Capítulo doze

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Min Yeon-ju

Termino meu café gelado e olho o policial a minha frente.

— Sobre o que quer falar? — pergunto.

— Espero que tenha recebido meu buque hoje mais cedo, eu acabei esquecendo de assinar — ele comenta e toma um gole de seu cappuccino.

Então foi ele.

— Recebi sim, acabou até me causando alguns problemas. Aliás, por que me mandou aquele buque? — cruzo os braços.

— Ele foi enviado em nome do departamento de polícia como um pedido de desculpas. Eu, apesar de não fazer parte da divisão que cuida de roubos de carro ou coisas desse nível... me senti mal por não terem tem ajudado de imediato já que é parte minha culpa. Eu solicitei apoio das outras divisões para um caso em que eu estou.

— Entendi, mas peço que não se repita, não temos intimidade para que você possa sair me enviando flores. — Suspiro — era só? eu tenho trabalho a fazer — ameaço me levantar, mas ele segura meu pulso então eu me sento novamente.

— Eu na verdade queria te avisar sobre... — ele se aproxima — Sobre o Ryu Shi-oh — franzo o cenho e o encaro — ele é suspeito de estar envolvido com uma organização criminosa.

— Organização criminosa? — repito meio desacreditada.

— Eu sei que o lado que ele provavelmente te mostrou não parece ter nada disso, mas... tome cuidado. — Rio e o olho.

— Olha, me apresente algo que o faça ser o vilão da história e eu fico do seu lado. — Ele suspira e pega o celular colocando algo e me entregando — o que é isso?

— São... são vítimas da droga que ele provavelmente exporta.

— Por que você tem tanta certeza de que é ele que exporta?

— Olha, eu... — ele faz uma pausa — eu não devia lhe dizer isso, mas... a maioria das pessoas tem ligação com pessoas que conhecem o Ryu Shi-oh e com quem ele tem negócios.

— Olha, estar cercado de pessoas ruins não faz dele alguém ruim. Ele pode não ter nada a ver com isso — lhe entrego o celular — com licença, eu tenho pacientes que necessitam da minha atenção bem mais do que essa conversa — me levanto e quando vou passar por ele, ele segura meu braço.

— Não sei sua relação com ele, e sinceramente, não sei se quero saber. Mas por favor — ele pega um cartão — me ligue se sentir que está em perigo ou se achar que algo não está certo — pego o cartão e ele me solta e se levanta — tenha um bom dia senhorita Yeon-ju.

— Igualmente — digo e me afasto voltando para o corredor principal e seguindo até o quarto de meus pacientes.

(...)

Como hoje eu não teria que fazer plantão como nos outros dias, eu fui para a casa descansar, e no caminho eu observava o cartão do policial.

Ter a narcóticos atrás dele me faz questionar um pouco minhas decisões de me manter próxima dele. Mas por algum motivo, não consigo me afastar. Ainda mais... depois do nosso beijo.

Chego em meu prédio e subo até meu andar parando no começo do corredor quando observo uma figura alta com uma sacola no chão de longe. Guardo o cartão atrás da capa do meu celular o escondendo e sigo até ele.

— O que faz aqui? — olho Shi-oh que sorri para mim.

— Vim te ver.

— Não tínhamos um acordo?

𝐒𝐰𝐞𝐞𝐭 𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫 ★ 𝐑𝐘𝐔 𝐒𝐇𝐈-𝐎𝐇Where stories live. Discover now