ele sorri e então acena indo até o carro e entrando, não demorando a sair a caminho da Doogo.

Aciono a tranca em meu carro e entro subindo até meu apartamento. Quando abro a porta vejo minha amiga parada de braços cruzados me encarando.

— Onde meu pai está?

— Insistiu em ir ao mercado, minha prima foi junto. Ele perguntou de você.

— E o que disse? — troco meus sapatos e penduro minha bolsa no gancho.

— Disse que tinha saído bem cedo, não disse que passou a noite fora. Você tem que agradecer por eu ser sua melhor amiga, ou quem ia te encobrir em!? Aliás! — ela se aproxima animada e abraça meu braço — vai me contar como foi a noite?

— Cho-hee!

— O que foi? Eu sou sua amiga, e sempre te conto das minhas noitadas. — ela me solta e cruza os braços.

— Eu não quero falar nada aqui, e se meu pai chegar?

— Tá! Vamos pra cafeteria aqui perto. Nesse horário não tem muita gente. — ela segura minha mão e me puxa para fora sem eu sequer ter tempo de formular uma resposta.

(...)

— Vai! Me conta logo, como foi!? — Cho-hee me balança de um lado para o outro logo que saímos da cafeteria e caminhamos em direção a uma praça ali perto.

— Foi... Incrível

— Incrível? E isso lá é contar alguma coisa!? Garota eu vou matar você! — dou risada e ela me dá um tapa no braço — Quero saber se ele é bom no que faz, se ele é carinhoso, bruto e...

— Meu Deus você é uma pervertida! — Cho-hee me encara e semicerra os olhos.

— Não sou. Mas sou sua amiga, quero saber disso poxa. Relaxa, não vou roubar ele de você, não sou assim e você sabe. — ela toma um gole do café é se senta.

— Não vou dar detalhes — me sento ao seu lado — Sim, ele é bom no que faz.

— hum! É disso que eu tô falando! É difícil achar um cara que satisfaz a gente hoje em dia.

— Não tive esse problema com ele.

— Sorte a sua, o último que eu saí no encontro as cegas... Ugh, me causa arrepios ruins só de lembrar.

— Você nunca deu sorte com os caras.

— Olha quem fala, né Yeon-ju? A polícia veio te procurar por conta do seu atual — ela ri mas logo para — Falando nisso, aconteceu mais alguma coisa relacionada a isso?

— Não. E eu não toquei mais no assunto.

— Mas e se for verdade? E se ele for perigoso?

— Não acho que ele seja.

— Ele pode só ser diferente de quando está com você. Pode te mostrar um lado falso para ter alguém como testemunha de que ele é "bom", ou coisa assim.

— Para, não vou ficar paranóica por conta de suposições que até hoje não passaram disso.

— Só estou falando.

— Se algum dia eu ver que ele é alguém ruim, eu me afasto dele.

— Você se afastar dele, é uma coisa amiga. Ele se afastar de você, é outra completamente diferente. Ele está louco em você.

— Ele não se apaixona.

— Há! E quem disse isso? Por que eu aposto que é cego. Tá na cara que ele está apaixon...

— Ele disse.

— Ah... Mas então ele está se contradizendo.

— Bom, nós dois temos algo, mas não é nada... Nesse nível.

— Amigos com benefícios?

— Pode se dizer que sim. — Respiro fundo — acho que é uma boa maneira de descrever nós dois.

— Vocês podiam namorar.

— Acho que não seria uma...

— Doutora Yeon-ju! — Cho-hee e eu nos viramos e vimos alguém correndo até nós.

— Quem é essa aí? — Cho-hee pergunta.

— Funcionária do Shi-oh. Seja legal com ela.— digo me levantando — Tsetseg! — ela se aproxima e eu a abraço.

— Oiê! Eu sou a Tsetseg! — ela se apresenta a Cho-hee.

— Sou a Cho-hee, melhor amiga da Yeon-ju.

— Ah, entendi. Como vocês estão em?

— Estamos bem Tsetseg. Está indo trabalhar? — pergunto e ela afirma.

— Eu não posso demorar, já estou atrasada. — ela olha o relógio.

— Vá, nós nos falamos depois. — sorrio simpática e ela afirma balançando a cabeça segurando a bolsa e saindo correndo — ela é uma fofa, podíamos marcar de sair, assim você iria conhecer ela melhor.

— tá me trocando é? Não sou mais suficiente pra você? — Cho-hee me encara.

— Ih, que isso, estamos em um relacionamento e eu não sei é? — dou risada e a abraço — você é mais do que suficiente pra mim amiga. Sempre esteve comigo e sabe que te considero minha irmã e que eu morreria por você. Só quero que conheça ela por que ela é legal. Veio da Mongólia e está aqui faz pouco tempo, não tem muitos amigos.

— Hum... Sei... — ela faz uma pausa — Tá, a gente chama ela pra sair qualquer dia. — Cho-hee diz e eu bato palmas — Mas se pensar em me trocar eu mato você, me entendeu?

— Eu também te amo. — sorrio e a abraço novamente.

Continua?

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